Capítulo cinco

Pela manhã, no templo, Ciro e Rodolfo preparavam tudo para mais uma das celebrações rotineiras. Rodolfo, como sempre não exprimia muitas palavras, desempenhava suas tarefas de modo mecânico, assemelhava-se a um robô.

Ciro, inverso ao seu colega, era constantemente mais indulgente, sempre à disposição. Andava muito preocupado com o clérigo, que já não desbaratava mais sua alegria costumeira. O homem estava ofuscado por ler todos os jornais e ouvir os noticiários. Tinha grande apoquentação em relação a cidade, temia que algo maléfico pudesse acontecer.

—Não fique assim, padre. Não irá acontecer nada de ruim. Tenha fé nisso. —Um misto de culpa e preocupação dominavam o cerne do jovem Ciro.

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