Ellen
O que eu fiz?
O que eu fiz?
Me pergunto enquanto caminho pelas calçadas completamente desolada. Eu acabei com todas as minhas chances de me libertar da minha família. Destruí a oportunidade de uma pessoa partir feliz e em paz, e ainda aticei o Barão. Por Deus, ele vai contar tudo e eu não posso fazer nada para impedi-lo.
… Eu que vi o desejo preencher as suas retinas, eu ouvi as súplicas implorando pelo meu prazer. Cada gemido seu, a forma como clamava o meu nome, afogada no êxtase do prazer que eu te proporcionei. Então não, VOCÊ NÃO AMA AQUELE HOMEM!
Mais lágrimas voltam a molhar o meu rosto e angustiada, abraço o meu próprio corpo, sentando-me em um banco de madeira de uma praça qualquer.
… EU NÃO TIVE ESCOLHA, OK?!
… Estou cansada!
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Ellen… Você não o ama!… Você é minha!… Case-se comigo, Ellen?Não importa onde estamos e nem o quanto corremos para longe, os problemas sempre nos acompanharão. Contudo, abrir os olhos e encontrar um lindo sol nascente não tem preço, e escutar as ondas quietas do mar nas primeiras horas do meu dia me faz sorrir satisfeita. Portanto, salto para fora da cama, ponho um conjunto de moletom cinza, um capuz na minha cabeça e após calçar os tênis, ponho os fones nos ouvidos e saio para uma corrida matinal. The Devil Within preenchem os meus ouvidos, fazendo os meus pensamentos se calarem imediatamente. No entanto, o seu rosto se projeta na minha frente. Isso me faz aumentar o meu ritmo como se quisesse correr, fugir para longe dos seus olhos, mas não importa o quanto eu corra, ele sempre está bem ali na minha
Collin— Merda! Merda! Merda! — Esmurro o volante com força quando penso que acabei de destruir qualquer chance entre nós dois. — Você foi um grande babaca com ela, Hill e agora, como vai consertar essa merda? — bufo audivelmente, saindo do carro e me apoio na lataria, puxando a respiração algumas vezes.Acabei de descobrir que você não só tira o melhor de mim, mas o pior também, Ellen Axel. Resmungo mentalmente e encaro o céu azul.… Eu não preciso do seu dinheiro, Barão de Luxemburgo. … E tenho mãos e pernas perfeitas para trabalhar não importa no que seja.… Acredite, luxo nunca foi a minha prioridade.Como posso acreditar em você, Ellen Axel? Como posso acreditar em uma palavra que sai da sua boca se apenas mentiu para mim todo esse tempo?Meneio a cabe&ccedi
EllenQuantas tapas você precisa levar na cara para crescer, Ellen Axel?Primeiro os seus pais, depois a sua irmã e agora o Barão. Quantas lágrimas é preciso para lavar o fel da sua garganta e você poder se reerguer para andar com as suas próprias pernas? Acho que já deu! Penso me levantando da areia e fito o mar mais uma vez. Está na hora de se levantar do solo, de dizer tudo o que você pensar e de dar um basta nessa droga de situação. Determinada, volto para dentro da casa de veraneio e arrumo as poucas roupas que trouxe dentro de uma bolsa, e chamo um táxi. E enquanto o carro corre pelo asfalto direto para o centro da cidade, eu penso em cada palavra que preciso dizer.— Com firmeza. — Acrescento esse detalhe em voz alta. — Não se deixe manipular, não aceite tudo que eles disserem.Daniel, a
Collin— Para quando está marcada a reunião com a nossa mais nova escritora? — pergunto no meio da reunião de equipe, encarando o meu amigo do outro lado da mesa.— Então, Collin, sobre isso… — Ele leva uma mão para atrás da nuca. — A Ellen me pediu para resolver tudo diretamente com ela. — Uno as sobrancelhas.— Que conversa é essa? — Não seguro a minha irritação.— Ela só assinou o contrato porque eu garanti que você não se envolveria diretamente. — Sem saber o que dizer aperto o botão da caneta várias vezes, escutando o seu clique irritante em seguida.— Ok, se é isso que ela quer! — resmungo com fingido desdém.— Ótimo! Emília, alguma notícia sobre o buffet? — Ele munda o assunto da pauta repentinamente
Ellen— Hum! — resmungo preguiçosamente me virando em cima do colchão macio e encaro o teto branco de um quarto de hóspedes que eu não conheço. — Hum! — gemo baixinho outra vez, tentando me lembrar da noite passada, mas nada vem a minha cabeça. Portanto, respiro fundo e me sento na cama, olhando ao meu redor e para a minha surpresa tem uma rosa negra acomodada em cima de um dos travesseiros.Lembro-me da rosa no quarto de hóspedes do apartamento de Judy e sinto o meu coração bater descompassado.Não pode ser... ou pode?Com um mini sorriso na boca seguro o botão delicado para aspirar o seu perfume suave e em seguida saio da cama. Entretanto, para a minha surpresa estou usando uma camisa de botão e droga... estou sem calcinha por debaixo dela!Ele não se atreveu… não é?Decido ir procurar as
Ellen— Bom dia, Senhorita Axel!— Bom dia, Andreas! — falo assim que adentro a loja, preparando-me para ir ao vestiário guardar a minha bolsa no meu armário.— Isso aqui é para a Senhorita. — Ele me estende um belíssimo buque rosas brancas com alguns jasmins, enfeitados com lindas fitas vermelhas. Com um sorriso largo aspiro o perfume das flores e o fito com satisfação.— Não precisava se incomodar, Andreas.— Ah, não fui eu. — Arqueio as sobrancelhas.— Ah, não? Quem? — O homem dá de ombros.— Tem um cartão junto as flores, Senhorita.Apenas puxo a respiração em meio ao meu sorriso que não sai do meu rosto, a procura do tal cartão. Curiosa, abro o pequeno envelope e leio a pequena frase.“Espero que elas alegrem a sua semana de trabalho.
Ellen— Ellen? — Escuto Eduardo me chamar assim que adentro o hall do prédio onde trabalho.— Eduardo, tudo bem?— Tudo, eu só queria te entregar isso. — Ele me estende um envelope, que curiosamente leio as siglas RB com letras cursivas em negrito.— O que é?— Sua entrada para a sua apresentação na Reading Book S/A.— Oh!— Será amanhã à noite, Ellen aqui mesmo no salão da Reading, que fica na cobertura.— Entendi e… o que devo vestir? — Ele sorrir em resposta.— Fique linda! Haverá uma gama de jornalistas loucos para registrar o seu momento.— Ok! — Tento pôr entusiasmo na minha voz, forçando um sorriso para ele. — Eu… preciso ir.— É claro! Soube que est&a
Ellen— Ellen, está na hora. — Eduardo avisa, porém, o fato de o Barão fechar as mãos em punho não me passa despercebido.— Eu preciso ir, Barão. — Ele olha nos meus olhos.— Sim, você precisa. — O meu novo chefe estende a sua mão mostrando-me o caminho e segundos depois, Eduardo leva uma mão para a base da minha coluna, fazendo-me caminhar para a coletiva. Contudo, a sua mão é retirada no meio do caminho e percebo Collin do meu lado com um semblante carrancudo.— Senhores e Senhoras, já podem começar com a entrevista. — Hill anuncia e logo uma onda gigantesca de flashes e de perguntas se iniciam, prendendo-me por longas horas, e quando tudo termina estou arrasada de cansaço. — Eu te levo para casa. — Collin se prontifica, porém, levo uma mão para o seu peitoral o impedindo de d