Vitória franziu a testa. Ela odiava ser pressionada por alguém. E, agora, Ângelo estava exatamente fazendo isso. Ela o encarou com firmeza.— Ângelo, eu já falei: eu não vou tomar.Vitória estava realmente determinada a não ceder. Ela sabia que não deveria ter vindo até a casa dele.— Vitória, olha minha mão.Ângelo estendeu a mão queimada diante dela. As cicatrizes eram evidentes, marcas de queimaduras que antes eram apenas detalhes nas suas mãos bem cuidadas.O que isso significa? Vitória ficou sem palavras. Aquela mão tão bonita, agora marcada por causa dela?— Isso tem a ver comigo?— Claro que tem a ver com você. Vitória, sua mãe ainda está sozinha na fronteira. Ela precisa de você. Você é a única filha dela, e se algo acontecer com você, como ela vai ficar? Ângelo sabia que a maior preocupação de Vitória era a mãe, e usou esse argumento para tentar convencê-la a tomar o remédio.— Ângelo, você está ultrapassando todos os limites.Vitória se levantou, recusando completamente
Vitória franziu a testa. O que ele estava fazendo? Ele estava com pena dela, não era? Mas, sinceramente, ela não precisava da piedade de ninguém. Ainda assim, com os braços dele em volta de sua cintura, ela não conseguia se soltar. Ângelo, de fato, era um homem extremamente cativante. Uma vez envolvida por ele, nenhuma mulher conseguia sair ilesa. Sentado no sofá, seu rosto repousava sobre o ventre sensível dela. Naquele momento, a atração entre eles era palpável, uma atração puramente masculina e feminina. Vitória realmente não entendia o que era o amor. Ela também não acreditava que houvesse um amor puro neste mundo. Para ela, tudo não passava de um instinto animal, algo que poderia ser superado com esforço. — Ângelo, você só quer me levar para a cama, não é? Não precisa fingir tanto afeto.Um homem como ele, tão admirado, não precisava se rebaixar tanto para conquistar alguém. Ao vê-la assim, ele apenas sentiu um aperto no peito, uma vontade imensa de fundi
Na verdade, no momento em que Daniel dirigiu o carro em sua direção, Ângelo já havia percebido o perigo iminente. Com um movimento rápido, ele empurrou Vitória para longe. Ele poderia ter se esquivado completamente, mas, por um breve momento, seus olhos brilharam e, deliberadamente, hesitou por alguns segundos. Foi então que o carro o atingiu, lançando seu corpo para longe. — Ângelo? Vitória, empurrada para frente, deu alguns passos antes de conseguir se equilibrar. Quando se virou, viu Ângelo caído no chão. Ao ver o que acontecera, o olhar de Daniel se encheu de fúria. — Eu vou te matar, eu vou te matar! — Ele murmurava repetidamente, como se estivesse em um transe. O rosto de Sophia estava pálido. Ela estava ao lado de Daniel havia cinco anos, e o conhecia como ninguém. Daniel sempre fora um prodígio, alguém que, com seu status, conseguia tudo o que queria sem esforço. Até então, parecia indiferente a quase tudo, exceto ao instituto de pesquisa que tanto prezava.
Será que aquele homem ainda achava, com toda a arrogância, que Vitória tinha algum interesse por ele? Ele precisava, pelo menos, se olhar no espelho. Vitória nunca se rebaixaria a gostar de alguém tão desprezível quanto Daniel. Quando Sophia viu o que estava acontecendo, não pensou duas vezes antes de descer do banco do passageiro. Daniel era seu noivo, e ela não poderia permitir que ele fosse espancado daquele jeito. — Vitória, solta ele agora! Sophia agarrou o braço de Vitória, tentando separar a briga. Mas, ao perceber que ela estava tentando ajudar, Daniel se sentiu ainda mais humilhado. Maldita Vitória, como ela ousava não o amar e ainda se voltar para outro? Antes que pudesse tocar em Vitória, a mão dele foi rapidamente agarrada por Ângelo, o homem que ele acreditava estar incapacitado. — Se você tocar nela, vai se arrepender de verdade. Com um movimento rápido, Ângelo acertou um soco direto no nariz de Daniel. O impacto foi tão forte que, em segundos, o sangue
No beco escuro na fronteira do País M.— Corram, não deixem ela escapar!No beco deslumbrante de depravação, onde, mesmo após a meia-noite, as luzes continuam a brilhar intensamente, criando um espetáculo de cores e brilhos.Naquele momento, um grupo de dez homens vestidos de preto estava perseguindo uma jovem de corpo esbelto.— Malditos, querem morrer? Ao perceber que estava sendo implacavelmente perseguida, a jovem parou e levantou um bastão de ferro com mais de um metro de comprimento.— Entregue o que você pegou.Em um piscar de olhos, os homens com expressões ferozes cercaram-na por todos os lados.— Querem? Venham pegar!A jovem usava o capuz de seu moletom preto, escondendo suas expressões faciais, mas sua voz causava calafrios.O sangue escorria pelo braço, ela havia levado um tiro no braço e precisava resolver a situação rapidamente.— Você, vá revistá-la.O homem com cicatriz no rosto, que parecia ser o líder, deu a ordem ao rapaz de cabelo amarelo que estava ao lado.O rap
Ele já havia mandado o gerente expulsar a mulher que havia colocado a droga em sua bebida.Não sentia mais nenhum resquício de compaixão. No entanto, ele não podia mais se conter. Aquela mulher realmente o atraía. Só de segurar sua cintura delicada, ele já não conseguia mais se controlar. — Não importa quem você é, eu quero você.No escuro, Vitória não pôde deixar de revirar os olhos. — Duvido que você consiga pagar por isso.Mesmo exausta, Vitória não se renderia facilmente. No momento seguinte, o homem pressionou a ferida dela com força.— Ah! — Vitória gritou de dor.Aquele homem estava pressionando a sua ferida de propósito. O corpo forte e quente do homem se apertou contra o dela.— Eu te dei a chance de ir embora, foi você que escolheu ficar. Agora, não me culpe.— Você quer morrer?Vitória estava furiosa, querendo arrancar aquele homem de cima dela, mas ele não deu a ela a mínima oportunidade de recusar. Ele pressionava o torso contra o dela, reagindo ao estímul
A expressão de Francine estava terrivelmente pálida, ela nunca imaginou que a Vitória, que uma vez foi tão submissa, tornaria-se tão difícil de lidar. — Desculpe. — Para preservar a reputação da família Laporta, Francine pediu relutantemente. — Não estou ouvindo.— Você… Ninguém ousou tratá-la daquela forma em toda cidade J.Francine estava tão furiosa que suas lágrimas estavam prestes a transbordar. Havia muitas pessoas ao redor, mas nenhuma delas se manifestou em sua defesa. — Desculpe, eu errei. — Sra. Francine, da próxima vez que me encontrar, lembre-se de me saudar com respeito, ou as consequências serão por sua conta!Francine estava quase enlouquecendo de raiva. Aquela maldita tinha a ousadia de ameaçá-la! No entanto, ela não teria motivos para se sentir triunfante por muito tempo. Em breve, ela descobriria as consequências de ofender a filha da família Laporta. Arrastando sua mala até a saída do Terminal 2, Francine encontrou sua amiga Nilda Castro, que já estava e
— Paulo, seja rápido, estou cansada.Vitória ignorou completamente Bernardo, apenas se espreguiçou e entrou no quarto. Paulo teve que levar alguns empregados para limpar o quarto. — Troquem todos os móveis do quarto. Você tem apenas uma hora para fazer isso.Ela achava que as coisas usadas por Sophia estavam sujas. — Dona Vitória, é tarde da noite… — Paulo, você esqueceu de novo qual é o seu sobrenome?Vitória moveu os pulsos. Paulo imediatamente mandou preparar tudo. Quando tudo foi arrumado, já haviam se passado duas horas. Após uma noite inteira de tormento para aqueles impertinentes, Vitória dormiu tranquilamente e profundamente naquela noite.— Mãe, realmente vamos deixar a Vitória ir ao meu noivado com o Daniel amanhã? Na frente de Bernardo, Sophia se comportou muito bem, mas, ao pensar que Vitória iria aparecer no seu noivado, sentia-se extremamente desconfortável. Ela finalmente conseguiu ficar com o Daniel, e agora, a família Laporta havia se aliado à família