Collin
— Merda! Merda! Merda! — Esmurro o volante com força quando penso que acabei de destruir qualquer chance entre nós dois. — Você foi um grande babaca com ela, Hill e agora, como vai consertar essa merda? — bufo audivelmente, saindo do carro e me apoio na lataria, puxando a respiração algumas vezes.
Acabei de descobrir que você não só tira o melhor de mim, mas o pior também, Ellen Axel. Resmungo mentalmente e encaro o céu azul.
… Eu não preciso do seu dinheiro, Barão de Luxemburgo.
… E tenho mãos e pernas perfeitas para trabalhar não importa no que seja.
… Acredite, luxo nunca foi a minha prioridade.
Como posso acreditar em você, Ellen Axel? Como posso acreditar em uma palavra que sai da sua boca se apenas mentiu para mim todo esse tempo?
Meneio a cabe&ccedi
EllenQuantas tapas você precisa levar na cara para crescer, Ellen Axel?Primeiro os seus pais, depois a sua irmã e agora o Barão. Quantas lágrimas é preciso para lavar o fel da sua garganta e você poder se reerguer para andar com as suas próprias pernas? Acho que já deu! Penso me levantando da areia e fito o mar mais uma vez. Está na hora de se levantar do solo, de dizer tudo o que você pensar e de dar um basta nessa droga de situação. Determinada, volto para dentro da casa de veraneio e arrumo as poucas roupas que trouxe dentro de uma bolsa, e chamo um táxi. E enquanto o carro corre pelo asfalto direto para o centro da cidade, eu penso em cada palavra que preciso dizer.— Com firmeza. — Acrescento esse detalhe em voz alta. — Não se deixe manipular, não aceite tudo que eles disserem.Daniel, a
Collin— Para quando está marcada a reunião com a nossa mais nova escritora? — pergunto no meio da reunião de equipe, encarando o meu amigo do outro lado da mesa.— Então, Collin, sobre isso… — Ele leva uma mão para atrás da nuca. — A Ellen me pediu para resolver tudo diretamente com ela. — Uno as sobrancelhas.— Que conversa é essa? — Não seguro a minha irritação.— Ela só assinou o contrato porque eu garanti que você não se envolveria diretamente. — Sem saber o que dizer aperto o botão da caneta várias vezes, escutando o seu clique irritante em seguida.— Ok, se é isso que ela quer! — resmungo com fingido desdém.— Ótimo! Emília, alguma notícia sobre o buffet? — Ele munda o assunto da pauta repentinamente
Ellen— Hum! — resmungo preguiçosamente me virando em cima do colchão macio e encaro o teto branco de um quarto de hóspedes que eu não conheço. — Hum! — gemo baixinho outra vez, tentando me lembrar da noite passada, mas nada vem a minha cabeça. Portanto, respiro fundo e me sento na cama, olhando ao meu redor e para a minha surpresa tem uma rosa negra acomodada em cima de um dos travesseiros.Lembro-me da rosa no quarto de hóspedes do apartamento de Judy e sinto o meu coração bater descompassado.Não pode ser... ou pode?Com um mini sorriso na boca seguro o botão delicado para aspirar o seu perfume suave e em seguida saio da cama. Entretanto, para a minha surpresa estou usando uma camisa de botão e droga... estou sem calcinha por debaixo dela!Ele não se atreveu… não é?Decido ir procurar as
Ellen— Bom dia, Senhorita Axel!— Bom dia, Andreas! — falo assim que adentro a loja, preparando-me para ir ao vestiário guardar a minha bolsa no meu armário.— Isso aqui é para a Senhorita. — Ele me estende um belíssimo buque rosas brancas com alguns jasmins, enfeitados com lindas fitas vermelhas. Com um sorriso largo aspiro o perfume das flores e o fito com satisfação.— Não precisava se incomodar, Andreas.— Ah, não fui eu. — Arqueio as sobrancelhas.— Ah, não? Quem? — O homem dá de ombros.— Tem um cartão junto as flores, Senhorita.Apenas puxo a respiração em meio ao meu sorriso que não sai do meu rosto, a procura do tal cartão. Curiosa, abro o pequeno envelope e leio a pequena frase.“Espero que elas alegrem a sua semana de trabalho.
Ellen— Ellen? — Escuto Eduardo me chamar assim que adentro o hall do prédio onde trabalho.— Eduardo, tudo bem?— Tudo, eu só queria te entregar isso. — Ele me estende um envelope, que curiosamente leio as siglas RB com letras cursivas em negrito.— O que é?— Sua entrada para a sua apresentação na Reading Book S/A.— Oh!— Será amanhã à noite, Ellen aqui mesmo no salão da Reading, que fica na cobertura.— Entendi e… o que devo vestir? — Ele sorrir em resposta.— Fique linda! Haverá uma gama de jornalistas loucos para registrar o seu momento.— Ok! — Tento pôr entusiasmo na minha voz, forçando um sorriso para ele. — Eu… preciso ir.— É claro! Soube que est&a
Ellen— Ellen, está na hora. — Eduardo avisa, porém, o fato de o Barão fechar as mãos em punho não me passa despercebido.— Eu preciso ir, Barão. — Ele olha nos meus olhos.— Sim, você precisa. — O meu novo chefe estende a sua mão mostrando-me o caminho e segundos depois, Eduardo leva uma mão para a base da minha coluna, fazendo-me caminhar para a coletiva. Contudo, a sua mão é retirada no meio do caminho e percebo Collin do meu lado com um semblante carrancudo.— Senhores e Senhoras, já podem começar com a entrevista. — Hill anuncia e logo uma onda gigantesca de flashes e de perguntas se iniciam, prendendo-me por longas horas, e quando tudo termina estou arrasada de cansaço. — Eu te levo para casa. — Collin se prontifica, porém, levo uma mão para o seu peitoral o impedindo de d
Collin— Onde está o Eduardo? — pergunto para a minha assistente quando ela entra na minha sala carregando algumas pastas para colocar em cima da minha mesa.— Ah, ele acabou de sair. — Ergo a cabeça para fitá-la.— Para onde ele foi?— Ele foi entregar o convite para Ellen… — Não a espero concluir a sua frase, e levanto-me bruscamente da cadeira, caminhando imediatamente para a saída do meu escritório. — Senhor Hill? — A escuto me chama, porém, continuo andando com passos largos e firmes direto para um dos elevadores.O que você está fazendo, Collin Hill? Desde quando sente um ciúme doentio por alguma mulher?— Merda! — rosno puto comigo mesmo, travando o elevador logo em seguida e respiro fundo algumas vezes tentando me acalmar. — Volte para a sua sala agora e foque no seu trabalho, Ba
Ellen— Você tem irmãos? — pergunto depois de um longo tempo em silêncio. Contudo, o meu tom é tão baixo que não faço ideia de que ele me escutou. Na verdade, eu nem sei se ele está acordado ainda. No entanto, o som da sua respiração pesada preenche o cômodo em seguida.— Não, sou filho único.Suspiro baixinho e me sinto tentada a me abrir com ele.— Nós… nascemos no mesmo dia. — Hesito, porém, continuo. — Na mesma hora e praticamente no mesmo minuto. Somos… tão iguais e ao mesmo tempo tão diferente uma da outra — sussurro, sentindo as lágrimas preencherem os meus olhos. — Por que eles não me amam como a amam? — Engulo um nó que tenta sufocar a minha garganta. — Eu sempre me fiz essa pergunta, mas eu nunca encontrei uma resposta para ela. Quer dize