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Seattle -O amuleto... - Capítulo 1

A cidade de Seattle nunca esteve tão calma... Até agora.

Com a chegada de Ezra Griffin à Seattle, bruxas e lobisomens se preocupam com a aliança das clareiras, já que Ezra por ser neto do maior fundador da cidade, Vladimir Griffin, tem 70% de chances de assumir a presidência da aliança.

A notícia de que Ezra havia chegado à cidade se espalhou e logo foi proposta uma reunião com os membros da aliança.

Os membros da aliança estavam todos reunidos em um escritório particular no centro da cidade, quando se assustam com uma sombra entrando na sala. Um homem alto, dos cabelos pretos arrepiados e olhos azuis, vestido em uma blusa amarrotada, jaqueta de couro preta e uma calça jeans preta. Esse homem era Ezra.

— Olá companheiros, meu nome é Ezra Griffin como todos vocês já devem saber. Peço que humildemente se apresentem. — disse Ezra com um sorriso de lado debochando dos colegas.

— Me chamo Greta Madison, eu represento o caldeirão das bruxas de Seattle

—Sou Taylor Lohan, represento a alcateia dos lobos.

— E eu sou Martim Smith, represento os humanos da cidade e também sou eu quem cuido dos depósitos da aliança.

— E quem representa os vampiros? Ah e mesmo sou eu. — Responde Ezra com ironia.

Em seguida ele continua num tom mais sério.

—Como os senhores já sabem, sou neto de Vladimir Griffin portanto sou portador de 70% de ações nessa aliança e eu quero assumir o meu lugar na presidência.

— Você vai me desculpar, mas eu não concordo. Você nunca esteve presente nos negócios de Seattle e muito menos da aliança. — Responde Greta irritada com a atitude de Ezra.

— Greta Madison admiro a sua coragem, mas devo dizer que está se arriscando atoa. Vocês três juntos tem apenas 30% de ações, então é melhor concordar sem causar tumultos. Não acha? — disse Ezra.

Greta bufa, mas aceita o que acaba de ser proposto por Ezra. — Aliás essa era a única opção.

Taylor e Martim apenas observam.

— Bom, companheiros é isso, eu só vim para me apresentar mesmo! encerrado a reunião dessa semana. Podem ir todos, menos você Greta.

— Jura? O que foi agora? — disse Greta descontente.

— Notei que você não recebeu bem a notícia da minha chegada a Seattle!

— Sua família abandonou a cidade, abandonou o seu povo! Se bem que sem dúvidas nenhuma, isso foi o melhor que fizeram, imagina só a cidade sendo gerenciada por monstros como vocês!

— O doce som de uma Madison atacando um Griffin, porque será que isso me parece tão familiar? Olha só querida, eu não estou nem aí para essa porcaria de aliança, se estou aqui realmente é porque tem algo que me interessa! Você pode me ajudar e me ter longe daqui, ou você pode se voltar contra mim e se arrepender. Você escolhe, a escolha está nas suas mãos!

— Vá para o inferno! Se pra você conseguir alguma coisa, qualquer coisa depender da minha ajuda você já pode ir se mandando!

— Ah Greta é uma pena, eu realmente queria poupa-la. Mas tudo bem! Não me diga que você esqueceu o que aconteceu com o seu clã a alguns séculos atrás.

— Eu vou te matar seu desgraçado e você vai desejar nunca ter nascido na família Griffin. — Responde Greta em tom de ameaça para com Ezra.

Nesse momento lembranças surgem. A família de Greta foi aniquilada, pela família de Ezra Griffin.

— Não seja ingênua. — Responde Ezra debochando de Greta.

— Sua família arruinou a minha. Você não sabe o que é viver escondido com medo da morte!

— Não realmente eu não sei o que é ter medo da morte, eu sou imortal. Greta estou lhe avisando não atravesse meu caminho, você não vai querer que a história se repita e eu odiaria ter que dar um fim em uma anciã como você. Estamos entendidos Greta?

— S-sim! — gagueja Greta.

— Eu não ouvi direito, estamos entendidos Greta Madison?

— Sim Ezra, eu entendi.

— Agora pode ir.

Greta sai da sala sussurrando.

— Veremos!

Ezra fica olhando toda a papelada. Ali mesmo ele decide mudar algumas regras.

Não demora muito Ezra se muda para o grande casarão. Junto com ele está sempre seu colega Ethan.

Sentados na varanda do casarão Ethan observa as expressões de Ezra e decide perguntar:

— Preocupado Ezra?

— É complicado. Tenho assuntos a tratar aqui em Seattle, e para falar a verdade não tenho a mínima ideia de por onde começar.

— Você parece se importar muito com a cidade!

— E me importo, foi aqui que passei os melhores anos da minha vida, e além disso essa cidade foi criada pelo meu avô, ele fez dela o melhor lugar para querer estar. — Responde Ezra melancólico

— Por que você não dá uma festa? Seria um bom jeito de se famíliarizar com as pessoas da cidade!

— Eu não sei, acabei de chegar à cidade, será que cairia bem dar uma festa?

— Acredito que sim Ezra, as pessoas gostam de uma boa farra! — responde Ethan com um grande sorriso.

— Tem razão Ethan. É você quem deveria ser o representante dos humanos!

Seguindo o conselho de Ethan, Ezra decide dar uma festa, ele convida todas as bruxas e todos os lobos da cidade. Greta é a única que recusa o convite.

O casarão está cheio todas as atenções estão voltadas para a festa. Greta aproveita a multidão no casarão para vingar-se de Ezra... — ou pelos menos tentar!

E em poucos minutos o show começa, Ezra sem conseguir se controlar coloca a mão em seu peito puxando o próprio coração para fora, deixando todos na festa horrizados. No mesmo instante ele tem uma visão, que revela exatamente quem está o enfeitiçando.

— Greta sua miserável, você vai pagar caro! — Grita Ezra.

Desafiando todas as expectativas das pessoas ao seu redor, Ezra tem força o suficiente para controlar seus movimentos mesmo diante de um feitiço tão grande.

Greta se assusta ao ver que seu feitiço parou, ao olhar para trás vê Ezra a observando.

— Não é nada disso que você está pensando, eu posso explicar. — Responde Greta suplicando pela compreensão de Ezra.

— Greta Madison, atentando contra a vida do presidente da aliança que protege o seu clã durante anos. Quebrando a principal regra criada pelo seu presidente, devo admitir senhora Greta você me fascina. — Responde Ezra cheio de ironia.

Greta então cospe no rosto de Ezra.

— Você não devia ter feito isso! — disse Ezra furioso.

— Vai para o inferno seu lixo, seu monstro. — Grita Greta.

— Como o presidente justo que eu sou infelizmente não posso deixar nada disso passar batido querida Greta. Eu preciso dar o exemplo. Samuel e Ethan, preparem todos, diga que Ezra Griffin está na cidade e precisa registrar sua chegada. Todos na grande praça amanhã às 10h.

Sem muitas delongas Ezra aprisiona Greta em uma senzala nos fundos de sua casa. Ele não prega os olhos de tanta ansiedade para o dia seguinte chegar logo.

Conforme Ezra ordenou todos estavam na praça às 10h em ponto. Logo ele começa um discurso afim de convencer a população de que sua atitude é a melhor a ser tomada.

— Fiéis súditos de Seattle, eu me chamo Ezra Griffin, eu realmente gostaria de me apresentar em circunstâncias diferentes, mas infelizmente não foi possível! Aproveitando que estou aqui, devo comunicar que esse palanque servirá para todos que atentarem contra mim ou forem contra as minhas regras, e vocês já entenderam por que. A partir de hoje as coisas vão mudar!

Nesse instante Samuel e Ethan, sobem ao palanque com Greta, e Ezra dá sequência a seu discurso.

— senhoras e senhores essa mulher atentou contra a minha vida ontem, e tudo o que me resta e puni-la por seus atos impensados. Tem algo que queira dizer antes de morrer senhora Greta?

— Continue com essa pose de bonzão, aproveite em quanto é tempo, o que é teu está guardado querido Ezra Griffin!

— Bom eu tentei, mas tudo o que sai da boca dessa senhora são ameaças a minha pessoa! Digam adeus a senhora Greta Madison.

Nesse momento Ezra arranca a cabeça de Greta, todos na praça ficam horrorizados, essa era a primeira vez em séculos que membros da aliança se matavam e principalmente em praça pública. Martim e Taylor se olham, nesse momento eles entenderam que estavam sozinhos. Ezra Griffin não tinha um pingo de pudor, e não se importava em ser odiado.

— Aproveitem o que acabou de acontecer e reflitam. Não seria bom que houvesse mais conspirações contra mim. — Continua Ezra.

Enquanto isso do outro lado da praça, nas últimas clareiras uma briga entre “irmãos”.

— Chega Charlie, você não pode continuar fazendo isso comigo, durante muito tempo eu me calei, mas não posso mais suportar, isso está errado. — disse Emma se afastando.

— Eu prometo que não farei mais. Mas você não pode me dedurar somos irmãos, e aliás você viu o que aconteceu com Greta. — Responde Charlie se fazendo de vítima.

— Você não é meu irmão eu tenho repulsa de te ouvir me chamar assim, que tipo de irmão faz o que você faz comigo? — pergunta Emma completamente desnorteada

— Chega, antes você não era assim, você está muito dramática Emma. Eu te amo.

— Me deixe em paz, eu não te amo, eu te odeio!

Com o passar dos dias Ezra percebe que é praticamente impossível lidar com todo aquele povo sem a aliança estar completa. Então ele começa uma procura incansável em busca de uma nova representante das bruxas na aliança.

— Preciso do registro de todas as bruxas da cidade!

— Tudo bem vou tentar conseguir. — Responde Ethan para com Ezra.

— ótimo!

Então Ethan roda a cidade em busca de arquivos com os nomes das bruxas de Seattle. Ezra analisa perfil por perfil de cada bruxa até que uma em especial chama sua atenção, Mary Campbell.

— Ora, ora o que temos aqui, essa é a melhor que apareceu! — Disse Ezra impressionado com a ficha de Mary.

— Mary Campbell? Acho difícil que você consiga que ela aceite fazer parte da aliança, e principalmente que se alie a você. — Questiona Ethan.

— Isso é porque você não conhece o poder da persuasão meu caro!

Mary era parte do clã das Campbell, o maior clã de bruxas a séculos, ela era a única bruxa de sua geração viva. Mary tinham uma filha, Emma Campbell, seu marido morreu atacado pela alcateia de Taylor Lohan. Anos depois Mary casou-se novamente com o viúvo Matt Miller que também já tinha um filho, Charlie.

Ao ver a ficha completa de Mary, Ezra decide ir atrás dela. Ele está realmente decidido que precisa tê-la ao seu lado na aliança. Com todo um relatório em suas mãos não foi difícil, localizar a casa de Mary.

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