Ela adormeceu rápido demais sobre o peito levemente cabeludo do homem que a estava abraçando naquela noite fria. Foi a primeira vez que ela se sentiu tão vulnerável e tão segura ao mesmo tempo. Foi como poder ser ela mesma uma única vez na vida. E Giulia Rossi estava tão feliz que as faces ainda estavam rosadas, expondo os delicados lábios levemente erguidos em um sorriso de bom humor, mesmo dormindo. Leoni Messina manteve-se de olho aberto, assim como fizera quando dormiu com ela pela primeira vez. Mas naquele momento, a sensação de ter perdido algo parecia se intensificar dentro dele. E ele sabia bem o que havia perdido, e sabia ainda mais o que estava em jogo se ela soubesse de toda a verdade. Ele deveria resolver todas as coisas que fossem preciso antes que estas voltassem para assombra-lo, estourando sobre as cabeças do casal como uma bomba que destruiria tudo que ele havia conseguido ao lado dela. Leoni Messina respirou fundo, sentindo a aflição tomar conta dele, enquanto
Giulia Rossi sentiu uma dor muito grande no peito quando percebeu que estava sozinha naquele apartamento enorme. Ela jogou os lençóis para o lado e se levantou, mas a intimidade doía tanto... ela não esperava que algo tão bom se tornasse uma tortura pela manhã. Os olhos cheios de lágrimas focaram na cama de forro branco, cuja a limpeza fora completamente maculada por uma mancha de sangue no centro, simbolizando o quanto ela havia sido precipitada. Ele, agora, havia conseguido exatamente o que queria, e não tinha como voltar atrás. O maior medo da Giulia Rossi havia se concretizado, e lá estava ela, abandonada como todas as outras mulheres que se entregaram para ele. Giulia arrancou os lençóis da cama com grande brutalidade e pensou em troca-los por outros, mas não conseguiu achar novos, por mais que procurasse. Então, ela os embolou e jogou no chão, num canto isolado do quarto. A garota entrou no banheiro e ligou o chuveiro. Ela não esperava que a água ardesse tanto a intimidade
Ela encarou a tela como se previsse o futuro. Assim que o telefone tocou, Giulia Rossi o atendeu instantaneamente. A voz do outro lado da linha ainda soava como uma música bem vinda para ela. – Não é bizarro quando você está pensando em alguém e ela te liga? – Ele brincou. – Eu não estava pensando em você. – Ai. Você gosta de me magoar. Giulia sorriu. – Só um pouco. Leoni Messina respirou fundo do outro lado da linha. – Espere eu chegar em casa. Você vai ver quem machuca quem...– Vai me castigar por isso, Sr. Messina? – E você vai adorar isso! Ele desligou o telefone, deixando-a perfeitamente vigiada na loja em que estava. Era ainda mais obsessivo do que havia imaginado, ao colocar um segurança para grava-la em tempo real sempre que fosse necessário ver o que a pobre garota estava fazendo. Ele, no entanto, não gostaria que ela soubesse das atividades bem longe dela. Um dos motivos para que a garota tivesse tantos guardas costas também se dava ao fato de que ele não p
Giulia Rossi era tão inocente quanto linda, usando aquele cabelo enorme e sexy que caia pelas costas como uma cascata. A pequena franja a deixava com ares ainda mais inocentes. Ela assemelhava-se a uma donzela do campo que nunca deveria ser tocada ou maculada. Ela deveria ser congelada e preservada tal qual parecia naquele momento da vida. Quando a porta se abriu, ela correu em direção a ela, sentindo a euforia de vê-lo mais uma vez. – Jesus. O que você está vestindo, mulher! – Ele brincou. Giulia Rossi tentou cobrir o corpo, sentindo-se ridícula pela forma com a qual estava fantasiada. Durante a tarde calorosa, a mulher recebera uma visita amigável, sem saber que aceitara conselhos de alguém que conhecia muito bem os gostos do Leoni Messina. Ela conhecia bem o suficiente para prever que ele teria a reação mais explosiva e absurda que a Giulia Rossi já tivera o desprazer de presenciar. Mas ela colocou as mãos para trás do corpo, como uma clara timidez, enquanto as grandes orelhas r
Bastou uma pergunta para que o don erguesse um muro sobre eles. O homem se levantou da cama e ajeitou a postura para algo além do formal. – Giulia, não faça perguntas difíceis... Ela o encarou com sinceridade, esperando que o homem revelasse a verdade, embora soubesse que ele nunca faria aquilo. Leoni Messina sempre fora um homem de segredos, e naquele momento, a pobre jovem Rossi acreditou que ele havia se limpado por ter matado uma pessoa. – Desculpa. Eu só achei que você quisesse conversar. Ele ergueu uma sobrancelha. – Nós não somos esse tipo de casal.– E de que tipo nós somos? – Isso é tudo diversão, amor. Você tem que entender que eu não sou um homem que você deva esperar se casar. Giulia já podia sentir o gosto das lágrimas dentro dos lábios pequenos que estavam contidos para o interior da boca. – Você sempre tem que estragar tudo, não é? Ele andou em direção a cozinha e serviu-se de uma dose de alguma bebida. – Você precisa entender isso logo. Não quero que sof
– Quem é a garota linda que acompanha você essa noite, Don? – Um homem de terno perguntou, em iminência de beijar a mão jovem da mulher ao lado. Leoni Messina direcionou-lhe um dos olhares mais mortais que a pobre garota já vira na vida. Ela tinha certeza que mais alguém perderia a mão se continuasse a arriscar-se daquela forma. Ele a segurou pela cintura e a puxou para si como o mais possessivo dos homens. O aperto mal a permitia respirar com tranquilidade, mas ele ainda não a libertou. Ele nunca a libertaria. Ele não queria. A música lenta ao fundo tocava num piado bem localizado no final do salão em tons beges. Uma gargantilha que não foi o suficiente para esconder as marcas de um sexo violento e bastante prazeroso horas antes. Ela ainda andava tentando disfarçar a dor entre as pernas pela punição que havia recebido por usar uma fantasia estranha e inadequada... – Essas rotas estão uma merda. Quem fez isso? – Leoni Messina encarou o irmão que parecia desconfortável naquela sala
Os olhos brilhavam com tanta intensidade que seriam capazes de incendiar as cortinas vermelhas do salão. Leoni Messina apontou a arma com precisão na direção do homem que segurava a sua propriedade e preparou-se para o golpe final que ceifaria a vida de todo o desgraçado que tentasse rouba-la. – Eu espero que você tenha um bom motivo para estar tocando na minha mulher. O rapaz a soltou, expondo as mãos vazias para cima no instante em que notou o erro que havia cometido. – Mil perdões, meu don. Eu não fazia ideia de que ela estava com o senhor. Leoni Messina balançou a cabeça com cada palavra dita por aquele homem como se já as esperasse. Então, o homem ergueu o canto dos lábios de maneira sádica e desceu a arma das mãos, a colocando de volta ao seu lugar seguro dentro da roupa. As mãos fortes se aproximando fizeram o pobre rapaz atrevido tremer tanto que o ódio da Giulia Rossi rapidamente transformou-se em pena. – Tudo bem... eu entendo. Ela é estupidamente linda. – Ela é...
– Merda... – ele fitou os olhos tristes face a face com os dele. – Por que eu não consigo te machucar, garota? Giulia não conseguiu entender por que ele perguntara aquilo. Ela não podia entender sequer por que aquele homem agia de formas sempre tão diferentes como um louco descontrolado sempre que estava diante dela. – Eu acho que não faço bem a você. – Giulia Rossi o acariciou no rosto. Leoni Messina ainda estava dentro dela quando voltou a beija-la com ternura, embora ainda fosse bastante firme. Não precisava de muito para que ela se entregasse a ele por completo, mesmo que sentisse que havia algo de errado que ele deliberadamente ocultava. Os beijos estalados passaram a percorrer toda a extensão do pescoço e desceram até um dos seios pequenos, e tudo que Giulia Rossi conseguia fazer se resumia em fechar os olhos para evitar a paranoia de ver alguém os observando e encarar as investidas profundas que aquele homem a golpeava como um castigo. Por alguma razão, ela sentiu o