Segunda Parte: 13

Havia corrido todo o caminho desde a estação, e agora irrompia em seu quarto. Esse dia era um pesadelo, e Demitre não via a hora de dar um fim nele.

Abriu a gaveta do criado-mudo e apalpou tudo o que havia dentro. Não achou o que procurava. Esquadrinhou o quarto. Buscou na gaveta outra vez, só para ter certeza, e apenas então teve a ideia de olhar para o chão ao lado do colchão. Viu o frasco lá. Sentiu o coração saltar até a garganta enquanto se ajoelhava para verificar. Agora se lembrava: da última vez que usara o psicotrópico, devia ter adormecido com ele na mão; o frasco certamente rolara pelo colchão e derramara todo o conteúdo.

Não, não, não!

Dominado por mais um acesso de raiva, após se certificar de que o frasco estava mesmo vazio, atirou-o numa parede e o viu ricochetear. Não havia sobrado uma gota sequer, a droga havia evaporado.

Levou ambas as mãos à cabeça e segurou os cabelos com força. Sentia que vinha perdendo a sanidade. Temia

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