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Seattle -O amuleto... - Capítulo 3

A situação entre Emma e Charlie era cada dia pior, o que fazia com que Ezra estranhasse tal situação. Ele sempre os observava cuidadosamente e aos poucos ele se aproximava de Emma.

— E você bruxinha como se sente voltando ao treino? — pergunta Ezra

— Pra falar a verdade, eu não estou necessariamente voltando ao treino, já que eu nunca pratiquei magia antes, pode se dizer que estou começando a treinar. — Responde Emma.

— Uau. E como se sente em relação a isso? Como se sente sendo a mais nova bruxa do clã das Campbell?

— Só para começar eu não sou uma bruxa, e odeio fazer feitiço, só faço parte desse treino por que você obrigou todas as bruxas a treinaram.

— Como assim você não é uma bruxa? Você é parte do clã das Campbell. Não deveria renegar tanto assim suas origens. E eu não obriguei apenas exigi!

— Tanto faz, e eu não renego, mas faz séculos que abandonamos a bruxaria. Só queremos viver como pessoas normais.

—Eu entendo senhorita Emma, mas para o que vamos fazer, para o que vai acontecer precisamos de todas as bruxas fortes como eram no passado.

— Tá que seja, afinal quem manda aqui e você.

— Eu te libero do treino de hoje, porém tem uma condição.

— Ah claro, o adorável vampiro Ezra Griffin, nunca faria uma boa ação. Vai fala logo qual a condição.

— Você é muito difícil Emma, é uma condição pequena. Só quero dar uma volta com você no Jardim enquanto você me conta o que você sabe sobre Seattle.

— Feito! Vamos logo antes que eu me arrependa.

Emma e Ezra vão andar no Jardim. Ezra logo começa a especular os conhecimentos de Emma sobre a história de Seattle.

— Por que as bruxas daqui, decidiram abandonar seus clãs?

— Não decidimos abandonar os clãs. Acontece que depois que a família Griffin foi embora da cidade. A aliança ficou completamente perdida, lobos, bruxas e vampiros estavam se matando. Os ancestrais decidiram fechar todo o ciclo.

— Fechar o ciclo? Como assim?

— E fechar o ciclo em que viviam na época, lobos tomariam uma poção criada pelas bruxas para controlar suas transformações, vampiros como não tinham um representante foram trancafiados e as bruxas deixariam seus poderes de lado.

— Nossa bem radicais esses ancestrais. — disse Ezra sorrindo. —E afinal onde os vampiros foram trancafiados?

— Isso é um suspense ninguém sabe.

— Sei, mas isso aconteceu a mais de 250 anos atrás, pelo que eu percebi ainda tem umas bruxas que sabem e fazem magia, Greta por exemplo, tentou me matar usando magia.

— Claro, daí você a matou. A regra proibia as bruxas de usar magia, mas não significava que elas não podiam ensinar suas filhas e netas. Aparentemente você não sabe nada sobre Seattle não é isso? O que um cara como você procura aqui?

— Você tem razão não sei quase nada sobre Seattle, mas tenho assuntos sérios a tratar aqui. Não posso deixar acontecer nada com a cidade que meu avô fundou.

— Se você quer saber mais a respeito da cidade eu sugiro que procure o registro municipal, na biblioteca do Centro. Lá contém todas as informações sobre a cidade, desde sua fundação até hoje.

— Como se lá fosse conter as informações que eu preciso! — disse Ezra desacreditado.

— Pode não conter todas, mas boa parte delas eu acredito que sim.

— Como você sabe tanta coisa respeito do passado de Seattle?

— Eu sou uma amante da cultura, a história da cidade onde eu nasci, sempre me encantou! — disse Emma com os olhos brilhando.

— Hum, está certo. E então você vem ou vai ficar praticando sua magia?

— Estou bem atrás de você.

Ezra e Emma vão direto para o centro, os olhares das pessoas ao redor repudiam o fato de Emma estar ao lado do assassino de Greta. Mas Emma faz de conta que não é com ela.

Ao chegar na biblioteca, Emma e Ezra assustam-se ao ver que o registro municipal desapareceu.

— Você tem certeza que esse registro estava aqui? — Pergunta Ezra.

— Tenho! Estive aqui semana passada lendo algumas páginas dele.

— É normal as coisas desaparecerem por aqui?

— Claro que não Ezra, para tirar qualquer coisa da biblioteca tem que ter um registro. Vamos ver com a moça da recepção.

Ezra e Emma caminham em direção a recepcionista sentada em volta de um grande balcão.

— Olá eu gostaria de saber a respeito do registro municipal. Temos um trabalho da faculdade e precisamos muito dele. — disse Emma.

— Eu me lembro de você, esteve aqui na semana passada não foi? — responde a recepcionista.

— Sim sou eu sim!

— Bom o registro está no mesmo lugar.

— Não, a gente acabou de vir de lá, será que alguém pegou emprestado? Você por acaso não teria o registro salvo da pessoa que pegou?

— Não, é impossível, o registro da cidade não pode ser emprestado. Se me dão licença eu preciso acionar o meu supervisor. — Responde a recepcionista desesperada, provavelmente ela já sabia que poderia ser despedida pelo ocorrido.

— Alguém esteve aqui antes e nós. Emma tem alguma chance de mais alguém souber desse registro? — Pergunta Ezra.

— O que? fala sério Ezra é um registro municipal todos sabem que existe, em toda cidade tem um. Você precisa se acalmar você está muito nervoso.

Ezra se recompõe de seu momento histérico.

— Precisamos ir, agora! — disse Ezra.

Ezra e Emma voltam para o casarão. Ezra grita e joga todos os objetos de sua mesa no chão, na tentativa de acalmar sua fúria.

Enquanto isso Mary procura por Emma.

— Charlie você viu sua irmã? Ela não participou da aula de hoje estou preocupada. — Pergunta Mary

— Não eu não vi, mas se eu a ver digo que a senhora está procurando por ela.

Charlie então pede licença para a madrasta e sai em direção ao quarto de Emma.

— Já lhe disse para não entrar em meu quarto. — disse Emma

— Onde você esteve a tarde toda? Por que não participou da aula? — contesta Charlie estressado

— Isso não é problema seu, eu não te devo explicações.

— Não brinque comigo Emma onde você estava.

Nesse momento Ezra se aproxima do quarto de Emma e escuta o restante da conversa.

— Já disse não lhe devo satisfações, mas como insiste em saber, tudo bem vou lhe dizer, eu saí com Ezra fui dar uma volta, mostrar a cidade, satisfeito? — responde Emma.

— Escuta aqui Emma eu não quero mais que você se aproxime de Ezra ouviu bem?!

— E mesmo Charlie? Não esqueça que moramos na casa dele, você vai fazer para empatar, em? vai me trancar dentro do quarto? Eu não sou mais uma criancinha que você pode usar e machucar! — responde Emma com um tom de voz alterado.

— Não brinque comigo Emma!

— Sai do meu quarto Charlie, sai agora. — Grita Emma.

Charlie sai do quarto com tanta raiva que nem vê Ezra observando.

Emma escuta um toque na porta *toc, toc*

— Pode entrar.

Ezra então entra no quarto de Emma.

— Uau Ezra Griffin batendo na porta de sua própria casa, estou impressionada. — disse Emma com um grande sorriso no rosto.

— Ei, eu sou um monstro não um mal educado.

Os dois riem juntos.

— Não quero me intrometer, mas está nítido que tem algo de errado entre você e seu irmão. — disse Ezra admirando um quadro da paisagem de Seattle nos anos 1800.

— O que? Ele não é meu irmão e não viaja não tem nada de errado.

— Eu vi quando ele saiu daqui furioso por você ter passado a tarde comigo. Emma se ele estiver fazendo algo contra você não hesite em me contar, eu posso te ajudar a resolver.

— Agradeço sua preocupação, mas não tem nada de errado. Charlie só e um pouco super protetor.

Depois de mais um tempo conversando, Ezra vai para sua sala.

— Preciso que você descubra tudo sobre Emma Campbell e Charlie Miller. — disse Ezra para Ethan.

— Sim senhor. — Responde Ethan.

Ezra então liga para todos os membros da aliança das clareiras marcando uma reunião de emergência para o dia seguinte...

No dia seguinte todos estão reunidos no escritório. Dá-se início a reunião

— Reunião de emergência? Aconteceu alguma coisa? — Pergunta Taylor.

— Devo dizer que sua ligação também me preocupou. — Continua Martim.

— Vamos Ezra acabe logo com esse suspense e nos explique o que há de errado. — Termina Mary.

— O registro municipal desapareceu. — Explica Ezra, enquanto coça a cabeça demonstrando sua preocupação.

— O quer dizer com isso? — pergunta Martim.

— Quero dizer que nossas informações, tudo sobre a cidade e possivelmente sobre a aliança está nas mãos de um desconhecido. — Responde Ezra.

— Alguma suspeita de quem o pegou? — Pergunta Mary.

— A princípio suspeitei de vocês, mas aí me dei conta de que não teria motivos para fazerem isso, a menos que tenha algo que queiram esconder, e eu acredito que não tenha não e mesmo? Então meu principal suspeito, ou melhor dizendo meus principais suspeitos são um grupo de metamorfos, de Amsterdã. — Responde Ezra.

Naquele instante um grande silêncio pairava no lugar, todos estavam impressionados e assustados com a descoberta de possíveis metamorfos na cidade de Seattle.

— O que te faz suspeitar de metamorfos? — pergunta Taylor.

— Eu os conheço fiz parte de seu bando em Amsterdã, e eles estiverem aqui em Seattle, vieram ver se realmente era eu quem cuidava da cidade. Antes de irem embora eles prometeram voltar. — Responde Ezra.

— Se sua suposição estiver certa estaremos com problemas, muitos problemas. — Continua Mary exaltando sua preocupação.

— Vamos lá galera alguém pode me explicar o que é um metamorfo? — pergunta Martim.

— Metamorfos são uma raça de criaturas sobrenaturais que podem assumir a forma de qualquer outra pessoa. — Responde Ezra.

— Ok suponhamos que realmente tem metamorfos na cidade, o que eles iriam querer aqui logo aqui em Seattle. — Pergunta Taylor.

— Isso ainda é um enigma, mas desconfio de que estejam atrás de vingança! — responde Ezra, passando a mão em seus cabelos pretos, arrepiados.

— Vingança? Porque eles iriam querer se vingar da aliança. Nós nem os conhecemos. — Pergunta Mary, intrigada com o fato mencionado por Ezra.

— Eles querem se vingar de mim. Foi eu quem derrubou o empório conquistado por eles em Amsterdã. — Responde Ezra, sorrindo com ironia.

Depois de muito discutirem ao que fariam com a suspeita sobre os metamorfos cada uma vai para sua casa, prometendo apresentarem soluções na próxima reunião.

Ezra ao chegar no casarão pede para ver Ethan.

— Conseguiu o que eu pedi? — pergunta Ezra.

— Sim senhor. Emma Campbell tem 19 anos, sua melhor amiga é a bruxa Johana bones. Tem um relacionamento muito conturbado com o meio irmão Charlie, que é 5 anos mais velho do que ela. Charlie tem problemas com drogas, quando as usa fica “agressivo". — Responde Ethan.

— Johana bones. Ela está participando das aulas com a senhora Mary, não está? — pergunta Ezra.

— Sim senhor.

— Chame-a para mim.

Ethan então busca Johana em seu treino.

— Ezra deseja vê-la. — disse Ethan.

Eles seguem para sala de Ezra.

— Ethan me disse que você queria me ver. Muito prazer sou Johana bones.

— Ok Johana eu sei quem você é, vamos direto ao assunto! Te chamei aqui porque sei que você é a melhor amiga de Emma. Obviamente deve saber muito sobre ela. — Responde Ezra, sem ao menos olhar para Johana.

— Ah sim senhor somos amigas desde pequenas. O que quer saber? — responde Johana empolgada.

— Quero saber tudo sobre o tal relacionamento conturbado entre Emma e Charlie.

— Sinto muito senhor, mas sobre isso não posso ajudá-lo. São assuntos pessoais dele, e se tem algo para contar e ela quem deve contar!

— Pense bem senhorita Johana, e melhor me tê-lo como amigo.

— Eu entendo, mas isso é algo particular dela não posso ajudar. Se me der licença vou voltar ao meu treino. — disse Johana, dirigindo-se à porta.

A fúria de Ezra começou a crescer de uma forma que ele mal podia controlar. Ninguém da cidade o respeitava como ele queria, e isso provocava um ódio instantâneo em Ezra.


Quando parecia que a situação da cidade não podia piorar, uma onda de assassinatos toma o lugar.

Dois corpos foram encontrados na margem de um lago na saída se Seattle. Após fazer e identificação fica comprovado, era uma bruxa e um lobo.

A aliança está em choque.

— Eles estavam deixando a cidade quando foram atacados. — disse Ezra, passando a mão em seu pescoço. Ele estava muito nervoso.

— Baseado em como eles foram encontrados pareciam que estavam fugindo. — disse Mary.

— Mas do que eles fugiriam? — questiona Taylor.

— A pergunta que não quer calar é quem os matou? e porque fez isso? — disse Martim.

— Para mim está nítido que eles descobriram algo por isso estavam fugindo. E normal por aqui bruxas se relacionarem com lobos? — pergunta Ezra.

— Ninguém e proibido, se eles se querem e se gostam ninguém impede. — Responde Taylor.

— Está certo. Vou conversa com os familiares, ver se eles comentaram alguma coisa antes de morrerem. — disse Ezra.

— Se eu fosse você não iria. Bruxas e lobos te odeiam desde que você matou Greta. — disse Mary.

— Mary você e um bruxa terá mais facilidade com a família da moça. E Taylor os lobos te amam. Acho que vocês juntos conseguiram mais pistas do que Ezra. — disse Martim.

— Então o que vocês acham? Podem investigar esse caso por mim? — pergunta Ezra.

Mary e Taylor concordam e seguem rumo às casas das vítimas.

Enquanto isso no casarão.

— Você conseguiu se resolver com Charlie? —Pergunta Johana, enquanto trança o cabelo de Emma.

—Ele nunca mais tentou nada, mas na semana passada ele chegou drogado, veio direto ao meu quarto tentando evitar que minha mãe ou Ezra o visse. Ele me agrediu, segundo ele era para fazer eu entender que eu não podia me aproximar de nenhum cara que não fosse ele e muito menos de Ezra Griffin. — disse Emma virando-se para Johana.

— Emma ele está pior a cada dia, Ezra parece estar preocupado com você. Você deveria contar para ele, ele saberá o que fazer!

— Eu sei que preciso, mas não e tão fácil assim, tenta me entender ele é homem como Charlie, eu não o conheço e se ele agir como se fosse algo natural.

— Mas Emma o Charlie precisa parar e se Ezra não ajudar tem sua mãe que eu tenho certeza que te apoiara, afinal e você quem é filha dela.

— Tenho medo, tenho muito medo. — disse Emma com os olhos cheios de lagrimas.

Johana abraça a amiga tentando consola-la. Mas ela já sabe o que tem que fazer.

Ezra chega ao casarão e Johana vai direto a sua sala. *toc toc*

— Entre. — disse Ezra enquanto escreve no computador.

— Você ainda quer saber sobre Emma e Charlie? — pergunta Johana.

— É claro! Se aproxime Johana, você pode falar tudo o que você sabe.

Johana conta para Ezra, que Charlie abusa de Emma desde os 12 anos de idade, a ameaçava e agora até batia para que ela se afastasse de Ezra.

A confissão de Johana cria uma grande fúria em Ezra, que promete resolver o problema.


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