AMÉLIAEu tinha ficado louca, completamente louca.As mãos de Arthur desceram pelo meu corpo, traçando um caminho de fogo por onde passavam. Eu senti cada toque como uma corrente elétrica, acendendo uma chama dentro de mim. Meu coração batia descontrolado, e eu me perdi completamente no momento, deixando que o desejo tomasse conta.Arthur interrompeu o beijo por um segundo, seus olhos encontrando os meus. Ambos estávamos ofegantes, e a intensidade de seu olhar me fez perder o fôlego. Ele sorriu de leve, antes de me beijar novamente, dessa vez com ainda mais fervor, e eu sabia que estava completamente rendida a ele.Seu toque era urgente, e meus sentidos estavam em alerta máximo. Arthur deslizou suas mãos pelo meu corpo, segurando minha cintura com força.— Você é minha. — ele sussurrou, sua voz rouca pelo desejo, enquanto seus olhos me encaravam com uma intensidade avassaladora. Seus dedos apertaram levemente minha coxa, reforçando a possessividade em suas palavras. — Só minha, Amélia
LILIANAEu estava ocupada organizando a cozinha. Meus pensamentos vagaram para Amélia, que tinha ido dormir na casa do Pesadelo. Eu me preocupava com ela, queria que ela tivesse cuidado.Eu sabia muito bem como era sofrer por amor.Maicon tinha me magoado muito, e ainda doia demais. Eu não queria que Amélia passasse pelo mesmo. Ela merecia alguém que cuidasse dela, não alguém que a fizesse duvidar de si mesma ou a traísse como Maicon tinha feito comigo.Quando ouvi batidas na porta, a última pessoa que eu esperava ver era Maicon, mas lá estava ele, com aquele olhar de culpa que ele usava sempre que sabia que tinha feito algo errado.Abri a porta e cruzei os braços, me apoiando no batente. Ele parecia mais nervoso do que o normal, mas eu não ia facilitar as coisas para ele.Eu já tinha sido idiota demais para Maicon e ele sabia disso, tanto que nem fazia questão de desmentir todas as vezes que eu descobria uma traição.— O que você quer, Maicon? — perguntei, tentando manter minha voz f
AMÉLIAJá estava claro lá fora quando eu abri os olhos, me espreguiçando. Eu sentia os braços fortes do Arthur envolvendo a minha cintura enquanto estávamos de conchinha. A respiração quente e com um pequeno ronco roçava suavemente meu ouvido, enquanto ele parecia dormir serenamente. Bem o contrário do que era quando estava acordado, com certeza.Tentando me soltar suavemente do seu abraço, Arthur intensificou o aperto em minha cintura e sussurrou em meu ouvido:— Pra onde você pensa que vai?Sua voz rouca e próxima da minha orelha me fez prender o ar. Quando ele abriu os olhos e me viu, abriu um sorriso.— Tá achando mesmo que vai fugir de novo? — Ele quebrou o silêncio.— Eu só ia me virar. — Respondi, tentando esconder minha timidez e sentindo meu rosto esquentar sob seu olhar.— Sei...— Mas eu preciso ir pra casa de qualquer jeito, eu tenho que trabalhar, tô em período de teste ainda, Arthur, e...Fui interrompida pela boca dele. Arthur me beijou com intensidade que me fez esquec
[AUTORA]Cinco meses depois...O celular de Larissa vibrou insistentemente, indicando a chamada de Russo. Ela respirou fundo antes de atender.— Russo, o que foi agora? — perguntou, tentando manter a voz firme, mas a irritação era difícil de esconder.— Já era pra garota estar fora de circulação! O que tá acontecendo aí? — A voz de Russo era áspera, cheia de desconfiança e impaciência.Larissa rolou os olhos, exasperada.— Eu tô fazendo o meu melhor. Mas o Pesadelo não larga aquela imbecil nem por um instante. Ela parece ter se tornado a sombra dele, os dois estão praticamente morando juntos.— Se tivesse fazendo o seu melhor, a garota já estaria morta, sua vadia incompetente! — Russo soava mais irritado agora, a ameaça implícita em suas palavras evidente.— Ela quase não tá saindo de casa e, quando sai, é de carro e sempre com alguém do lado.Houve um silêncio do outro lado da linha. Larissa podia imaginar Russo ponderando sobre a situação, formulando seu próximo movimento. Quando el
AMÉLIAEu estava sentada no sofá, tentando reunir coragem para falar com Arthur sobre algo que estava adiando há semanas. Finalmente, respirei fundo e decidi que não podia esperar mais.— Eu preciso ir até a casa da minha mãe pegar o resto das minhas coisas. — disse, tentando manter a voz firme.Arthur, que estava mexendo no celular, olhou para mim por um instante com uma expressão impassível.— Você não vai. — respondeu, sua voz fria.Pisquei, surpresa com a resposta dele.— O que? — retruquei, com indignação. — Eu esperei todo esse tempo pra voltar. Eu tenho coisas importantes lá que preciso pegar, Arthur.Ele desviou os olhos do celular outra vez, fixando seus olhos nos meus.— Se o problema é esse, você pode comprar coisas novas. — disse com um tom inflexível.Balancei a cabeça, frustrada.— Eu não quero coisas novas, Arthur. Eu quero as minhas coisas, aquelas que têm valor sentimental para mim.Ele estreitou os olhos com sua expressão endurecendo.— Você vai ficar sem nada então,
PESADELOEu tava na salinha, discutindo com PH e Maicon sobre a contabilidade. O ambiente era tenso, o ar pesado com o silêncio que pairava sobre nós. As luzes piscavam, lançando sombras nas paredes sujas de umidade.Maicon quebrou o silêncio:— Deixou a tua mina sozinha em casa, cara? — Maicon perguntou, quebrando o silêncio que pairava entre nós.Levantei os olhos, sentindo a pressão aumentar nos meus ombros. A preocupação com Amélia não saía da minha mente. Aquela mulher era uma constante fonte de estresse e dor de cabeça, mas eu não conseguia deixar ela de lado.— Ela foi pra casa da Liliana depois que a gente brigou. — respondi, a voz carregada de exaustão.Maicon arqueou uma sobrancelha, cético. Ele nunca entendeu completamente o porquê de eu insistir tanto em manter Amélia por perto, apesar de todos os problemas.— De novo, parceiro? — ele perguntou, o tom cheio de incredulidade. — Quantas vezes isso já aconteceu?Suspirei, sentindo a frustração borbulhar dentro de mim. Era dif
[AUTORA]Pesadelo voltou para casa sentindo o cansaço das últimas semanas pesando sobre seus ombros. Ao chegar à porta, encontrou Larissa esperando por ele.— O que você quer agora? — ele perguntou, sua voz carregada de impaciência.— Essa vai ser a última vez, eu prometo. — Larissa respondeu, tentando não deixar transparecer seu nervosismo. — Eu só quero pedir desculpas e resolver as coisas.Pesadelo suspirou profundamente, sua paciência no limite.— Tá bom, mas essa é a última vez. — Ele olhou para ela com desdém, destrancando a porta e entrando na casa.Larissa o seguiu, seu coração batendo acelerado. Assim que entraram, Pesadelo foi direto para a cozinha.— Fala logo o que você quer — ele disse, abrindo a geladeira e pegando uma água.Larissa aproveitou o momento em que ele estava de costas. Com mãos trêmulas, pegou um copo e encheu com whisky. Discretamente, tirou um pequeno frasco de seu bolso e despejou o líquido transparente no copo, mexendo rapidamente.Pesadelo se virou, sua
AMÉLIAEu estava com os pensamentos embaralhados e o coração despedaçado enquanto corria pelas ruas da comunidade, as lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto. Não conseguia acreditar na cena que havia presenciado. Como Arthur pôde fazer isso comigo?Perdida nos meus pensamentos, acabei esbarrando em alguém. Olhei para cima e vi Maicon, que parecia surpreso ao me ver chorando.— Amélia, o que aconteceu? — perguntou ele, preocupado.— Pergunta pro teu amiguinho, o Arthur! — respondi, furiosa. — Ele tá com a Larissa nesse exato momento, no quarto dele.Maicon ficou pálido, seus olhos arregalados de choque.— Eu sabia que ele não valia nada! — gritei, fora de controle. — Eu me arrependo de cada momento que passei com ele. Ainda bem que ele nunca ouviu um 'eu te amo' sair da minha boca, porque ele não merece nada de mim. Eu odeio o dia que coloquei os pés aqui e cruzei o olhar com o do Arthur, eu odeio ele.Mas dane-se, eu não tinha tempo para explicar mais nada. Maicon tentou me acal