— Você demorou tanto para me visitar, será que esqueceu de mim? A Sra. Kayra estava folheando um livro de medicina. Ao vê-los entrar, ela deixou o livro de lado e olhou para a mulher ao lado de Ângelo. — Quem é essa?Ela nunca havia ouvido falar de mulher ao lado dele, e se ele a trouxe até ali, era claro que a relação deles não era simples. — Sra. Kayra, esta é a menina de quem eu gosto. Ela tem problemas estomacais, então pensei em trazê-la aqui para você dar uma olhada. — Ângelo falou sem rodeios. Se fosse para chamá-la de namorada... Bem, a mulher ainda não tinha aceitado, então ele não ousou dizer. A Sra. Kayra sorriu e disse: — Finalmente apareceu uma garota que você gosta. Cuide bem dela e boa sorte! Ela fez um gesto, convidando-os a se sentarem. — Vitória, essa é a Sra. Kayra. — Ângelo apresentou a senhora. Diante de uma pessoa tão simpática, Vitória se acalmou um pouco, relaxando a postura defensiva. — Prazer, Sra. Kayra, eu sou a Vitória. — Estenda a mão,
Fazer alguém que não acredita no amor se apaixonar por ele? Isso simplesmente não seria possível. Ângelo franziu a testa e olhou para Vitória. — Vitória, o que eu quero agora é só cuidar do seu estômago, o resto a gente vê depois.Ângelo tinha um jato particular, o que dava a ele liberdade para decidir os horários e rotas de voo sempre que quisesse. Ele a levou até o avião, com uma atitude tranquila. — Daqui em diante, qualquer lugar que você quiser ir, é só me falar. Posso mandar alguém te levar ou até mesmo te levar pessoalmente.Ele possuía licença de piloto, mas naquele dia não tinha a intenção de pilotar. Só queria sentar-se ao lado dela. — Bom dia, Sr. Ângelo. Quando a comissária viu Ângelo, seu sorriso ficou ainda mais radiante. Ângelo apenas assentiu com a cabeça e entrou com Vitória. A comissária, por sua vez, parecia um pouco desanimada. Sempre tivera uma grande admiração por Ângelo. Depois de terminar a faculdade, ela tinha diversas opções de trabalho, mas
O suco fresco parecia ter sido ligeiramente aquecido com água quente, deixando-o morno. Quando a comissária percebeu que Ângelo estava voltando, se retirou rapidamente, visivelmente nervosa. Ela nunca teria coragem de confessar seus sentimentos por ele, temia que isso custasse seu emprego, o que a impediria de até mesmo observá-lo de longe.Ângelo entregou o copo de suco a Vitória. Vitória tomou um gole do suco fresco, mas percebeu que estava morno. O suco, morno ao paladar, refletia a atenção cuidadosa desse homem. — Eu não tenho coração? Como você pode ter tanta certeza disso? Ele pensava consigo mesmo, sentindo que todo o seu cuidado não era dedicado a ela? Como ela podia dizer que ele não tinha coração? Vitória tomou outro gole de suco. — Eu também não tenho coração.No fundo, ele só queria conquistar o coração dela agora, não era? Ângelo soltou um riso frustrado. O que mais poderia fazer, se seu desejo atual era exatamente esse: ganhar o coração dela? O voo de duas
Era como os pais, não importava a idade dos filhos, a preocupação com eles nunca diminuía.— Não precisa.Vitória realmente acreditava que não havia necessidade alguma de ajuda. Ela só voltou quando sentiu que já tinha a habilidade necessária. Nunca quis depender de ninguém, sempre desejou conquistar tudo por si mesma, com seu próprio esforço. Ângelo a levou pessoalmente até o Grupo GY e, depois, seguiu para a Mansão Kam Fai. Pouco depois, Gabriel trouxe tudo o que ele havia pedido. — Ângelo, você está se sentindo mal? Quer que eu chame um médico para te examinar? Por que comprou até um caldeirão de ervas?— Eu não estou doente. Estou muito bem. — Então, por que comprou essas coisas? E essas ervas na mesa, o que significa tudo isso? Ângelo nunca fora fã de remédios fitoterápicos, afinal, o cheiro não era nada agradável. — É para a sua cunhada. Ela tem problemas no estômago. Durante a viagem para a Cidade A, pedi para a Sra. Kayra dar uma olhada nela.— Deixe que a empregada
No beco escuro na fronteira do País M.— Corram, não deixem ela escapar!No beco deslumbrante de depravação, onde, mesmo após a meia-noite, as luzes continuam a brilhar intensamente, criando um espetáculo de cores e brilhos.Naquele momento, um grupo de dez homens vestidos de preto estava perseguindo uma jovem de corpo esbelto.— Malditos, querem morrer? Ao perceber que estava sendo implacavelmente perseguida, a jovem parou e levantou um bastão de ferro com mais de um metro de comprimento.— Entregue o que você pegou.Em um piscar de olhos, os homens com expressões ferozes cercaram-na por todos os lados.— Querem? Venham pegar!A jovem usava o capuz de seu moletom preto, escondendo suas expressões faciais, mas sua voz causava calafrios.O sangue escorria pelo braço, ela havia levado um tiro no braço e precisava resolver a situação rapidamente.— Você, vá revistá-la.O homem com cicatriz no rosto, que parecia ser o líder, deu a ordem ao rapaz de cabelo amarelo que estava ao lado.O rap
Ele já havia mandado o gerente expulsar a mulher que havia colocado a droga em sua bebida.Não sentia mais nenhum resquício de compaixão. No entanto, ele não podia mais se conter. Aquela mulher realmente o atraía. Só de segurar sua cintura delicada, ele já não conseguia mais se controlar. — Não importa quem você é, eu quero você.No escuro, Vitória não pôde deixar de revirar os olhos. — Duvido que você consiga pagar por isso.Mesmo exausta, Vitória não se renderia facilmente. No momento seguinte, o homem pressionou a ferida dela com força.— Ah! — Vitória gritou de dor.Aquele homem estava pressionando a sua ferida de propósito. O corpo forte e quente do homem se apertou contra o dela.— Eu te dei a chance de ir embora, foi você que escolheu ficar. Agora, não me culpe.— Você quer morrer?Vitória estava furiosa, querendo arrancar aquele homem de cima dela, mas ele não deu a ela a mínima oportunidade de recusar. Ele pressionava o torso contra o dela, reagindo ao estímul
A expressão de Francine estava terrivelmente pálida, ela nunca imaginou que a Vitória, que uma vez foi tão submissa, tornaria-se tão difícil de lidar. — Desculpe. — Para preservar a reputação da família Laporta, Francine pediu relutantemente. — Não estou ouvindo.— Você… Ninguém ousou tratá-la daquela forma em toda cidade J.Francine estava tão furiosa que suas lágrimas estavam prestes a transbordar. Havia muitas pessoas ao redor, mas nenhuma delas se manifestou em sua defesa. — Desculpe, eu errei. — Sra. Francine, da próxima vez que me encontrar, lembre-se de me saudar com respeito, ou as consequências serão por sua conta!Francine estava quase enlouquecendo de raiva. Aquela maldita tinha a ousadia de ameaçá-la! No entanto, ela não teria motivos para se sentir triunfante por muito tempo. Em breve, ela descobriria as consequências de ofender a filha da família Laporta. Arrastando sua mala até a saída do Terminal 2, Francine encontrou sua amiga Nilda Castro, que já estava e
— Paulo, seja rápido, estou cansada.Vitória ignorou completamente Bernardo, apenas se espreguiçou e entrou no quarto. Paulo teve que levar alguns empregados para limpar o quarto. — Troquem todos os móveis do quarto. Você tem apenas uma hora para fazer isso.Ela achava que as coisas usadas por Sophia estavam sujas. — Dona Vitória, é tarde da noite… — Paulo, você esqueceu de novo qual é o seu sobrenome?Vitória moveu os pulsos. Paulo imediatamente mandou preparar tudo. Quando tudo foi arrumado, já haviam se passado duas horas. Após uma noite inteira de tormento para aqueles impertinentes, Vitória dormiu tranquilamente e profundamente naquela noite.— Mãe, realmente vamos deixar a Vitória ir ao meu noivado com o Daniel amanhã? Na frente de Bernardo, Sophia se comportou muito bem, mas, ao pensar que Vitória iria aparecer no seu noivado, sentia-se extremamente desconfortável. Ela finalmente conseguiu ficar com o Daniel, e agora, a família Laporta havia se aliado à família