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Capítulo 7 - Toque E Tensão

A noite já avançava, e o jantar parecia se estender mais do que deveria. Ainda assim, havia algo viciante naquela tensão silenciosa que crescia entre nós. Damon estava à minha frente, sentado com um porte arrogante e ao mesmo tempo devastador. Os olhos dele seguiam cada movimento meu com uma atenção que queimava.

Eu empurrei a comida no prato, fingindo interesse. Não era fome que me dominava. Era algo mais... inquietante. O olhar dele fazia minha pele formigar como se eu estivesse sendo tocada sem que um único dedo encostasse em mim.

— Você realmente não gostou do vestido? — ele perguntou de repente, com aquele tom suave e carregado de intenções que parecia sussurrar diretamente na minha pele.

— Nem experimentei. — Cruzei os braços, desafiando. — Achei desnecessário.

Os cantos da boca dele se curvaram levemente, como se achasse graça da minha rebeldia. Damon tinha esse jeito irritante de parecer sempre no controle, como se já soubesse cada resposta minha antes mesmo que eu dissesse qualquer coisa.

— Pena. Ele teria ficado... perfeito em você.

Meu coração vacilou por um segundo, mas mantive o olhar firme.

— Acho que você precisa parar de achar que pode me vestir como uma boneca.

— E você precisa parar de se iludir achando que está no controle aqui, Elara.

O modo como ele pronunciava meu nome era um pecado à parte. Carregado de promessas não ditas.

Suspirei, empurrando a cadeira para trás. Eu precisava me afastar. Aquela troca de farpas estava começando a virar algo que queimava por dentro. Algo que ameaçava tudo o que eu pensava sobre controle.

— Acho que já terminei — murmurei, me levantando.

Virei as costas e comecei a subir as escadas do salão, determinada a fugir daquela atmosfera sufocante. Mas dei apenas dois passos antes de ouvir a cadeira sendo arrastada com brutalidade e, num piscar de olhos, senti a presença dele atrás de mim.

O calor dele me envolveu antes mesmo de me tocar.

A mão de Damon segurou meu pulso com firmeza, mas sem machucar, e me puxou de volta com uma força que me deixou sem ar. Antes que eu pudesse reagir, fui pressionada contra a parede de pedra do corredor, o corpo dele tão próximo do meu que o ar entre nós parecia inexistente.

— Você está brincando com fogo, ruiva — ele sussurrou, e o som da voz dele roçou contra minha pele como veludo quente. — E se continuar assim... vai acabar se queimando.

Meu peito subia e descia rápido. Eu deveria dizer algo. Deveria empurrá-lo. Gritar. Qualquer coisa. Mas minhas mãos estavam presas entre nós, e meu corpo traía cada pensamento racional que eu tentava formar.

— Me solta — murmurei, mas minha voz saiu fraca. Uma mentira.

Os olhos dele me sondaram como se procurassem por alguma fissura, alguma brecha onde pudesse se infiltrar por completo. E parecia que ele encontrava todas.

— Me diga para parar de olhar assim pra você — ele sussurrou, a boca a centímetros da minha. — Diga para parar de desejar sentir sua pele contra a minha. Diga, Elara... e eu obedeço.

Minha respiração falhou. O tom rouco, quase reverente dele, se infiltrava no mais íntimo da minha mente. Eu podia sentir o calor do corpo dele se fundindo ao meu, e, por um momento, desejei que ele não parasse.

— Eu...

Mas a palavra morreu antes de nascer. Porque ele se aproximou mais, e sua boca quase tocou a minha. Quase. O ar que passava entre nós era carregado de tensão elétrica. Um toque. Um sopro. Era tudo que faltava.

— Você não tem ideia do quanto me fascina — ele disse, e uma de suas mãos subiu até meu rosto, sem tocar, apenas pairando ali, como se tivesse medo de quebrar algo sagrado.

Meu corpo inteiro pulsava. Eu me odiava por querer aquele toque, por esperar por ele. Por desejar.

Mas, antes que qualquer coisa pudesse acontecer, ele recuou. Lento. Preciso. Como se tivesse saboreado a rendição que quase aconteceu.

— Ainda não — murmurou, com um sorriso torto. — Mas está perto.

E então se afastou, me deixando sozinha no corredor. Meu coração disparado. Minhas pernas trêmulas.

E foi aí que me dei conta de que ele saiu. Ele me deixou sozinha no corredor!!! Mesmo que meus pés me traíssem querendo ficar, eu os forcei a se moverem e então aproveitei a oportunidade e fugi, saí dali correndo igual a uma desesperada.

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