AMÉLIA— Você tá bem? — perguntou, segurando meu braço e me puxando para longe de Pesadelo e Maicon.— Tô. — respondi, tentando sorrir para tranquilizar ela, mas minha voz tremia. — Vamos logo antes que ele mude de ideia.Caminhamos em silêncio por alguns minutos, até que Liliana finalmente quebrou o silêncio.— Amiga, você não devia ter falado com ele desse jeito. — disse, a voz baixa e preocupada. — Ele é perigoso, não dá pra brincar com isso, Amélia. É sério!— Eu sei. — suspirei, sentindo um peso no peito. — Mas eu não posso deixar ele pensar que manda em mim. Não posso voltar a ser controlada por ninguém, nem por ele.— Eu entendo você, mas olha o que aconteceu com o Deco… — lembrou.— Por isso mesmo, Lili. Imagina o que ele é capaz de fazer só porque decidiu sozinho que eu sou dele, que eu devo explicações, que a gente tem algum tipo de relação.— Que você é mulher dele. — adicionou e eu senti um arrepio.— Eu pensei que ele era diferente, Lili. Que poderia… melhorar, sabe? E qu
AMÉLIADesde o encontro tenso com o homem estranho na loja, minha mente não conseguia parar de pensar nas possíveis implicações da mensagem ameaçadora que recebi.Pesadelo não era o tipo de pessoa que deixava algo passar despercebido, e eu sabia que ele não ia deixar isso barato.Mal consegui descansar quando ouvi uma batida firme na porta. Meu coração acelerou instantaneamente.Só podia ser ele.— Lili…— Calma, amiga. Se for ele a gente dá um jeito. — tentou me deixar menos nervosa.Liliana, que estava na cozinha, veio até a sala e abriu a porta.— Cadê ela? — a voz de Pesadelo era baixa, mas carregada de uma intensidade que fez minha espinha gelar.Liliana me olhou, e eu caminhei até a porta, tentando controlar o tremor nas minhas mãos. Quando finalmente apareci, o olhar de Pesadelo cravou m mim, como se estivesse me desafiando a mentir.— É assim que você trabalha? — ele começou, sua voz baixa, mas cheia de tensão. — De papinho com um otário?— Eu…— Tá achando que isso é o quê, h
[AUTORA]📍Morro do Dragão, Rio de JaneiroRusso estava sentado atrás de uma mesa pesada de madeira, as luzes fracas lançando sombras sinistras sobre seu rosto. Ele estava com duas mulheres, ambas sentadas no colo dele, de forma íntima e provocante. As risadas delas e os sons dos beijos dos três preenchiam o ar.A porta se abriu com um rangido, e Lucas entrou, seus passos ecoando no silêncio. Ao vê-lo, Russo levantou a mão, interrompendo as risadas das mulheres e deixando claro que a diversão havia terminado.— Sumam daqui, agora! — ordenou Russo, sua voz fria e brutal, carregada de impaciência.As mulheres trocaram olhares assustados, se vestiram rapidamente com movimentos apressados e desajeitados, e saíram correndo da sala sem olhar para trás.Lucas entregou um celular a Russo, mostrando uma foto de Amélia. Russo deu um sorrisinho monstruoso ao ver a imagem, seus olhos brilhando com um prazer cruel.— Então, o que conseguiu descobrir sobre ela? — perguntou Russo, sem rodeios, sua v
AMÉLIA— Oi, Amélia. — disse ele, seus olhos fixos nos meus, esperando minha resposta.— Oi. — respondi, minha voz trêmula, mas decidida.Ele deu um passo à frente, ainda me encarando.— E então? — perguntou, sua voz cheia de expectativa. — Já decidiu?Respirei fundo, tentando controlar o turbilhão de emoções dentro de mim.— Eu... vou com você. — disse finalmente, quase sussurrando.Os olhos de Arthur brilharam. Ele estendeu a mão, e eu a peguei, sentindo a firmeza do seu aperto. Sem soltar minha mão, ele se virou para Liliana.— Trago ela amanhã bem cedo pra vocês não perderem a hora pro trampo. — disse com firmeza.Liliana apenas assentiu, me lançando um olhar de apoio antes de desaparecer para a cozinha.Ela não tinha aceitado completamente minha decisão, mas não falou mais nada.Arthur e eu saímos.Enquanto estávamos no carro, não consegui evitar o nervosismo. O silêncio estava ficando insuportável, então decidi falar:— Arthur... — comecei, olhando para ele de soslaio. — Será qu
AMÉLIA— Oi, Amélia. — disse ele, seus olhos fixos nos meus, esperando minha resposta.— Oi. — respondi, minha voz trêmula, mas decidida.Ele deu um passo à frente, ainda me encarando.— E então? — perguntou, sua voz cheia de expectativa. — Já decidiu?Respirei fundo, tentando controlar o turbilhão de emoções dentro de mim.— Eu... vou com você. — disse finalmente, quase sussurrando.Os olhos de Arthur brilharam. Ele estendeu a mão, e eu a peguei, sentindo a firmeza do seu aperto. Sem soltar minha mão, ele se virou para Liliana.— Trago ela amanhã bem cedo pra vocês não perderem a hora pro trampo. — disse com firmeza.Liliana apenas assentiu, me lançando um olhar de apoio antes de desaparecer para a cozinha. Ela não tinha aceitado completamente minha decisão, mas não falou mais nada.Arthur e eu saímos.Enquanto estávamos no carro, não consegui evitar o nervosismo. O silêncio estava ficando insuportável, então decidi falar:— Arthur... — comecei, olhando para ele de soslaio. — Será q
AMÉLIAEu tinha ficado louca, completamente louca.As mãos de Arthur desceram pelo meu corpo, traçando um caminho de fogo por onde passavam. Eu senti cada toque como uma corrente elétrica, acendendo uma chama dentro de mim. Meu coração batia descontrolado, e eu me perdi completamente no momento, deixando que o desejo tomasse conta.Arthur interrompeu o beijo por um segundo, seus olhos encontrando os meus. Ambos estávamos ofegantes, e a intensidade de seu olhar me fez perder o fôlego. Ele sorriu de leve, antes de me beijar novamente, dessa vez com ainda mais fervor, e eu sabia que estava completamente rendida a ele.Seu toque era urgente, e meus sentidos estavam em alerta máximo. Arthur deslizou suas mãos pelo meu corpo, segurando minha cintura com força.— Você é minha. — ele sussurrou, sua voz rouca pelo desejo, enquanto seus olhos me encaravam com uma intensidade avassaladora. Seus dedos apertaram levemente minha coxa, reforçando a possessividade em suas palavras. — Só minha, Amélia
LILIANAEu estava ocupada organizando a cozinha. Meus pensamentos vagaram para Amélia, que tinha ido dormir na casa do Pesadelo. Eu me preocupava com ela, queria que ela tivesse cuidado.Eu sabia muito bem como era sofrer por amor.Maicon tinha me magoado muito, e ainda doia demais. Eu não queria que Amélia passasse pelo mesmo. Ela merecia alguém que cuidasse dela, não alguém que a fizesse duvidar de si mesma ou a traísse como Maicon tinha feito comigo.Quando ouvi batidas na porta, a última pessoa que eu esperava ver era Maicon, mas lá estava ele, com aquele olhar de culpa que ele usava sempre que sabia que tinha feito algo errado.Abri a porta e cruzei os braços, me apoiando no batente. Ele parecia mais nervoso do que o normal, mas eu não ia facilitar as coisas para ele.Eu já tinha sido idiota demais para Maicon e ele sabia disso, tanto que nem fazia questão de desmentir todas as vezes que eu descobria uma traição.— O que você quer, Maicon? — perguntei, tentando manter minha voz f
AMÉLIAJá estava claro lá fora quando eu abri os olhos, me espreguiçando. Eu sentia os braços fortes do Arthur envolvendo a minha cintura enquanto estávamos de conchinha. A respiração quente e com um pequeno ronco roçava suavemente meu ouvido, enquanto ele parecia dormir serenamente. Bem o contrário do que era quando estava acordado, com certeza.Tentando me soltar suavemente do seu abraço, Arthur intensificou o aperto em minha cintura e sussurrou em meu ouvido:— Pra onde você pensa que vai?Sua voz rouca e próxima da minha orelha me fez prender o ar. Quando ele abriu os olhos e me viu, abriu um sorriso.— Tá achando mesmo que vai fugir de novo? — Ele quebrou o silêncio.— Eu só ia me virar. — Respondi, tentando esconder minha timidez e sentindo meu rosto esquentar sob seu olhar.— Sei...— Mas eu preciso ir pra casa de qualquer jeito, eu tenho que trabalhar, tô em período de teste ainda, Arthur, e...Fui interrompida pela boca dele. Arthur me beijou com intensidade que me fez esquec