EDUARDO ALMEIDA__ Mãe, não quero ouvir uma só palavra sobre Safira estar em meu apartamento!__ Eu nem falei nada!__ Mas sei que quer falar, eu te conheço e isso é assunto meu! __ Menino eu sou sua mãe, se eu quiser falar sobre, eu falo! Quer saber? Essa menina morando embaixo do mesmo teto que você não vai dar certo, é o mesmo que colocar comida na frente de uma pessoa faminta que não se alimenta a dias e falar: não coma só olhe, está estampado na sua testa que você ainda é louco por ela!__ Eu não sou louco por ninguém, e não tem caralho nenhum escrito na minha testa!Falo socando o volante enquanto dirijo até o hospital, nunca ouvi tanta estupidez.__ E por que está aí todo nervosinho? Eu te conheço, você saiu da minha barriga, a verdade é que você nunca esqueceu essa cigana, mas se quer continuar se enganando, tem que se esforçar mais!Quando minha mãe quer ser irritante, não tem quem ganhe dela, eu? Louco por Safira? Isso é piada, nem que ela fosse a última mulher da face da t
Handu_Eu preciso encontrar minha mulher, mais que porra!Estou quase enlouquecendo, desde que Safira foi ao hospital ver o Ygor eu não tenho notícias sua, eu pensei que ela estava com o garoto no hospital, por isso não me preocupei, mas como se passou dias e ela não retornou com o garoto ao acampamento eu fui atrás de informações no hospital e fiquei sabendo que o garoto já tinha recebido alta a uns dias e que não se encontrava mais sobre os cuidados do hospital._ Se ela estiver com quem eu estou pensando que ela esteja, eu vou matá-la!Sim eu a mato e não estou brincando, na verdade nunca falei tão sério em toda minha vida! Eu prefiro vê-la morta ao vê-la com outro homem, se Safira não for minha não será de mais ninguém e isso eu garanto! A informação de que o pai do menino apareceu tem me deixando louco, eu sou o pai do Ygor, tem um registro de nascimento que prova isso, e se isso for obra daquele ruivo desgraçado eu mesmo vou tratar de mandá-lo para o inferno com as minhas próp
EDUARDO ALMEIDASubo na minha moto e sigo para parte mais pobre da cidade, onde fica a arena usada nas lutas clandestinas e onde resolvo qualquer assunto relacionado ao meu trabalho clandestino, eu não pretendia vim aqui tão cedo, esses dias ao lado do meu filho, estão sendo maravilhosos e quero aproveitar muito mais, mesmo que isso signifique ficar perto de uma certa ciganinha, penso ensaiando um meio sorriso.Não sou cego e não posso negar sua beleza exótica e exuberante, Safira tem a juventude como sua aliada, a sensualidade é algo tão natural nela como o ar que respira, esses anos só serviu para deixá-la ainda mais linda, ao ponto de se tornar irresistível para mim, não tem como negar o quanto ainda estou louco por tê-la em meus braços e poder desfrutar momento de paixão em seu corpo gostoso, e antes que caia em total decadência me ajoelhando aos seus pés e implorando para que seja minha, estou tentando seduzi-la, e de verdade eu espero que não demore muito até que ela caia litera
Eduardo AlmeidaDesço da minha moto a deixando na garagem e sigo para o elevador privativo que me levará a cobertura, onde eu moro.Me sinto agitado, um inferno se passa em minha cabeça, na verdade estou furioso, esse tal de Jean Reais pode ser um real problema ao meu território.Mas nada se compara a minha fúria com o maldito cigano, eu o odeio de uma forma feral, odeio o Handu por ter ficado com algo que eu achava ser meu, o odeio tanto que nesse momento não posso encará-lo ou o mataria sem nem ao menos ouvi-lo.A luta que é o único caminho que me trazia um prazer capaz de acalmar o monstro faminto por destruição que mora em mim, de nada me adiantou, bati até não poder mais, meu rosto está machucado e eu nem dor sinto, as vezes acho que meu corpo é imune a dor física, não sinto nada. Eu saí do ring tão furioso por não ter aplacado minha raiva que quando dei por mim estava num puteiro, pretendia passar a noite inteira enfiado até o talo dentro de uma boceta, fodendo e gozando, mas p
EDUARDO ALMEIDAEntro no meu quarto ainda desestruturado por inteiro e pela primeira vez sinto meu corpo vivo, quente, é como se eu estivesse reaprendendo a respirar, Safira está no meu sangue como uma droga que me faz ter reações alucinógenas e por mais que queira que fosse uma mentira, a verdade é que eu nunca a esqueci, seu cheiro, a suavidade de sua pele, o gosto de sua boceta, eu nunca esquecei essa mulher e mesmo ela sendo uma grande filha da mãe mentirosa eu continuo a querendo com desespero, muito mais que no passado, eu a quero de forma insana e descontrolada, assim como um condenando a pena de morte almeja sua liberdade e sua vida, assim eu almejo fazer Safira minha mulher novamente.Ela quis dar para mim, ela me quer tanto como eu a quero, eu sinto cada reação que seu corpo expele, eu a vejo desejosa por me ter e isso só me deixa mais louco, agora mesmo a minutos atrás, ela está a um passo de se entregar a mim, de me deixar possuir seu corpo para o meu prazer e o seu, mas
EDUARDO ALMEIDA_ Fala porra, o que estava fazendo rodeando minha casa? O que estava procurando?_ O que eu estava fazendo? Safira é minha esposa, somos casados!Ele j**a na minha cara algo que eu nunca aceitei e nem vou aceitar._ A porra de um papel não quer dizer caralho nenhum! - Vocifero em bom tom na sua cara, o filho da mãe me olha com escarnio._ Minha esposa, Safira é minha mulher, você aceitando ou não e eu vim pegar o que é meu!_ MAS NÃO VAI PEGAR, NUNCA MAIS CHEGARÁ PERTO DELA NOVAMENTE SEU DESGRAÇADO, ESTÁ ME OUVINDO? NUNCA MAIS!O ciúme me toma e eu fico cego! Pego o cigarro ainda aceso e o apago em sua pele, Handu não grita, o único gesto que ele manifesta demostrando que sente algum incômodo, é o travamento da sua mandíbula, formando uma linha fina nos lábios.Seu ombro, que é onde estou apagando o cigarro, começa a ficar vermelho e a brasa consome a pele formando um círculo, inflamado o local na mesma hora, paro quando vejo a área esbranquiçada.O cigano está amarrad
EDUARDO ALMEIDA Entro na sala de mãos entrelaçadas com Safira, encontro o delegado desocupado em pé, sim, um desocupado! Porque para estar aqui a essa hora do dia, só pode ser um desocupado, ele está em pé na sala esfregando as mãos uma na outra, como se estivesse com expectativa de algo, desgraçado!Quando sente nossa presença cresce um sorriso nos seus lábios que morre com a mesma rapidez que surgiu ao olhar para nossas mãos entrelaçadas. Vai ciscar em outro terreiro!__ Safira! - Ele a cumprimenta, a vejo fazer um esforço para soltar minha mão e ir cumprimentar o desgraçado de volta._ Delegado! Fecho os olhos quando o vejo se aproximar da minha ciganinha, e a cumprimentar com dois beijos em cada lado da bochecha, engulo toda minha possessividade e o gosto é amargo de mais para descer e acaba me deixando sufocado! Preciso foder Safira de uma forma que ela nunca mais esqueça a quem pertence, na primeira oportunidade derramarei toda minha porra, até a última gota no seu rosto, a
SafiraMe sinto sufocada e é como se não conseguisse respirar, olho as paredes frias do quarto e me sinto em uma prisão, me sinto Kachardin (triste).A saudade me pega forte, sinto Saudades de tudo que hoje não me é mais possível, hoje a saudade está inquietando minha alma, preciso sentir a natureza, o vento batendo nos meus cabelos enquanto corro sem destino, quero sentir o chão aos meus pés e não esse chão frio e sem vida, a chuva caindo sobre meu corpo e lavando minha alma, tenho saudades de tudo!Aqui me sinto como um animal capturada e preso, impedida de voltar ao seu habitat natural.As noites com meu povo é pura alegria, festas e muita sangria a se tomar, danças em volta da fogueira, gosto de dançar rodeada de palmas e risos.Mas sei que enquanto Handu estiver por lá eu não poderei retornar para minha gente, por mim e principalmente pelo Ygor, e só por ele que estou a suportar tudo e não sumo no mundo.Me sento na cama e ainda não consegui pregar os olhos, começo a reviver tudo