P.V. KENDALL
Ajeitei meu casaco no corpo, olhando de um lado para o outro antes de atravessar a rua. Dei uma corridinha quando um carro chegou perto.
- Essa foi quase...
- Mas você viu que olhei antes. – Dei um selinho demorado nele.
- É, mas todo cuidado é pouco.
- Tá bom, tá bom. – Ri.
David entrelaçou nossos dedos e caminhamos até a praça, sentamos em um dos bancos dali. David colocou seu braço por cima do meu ombro e eu me aconcheguei deitando minha cabeça em seu peito. Ficamos olhando as pessoas e os pássaros. Londres estava frio e o vento um pouco forte. Há duas semanas vim para Londres para minha próxima vítima e tudo está ocorrendo bem.
Muito bem!
- O que você tanto pensa em mocinha? – David acariciou meu ombro e beijou minha testa.
Encarei ele sorrindo.
- Em como sou sortuda por ter você.
- Minha namorada está romântica hoje.
Dei um tapa de leve no seu peito.
- David, eu sou romântica, pode parar. – fiz bico.
- Ah, coitada dela. – David me deu um selinho e mordeu de leve meu lábio inferior. – Sim, você é romântica e gosto do seu jeitinho meigo.
Sorrir para ele.
- Você vai ter que ir para empresa hoje? – Perguntei manhosa.
David riu e me apertou mais contra o seu corpo.
- Não, amor. Consegui uma folga hoje para ficar com você.
- Eba! – Comemorei e ele riu.
David ficou me olhando durante alguns segundos e me beijou. Começamos um beijo lento e eu sabia bem onde isso iria parar quando ele aumentou a intensidade desse beijo.
- Poderíamos ir para minha casa. – David falou entre o beijo.
- Se fomos não vamos sair de lá tão cedo. – Respondi.
Ele finalizou o beijo com dois selinhos.
- Verdade é melhor irmos comer primeiro.
Concordei e voltamos a caminhar pelas ruas de Londres conversando sobre várias coisas. Paramos em um restaurante para almoçar, assim que comemos nem pedimos sobremesa e fomos para seu apartamento. David me imprensou contra a porta e me beijou com urgência. Ele segurou firme minha cintura e deu impulso para mim, subir no seu colo, entrelacei minhas pernas ao redor da sua cintura. Comecei a tirar seu casaco com a camisa junto. David vez o mesmo não perdendo tempo, quando ele me jogou na cama ambos estávamos só de peças íntimas.
David me beijou lentamente enquanto sua mão passeava pelo meu corpo, fiquei por cima dele mordendo seu lábio inferior. David sorriu e eu sentei no seu colo. Peguei suas mãos guiando aonde eu queria que passasse. Levantei suas mãos aos meus seios e ele aproveitou para apertar, fechei meus olhos, sentindo seu toque.
- Você é muito gostosa.
Abrir meus olhos, sorrindo para ele. David levou sua mão até o fecho do sutiã, mordi o lábio inferior, vendo seu sorriso por finalidade me ver sem aquela peça. Enquanto ele massageava meus seios com uma de suas mãos, eu rebolava no seu membro por cima da cueca. David inverteu nossas posições ficando por cima de mim. Ele abocanhou um dos meus seios, mordendo de leve o bico do meu seio. Arranhei suas costas o fazendo arfar, ele fez uma trilha de beijos até chegar na minha intimidade. David tirou minha calcinha e afastou minhas pernas uma da outra, gemi ao sentir sua língua, em mim, fazendo movimentos circulares. Segurei o seu cabelo com força desejando que ele não parasse.
David segurou firme na minha cintura continuando com os movimentos, minutos depois atingir meu primeiro orgasmo da noite. David deitou por cima de mim me dando beijinhos no queixo.
- Acho que você está com muita roupa. – Falei me referindo a sua cueca.
Ele sorriu malicioso.
- Quer tirar?
Não respondi e fiquei de joelho na cama. Começo a tirar sua cueca vendo seu membro pulando para fora, segurei nele com força, vendo David arfar. Comecei a satisfazer com a minha boca com movimentos lentos por alguns minutos, ele queria mais, mas eu continuava lentamente e David não aguentou. Ele pegou no meu cabelo fazendo um rabo de cavalo desajeitado começando a comandar os movimentos. E como sempre, logo gozou.
Deitei na cama encanto o teto esperando ele dar sinal de vida novamente, após quatro anos para isso. Haja paciência. Quando David deu sinal de vida montou em cima de mim e me beijou. Ele se encaixou entre minhas pernas, finalmente me penetrou dando várias estocadas fortes. Pelo menos essa parte do sexo com ele é bom, mas não elogio muito. Não vale a pena. Após minutos e nossos corpos começaram a ficar suados. David em um movimento rápido me virou deixando por cima.
- Você comanda. – David falou ofegante.
Concordei começando a cavalgar em seu membro. Nossos gemidos começaram a ficar mais altos, ele massageava meus seios mordendo o lábio inferior. Uma cena muito excitante, mas não para mim. Se eu dissesse que essa transa não significa nada? Que minhas emoções de prazer não eram verdadeiras? Beijei sua boca fechando meus olhos com força. Foco Kendall.
David segurou na minha cintura com força me ajudando nos movimentos, uma das suas mãos foram até meu cabelo puxando para ter acesso ao meu pescoço e deu um chupão. Merda. Tentei me afastar quando percebi que ele iria gozar, mas foi tarde demais e ele gozou dentro de mim. Deitei do seu lado e ambos estávamos ofegantes. Fechei meus olhos, respirando fundo.
Está na hora!
Abrir meus olhos e levantei da cama pegando meu sutiã e minha calcinha que estava no chão, e comecei a vestir. Nem tão rápido e nem devagar. Fui até o mini frigobar no quarto pegando champanhe e duas taças.
- Amor, volta para cama. – David me chamou.
Olhei para David balançando o champanhe no ar, ele sorriu.
- Vamos beber. – Falei engatinhando na cama e colocando uma perna a cada lado do seu corpo.
- Vamos, mas não posso exagerar.
- Eu sei, amor.
Abrir o champanhe e enchi uma taça, entregando para ele. Sair de cima dele enchendo minha taça e coloquei a garrafa de champanhe em cima do criado-mudo. Caminhei até a grande janela do quarto. Uma vista linda da cidade de Londres, as luzes dos postes estavam acesas, anunciando que logo a noite chegaria.
- Acredito que não te dei uma canseira. – David riu. – Vem deitar comigo, depois você olha a cidade.
- Como foi o seu ensino médio? – Perguntei bebendo um pouco do champanhe.
- Foi bom. – David riu. – Por quê?
- Imagino o galã da escola, o descolado, o capitão do time de basquete e o homem que todas queriam ficar.
- Não quero me gabar não, mas era isso mesmo. – Ele coloca uma mão atrás da cabeça. Todo sorridente. – Todos me querem. Não tinha uma que dissesse ao contrário.
Olhei de canto de olho para David. Ele se ajeita na cama, agora sentado na cama com as costas apoiada na cabeceira e um sorriso no rosto. Aquele maldito sorriso no rosto.
- E como toda história clichê você namorava a líder de torcida.
- Sim, mas ela não era linda como você. Amor, volta para cama podemos continuar essa conversar aqui debaixo do cobertor, nos beijando e fazendo outras coisas.
Ignorei ele.
- E tinha a nerd, aquela que todos a odiavam, ou melhor, era a vossa diversão. Faziam coisas com ela que arrancavam risadas dos seus amigos. Até porque era isso que importava, a risada. Não importa com quem fosse. – Terminei meu champanhe. – Ah, colocavam tintas no armário dela e quando abria a tinta ia tudo no rosto dela, jogavam seus livros no chão, faziam um corredor para ela passar pelo meio e zoavam com a cara dela.
David riu.
- Você fala como se estivesse lá.
Olho para ele e sorrio.
- É a velha história de sempre, amor.
- Vem para cama agora? – Perguntou. – Estou pronto para mais um round.
Voltei a olhar para a janela.
- E para fechar com chave de ouro. O capitão do time chama a nerd para a festa na sua casa, ela toda feliz aceita. – Sentir meus olhos marejados. – O capitão a leva para o quarto e a nerd vai sem pensar duas vezes. – Rodo o anel em meu dedo, tentando não perder o controle. – Mas ele queria apenas expor ela e foi isso que fez quando ela estava só de peças íntimas, assim como estou agora.
- Ruiva do que você está falando?
Ruiva, apelido tão sem graça devido à cor do meu cabelo. Tão original ele.
- Aconteceu ou não? – Olhei para ele. – Hein?
- Kelly, não sei como ficou sabendo disso, mas está no passado. A garota seguiu a vida dela ou não. – David riu novamente.
Sua risada chegava a me dar dor de cabeça. O deboche na sua voz fazia meu ódio aumentar.
Comecei a andar pelo quarto lentamente. David estava sentado na cama com o lençol cobrindo da cintura para baixo e me olhando a cada movimento que fazia. Ele ainda tinha o corpo maravilhoso de sempre e o que não consegui naquela m*****a festa a quatro anos atrás conseguir durante uma semana.
- Não é Kelly, é Kendall. – O corrigir.
- O quê?
Ele me olha sem entender.
- Meu nome é Kendall. – Repeti.
Comecei a tirar os grampos que prendia a peruca na minha cabeça e tirei a peruca ruiva revelando meu verdadeiro e lindo cabelo negro. Tão preto como uma pedra ônix. David arregalou os olhos.
- Está me reconhecendo, amor? – Perguntei sorrindo.
- Como... Você... hum?...
- Espero não ter te decepcionado na cama e você não foi tão bom como imaginei. – Agito minha mão no ar. – Mas dá para o gasto. Não se preocupe. – Dei de ombros.
Caminhei até o frigobar e me abaixei, pegando minha arma que tinha escondido ali.
- Por que você fez tudo isso?
Levantei-me e ele viu a arma antes que David levantasse da cama, eu apontei a arma em sua direção. Ele não é burro.
- Vou simplificar a história. – Olho para ele, séria dessa vez. – Por sua culpa e dos seus amiguinhos acabei parando em um hospício.
David abriu a boca para falar, mas sua voz estava me irritando. Meu corpo formigando. Minha mente suplicando para matar ele desde a primeira vez que o vi. Então atirei sem pensar duas vezes vendo seus olhos arregalar e ouvir seu último suspiro.
Missão concluída.
Desembarquei em New York, peguei minha mala para ir para casa, entrei no táxi passando o endereço da minha casa para o taxista. No caminho para casa notei que o taxista olhava para o decote da minha blusa tentando ver meus seios, balancei minha cabeça ignorando ele. Minutos depois cheguei em casa, paguei o taxista e saí do carro ignorando uma cantada que ele fez. Cumprimentei alguns seguranças que estavam no portão e entrei na mansão seguindo direto para o meu quarto.Deixei minha mala do lado da porta e deitei na minha cama, fechando meus olhos. Finalmente em casa. Não estava cansada, não queria dormir, então resolvi tomar um banho e depois ficar deitada sem fazer nada mesmo. Não demorei muito no chuveiro e tentei não demorar muito na hora de lavar o cabelo, logo saí do banheiro enrolada na toalha.- Poderia ter me esperado.Encarei Marcus sentado na minha cama.- Não sabia que o senhor estava em casa. – Respondi.Entrei no meu closet e vesti minhas roupas íntimas, uma blusa larga e
Arrumei o vestido no meu corpo, ou melhor estou tentando. Não sou muito fã de vestido, mas usar às vezes não mata ninguém. Aceitei sair com Dominic hoje a noite e claro será a última. Não perderei meu tempo com ele, tenho coisas a se fazer e logo voltarei para casa, esquecendo de vez que um dia conheci Dominic. Aceitei sair com ele para dar a certeza que seria uma perda de tempo ficar nos vendo.Deixei meu cabelo solto, nada de acessório. Sair do apartamento indo para o elevador. Apertei o botão para ir ao estacionamento, pegar meu carro, sair do elevador conferindo se meu celular estava na minha bolsa.- Kendall?Olhei para frente.- O que você está fazendo aqui, Dominic?- Vim te buscar. – Dominic falou como se fosse óbvio.- Como você sabia que eu estava aqui?- Eu te seguir. – Deu de ombros.Se ele queria parecer natural com esse gesto, não conseguiu. Como eu não percebi isso? Será que Dominic sabe o que faço? Ou pode alguém ter mandando ele para me matar. Uma vingança. Suspirei i
Voltei a prestar atenção no filme ainda com a cabeça apoiada no ombro dele, rindo de várias cenas do filme, e quando acabou continuamos sentados esperando as pessoas saírem. Dominic continuava mexendo no meu cabelo e aquilo era tão bom que não dava vontade de ir embora.- Temos que ir. – Dominic sussurrou.Levantei contra vontade, mas levantei. Saímos da sala e Dominic segurou minha mão novamente. Por um momento achei que iríamos andar pelo shopping, mas fomos para o estacionamento. Por que eu quero andar pelo shopping com ele? Não faz sentido. Eu nem faço isso. Balancei a cabeça de um lado para o outro, entramos no carro logo entrando nas ruas de New York.- Estou com fome. – Dominic falou.Olhei para ele.- Sério? Você comeu a sua pipoca, comeu a metade da minha, bebeu seu refrigerante e claro o meu também. – Falei contando no dedo a lista que fiz.- Você estava demorando demais para comer. – Dominic se defendeu.Dominic é um homem grande e diria que sem paciência também, mas que el
Estou tão confusa. Por que fico triste com a possibilidade de não ver mais ele? Ele não é uma missão, não é alguém que é preciso eu sair e depois me livrar, mas ainda sim é um homem como qualquer outro e meu pai pode está certo. Meu pai sempre está certo. Dominic pode está querendo me usar. Mas para que? Por que eu desperto seu interesse?Tudo isso está se tornando uma bola de neve na minha cabeça. Não tenho tempo para isso. É aquele ditado: deixe seus amigos perto e seus inimigos mais perto ainda. Pensar desse jeito me deixa mais segura. Respirei fundo e me aproximei dele, dei um beijo na sua bochecha.- Quando vamos nos ver de novo? – Perguntei.Domi
P.V. DOMINIC BRANCHFoda-se! Na primeira vez que nos vimos ela disse que não tinha. Se Kendall está ou não namorando, eu saberei futuramente. Vou me agarrar no não e conquistá-la de algum jeito. Talvez seja um ficante e nada mais, preciso agir antes que tal homem a conquiste antes de mim. E isso não deixarei acontecer.Eu nunca corri atrás de uma mulher desse jeito. Me peguei seguindo Kendall até seu apartamento, eu nunca fiz isso e estou começando a me sentir um manico. Não me culpe, não quero fazer mal algum a ela. Mas não posso deixar essa mulher escapar de novo. Preciso conhecê-la mais. Aos meus 27 anos, uma mulher me deixou louco apenas por ser quem é.[…]
P.V. KENDALLColoquei minhas coisas em cima da cama e fui até minha mala pegar uma roupa para tomar banho, não demorei muito no banheiro e coloquei um short curto com uma blusa larga. Sair do quarto indo para cozinha preparar um sanduíche. O jogo de basquete seria às oito da noite, Max vai jogar hoje, então ainda tinha tempo. Abri meu notebook e conectei minha câmera para passar as fotos, fiquei um tempinho analisando as fotos e apareceu na tela uma chamada de vídeo do meu pai.- Oi, pai. – Falei assim que atendi.Ele sorriu. Dava para ver uma parte da estante de livros, ele estava no escritório.- Oi, querida. Está tudo indo bem ai?&
Não sei bem o que iria falar para ele. Ele começando ganho mais tempo. - Trabalho na empresa dos meus pais, eles passaram tudo para mim me tornando o CEO. – Dominic me olhou querendo ver minha reação. Fiquei surpresa? Sim, mas não demonstrei. – Branch’Model é uma das mais requisitadas. Começou como uma simples agência e logo se tornou algo maior publicidade, trabalhamos com comerciais, modelos, roupas e essas coisas de moda. – Dominic deu de ombros. – Eu cresci nesse meio, seria bem difícil tomar outro rumo. Você deve conhecer minha mãe. – Qual é o nome dela? – Melissa Branch. Repeti esse nome várias vezes na minha cabeça. É um nome familiar e quando reconheci o nome, arregalei os olhos.  
KENDALL MOSSDominic segurou minha mão e eu estou ficando acostumada com isso. É um pequeno gesto, mas ao contrário de outros que eu precisava fingir com ele, não sentia vontade de soltar sua mão. Andamos em direção ao estádio, tinha uma fila enorme e a rua estava mais movimentada comparado da última vez que estive de frente aquele prédio. Dominic entregou nossos ingresso e logo liberaram nossa entrada a arquibancada estava cheia e me surpreendi quando Dominic foi para primeira fileira.- Dominic, por que não me disse que ficaríamos na primeira fileira?- Perguntei ficando incomodada. – Deve ter sido caro…- Eu quis fazer surpresa e parar de reclamar. – Dominic segurou minha