Ellen
… Oi, meu amor, como você está? Sabia que eu quase morri de preocupação?
Vê-la agir assim com tanto carinho com ele é realmente repugnante. Confesso que chego a sentir nojo até da sua voz e desses seus gestos devidamente calculados, dessa sua tentativa patética de envolvê-lo o tempo todo.
... A Ruby é uma completa estranha para mim.
... A sua irmã me desonrou, Ellen.
... Eu vou pedir o divórcio
Respiro fundo ao me lembrar dessas palavras.
Se Collin seguir de acordo com os seus desejos finalmente poderei me livrar de vez de toda dessa loucura de engravidar e pode acreditar, que me livrarei das garras da minha família. Sim, deixarei tudo para trás e me esquecerei de quem eu sou filha. Viverei a minha vida do meu jeito e tentarei alcançar os meus sonhos. Esses pensamentos me fazem arfar
Ellen— Ela provocou tudo isso, mamãe.— Ellen querida, você não é assim! — Ela sibila carinhosa, se aproximando de mim e no ato, segura nos meus braços, fazendo-me se sentar na beirada da cama e se senta do meu lado. — Meu anjo, será que ver, você é a salvação dessa família…— Já chega, mamãe! — Tento me levantar, mas ela não deixa.— Ellen, a Ruby precisa de você agora. — As lágrimas preenchem os meus olhos.— E eu?— Você o que, filha?— Já se perguntou do que eu preciso?— Meu Deus, Ellen você sempre foi a mais forte, a que sempre lutou e conseguiu o que queria. Já a Ruby sempre foi a fraca…— A sua filha é uma vadia, sabia disso? — rosno a interrompendo com brutalidade, poré
Collin — Preciso que me leve para um lugar, Charles — peço assim que consigo me acomodar com cuidado no banco de trás do carro. — Mas, Senhor Hill, o Senhor precisa ir para casa descansar! — O homem contesta, a final, ele está certo. Acabei d receber alta do hospital e o ideal seria ir direto para casa, e me deitar na minha cama. Contudo, há coisas que não dá para deixar para depois. — Eu só preciso resolver uma coisa e então iremos para casa, ok? — Como um bom funcionário, Charles balança a cabeça e liga o motor do carro em seguida. Daniel Carter deve ter respostas para algumas das minhas perguntas, o seu envolvimento com a minha esposa e com a Ellen deve ter algum sentido que eu não estou encontrando e eu preciso descobrir algo que me indique um caminho, uma certeza. Portanto, irei bater na sua porta essa noite e conversaremos olhando nos olhos um do outro. — Pare o carro, Charles! — ordeno assim que o vejo perdido em seus próprios pensamentos, enquanto cam
EllenNa manhã seguinte...— Senhorita Axel, o seu pai está lhe aguardando no escritório.Uma empregada avisa assim que desço as escadas e com um suspiro frustrado vou imediatamente ao seu encontro. Diferente da última vez que estive nesse lugar o encontro sozinho e assim que adentro o cômodo tenho o cuidado de fechar a porta.— Mandou me chamar, papai?— Sente-se, filha. — Ele pede com um leve tom autoritário e eu faço. — A sua mãe me contou sobre a conversa que tiveram ontem. O Collin quer o divórcio, Ellen e ele está determinado quanto a isso, mas isso não pode acontecer de forma alguma.— Papai… — Tento falar, porém, ele me interrompe.— Primeiro escute o que eu tenho para falar, filha. Se esse divórcio acontecer estaremos arruinados, seremos desacreditados pela alta
CollinRuby ou Ellen? Quem está no meu quarto agora? A primeira prova recebi quando aspirei o perfume dos seus cabelos. É doce e suave, diferente do perfume cítrico que senti na última visita da minha esposa. Segundo os seus olhos não ousaram me encarar. Eles estão tímidos e temerosos, e eu sei que a Ruby jamais hesitaria em enfrentar o meu olhar.Ellen Axel.Penso quando adentro o cômodo e a encontro em pé bem no centro dele ainda usando o casaco que cobre quase todo o seu corpo. Resolvo brincar um pouco para ver até onde ela está disposta a levar esse seu jogo. Portanto, fecho a porta e mantendo os meus olhos nos seus me acomodo em uma poltrona que fica do lado da cama.— Livre-se desse casaco! — ordeno, mantendo o meu tom rude e seco, e ansioso a observo puxar a respiração. Ellen hesita como sempre faz, porém, dessa vez ela me olha nos olhos e c
Collin— Collin! — Ellen volta a gemer assim que o beijo para e louco de paixão, saio de dentro dela para trocar a nossa posição em seguida. A visão do paraíso, devo assim dizer quando a ponho de quatro para mim e após colocar uma camisinha escorrego para dentro dela, pressionando o seu corpo para baixo e começo a me mexer outra vez.— Você me enlouquece, Ruby! — rosno rudemente entre dentes, completamente entregue ao seu prazer. — Você tem o hábito de me levar ao meu limite. — Aumento o meu ritmo à medida que sibilo essas palavras. — Gosta de me levar do céu ao inferno, não é? — inquiro, a puxando para mim outra vez, colando as suas costas suadas no meu peitoral e levo a minha boca ao lóbulo da sua orelha. — Não é? — exijo a sua resposta.— Oh, céus! Sim! Sim! — Ela geme perdida em sensações.— Diga-me quem é você? Me diga! — exijo com um rosnado áspero.— Eu… sou… a sua Ruby. — Ela fala com dificuldade.Merda, não é isso que eu quero ouvir!— Diga que você me pertence!— Eu sou sua,
Collin— Bom, meu amigo, eu vou deixá-los a sós. — Eduardo fala se levantando da sua cadeira e imediatamente ele caminha para a saída.O meu peito infla com a expectativa de que Ellen tenha vindo ao meu encontro, porém, não vejo motivos para ela me procurar nas primeiras horas do dia. O som do salto alto batendo contra o piso lustroso me faz encará-lo e logo os meus olhos passeiam pelo elegante bico fino negro, subindo por suas pernas, encontrando a barra de um vestido simples. Meu coração dispara quando fito a boca cor de rosa e logo depois um par de olhos castanhos escuros completamente tímidos.Ellen!Penso engolindo em seco, porém, o seu perfume cítrico invade a minha sala, deixando-me confuso.— Collin! — Uno as sobrancelhas irritado por não conseguir discerni-las no meio dessa droga de teatro. — Como você está
Ellen Alguns dias depois... — Bom dia, Senhorita Axel! — Bom dia, Diva! O papai já acordou? — Na verdade, ele já saiu, Senhorita. — Ah! — ralho frustrada. Contudo me espreguiço em cima da cama e vou tomar um banho. Após a minha última noite na cama do barão de Luxemburgo devo dizer que estou feliz. Mamãe avisou-me na noite passada que Ruby finalmente irá voltar para a casa do seu marido e com o Daniel assumindo um cargo nas empresas Axel de exportação a minha vida parece ter ganho outro rumo. Contudo, desde que saí da mansão Hill não consigo parar de pensar no que fizemos. Collin estava diferente naquela noite. Ele estava mais atencioso, carinhoso e até o seu toque parecia mais íntimo do que o normal. Os seus beijos não estavam intensos e raivosos, mas ainda assim eram marcantes. A maneira como ele me olhava me dizia coisas que eu não conseguia entender, ou eu não quis decifrá-lo. A verdade, é que eu estava com medo. M
Ellen — Desde quando ela está aqui? — pergunto quando ele estaciona em frente a um hospital. — Tive que trazê-la há dois dias, ela não estava muito bem. Queria lhe perguntar mais, porém, uma enfermeira surge e logo somos levados para dentro de um consultório. — Bom dia, Doutor Santana, como ela está? — A feição do médico me diz que as notícias não são boas e o meu coração se aperta dentro do meu peito. — O câncer já está bem avançado, Senhor Carter e os medicamentos já não estão surtindo efeito. — Vejo Daniel desmoronar bem diante dos meus olhos e imediatamente seguro nos seus ombros para confortá-lo. — Sugiro que vá vê-la agora e que converse um pouco com sua mãe. Faça-a sorrir o quanto puder. Ela precisa saber que você está bem para poder partir em paz. — Impulsiva o puxo para os meus braços quando ele inicia um choro compulsivo. — Eu sinto muito, querido! — sussurro tentando ser forte por ele. — Mas você precisa ser forte agora.