EDUARDO ALMEIDASubo na minha moto e sigo para parte mais pobre da cidade, onde fica a arena usada nas lutas clandestinas e onde resolvo qualquer assunto relacionado ao meu trabalho clandestino, eu não pretendia vim aqui tão cedo, esses dias ao lado do meu filho, estão sendo maravilhosos e quero aproveitar muito mais, mesmo que isso signifique ficar perto de uma certa ciganinha, penso ensaiando um meio sorriso.Não sou cego e não posso negar sua beleza exótica e exuberante, Safira tem a juventude como sua aliada, a sensualidade é algo tão natural nela como o ar que respira, esses anos só serviu para deixá-la ainda mais linda, ao ponto de se tornar irresistível para mim, não tem como negar o quanto ainda estou louco por tê-la em meus braços e poder desfrutar momento de paixão em seu corpo gostoso, e antes que caia em total decadência me ajoelhando aos seus pés e implorando para que seja minha, estou tentando seduzi-la, e de verdade eu espero que não demore muito até que ela caia litera
Eduardo AlmeidaDesço da minha moto a deixando na garagem e sigo para o elevador privativo que me levará a cobertura, onde eu moro.Me sinto agitado, um inferno se passa em minha cabeça, na verdade estou furioso, esse tal de Jean Reais pode ser um real problema ao meu território.Mas nada se compara a minha fúria com o maldito cigano, eu o odeio de uma forma feral, odeio o Handu por ter ficado com algo que eu achava ser meu, o odeio tanto que nesse momento não posso encará-lo ou o mataria sem nem ao menos ouvi-lo.A luta que é o único caminho que me trazia um prazer capaz de acalmar o monstro faminto por destruição que mora em mim, de nada me adiantou, bati até não poder mais, meu rosto está machucado e eu nem dor sinto, as vezes acho que meu corpo é imune a dor física, não sinto nada. Eu saí do ring tão furioso por não ter aplacado minha raiva que quando dei por mim estava num puteiro, pretendia passar a noite inteira enfiado até o talo dentro de uma boceta, fodendo e gozando, mas p
EDUARDO ALMEIDAEntro no meu quarto ainda desestruturado por inteiro e pela primeira vez sinto meu corpo vivo, quente, é como se eu estivesse reaprendendo a respirar, Safira está no meu sangue como uma droga que me faz ter reações alucinógenas e por mais que queira que fosse uma mentira, a verdade é que eu nunca a esqueci, seu cheiro, a suavidade de sua pele, o gosto de sua boceta, eu nunca esquecei essa mulher e mesmo ela sendo uma grande filha da mãe mentirosa eu continuo a querendo com desespero, muito mais que no passado, eu a quero de forma insana e descontrolada, assim como um condenando a pena de morte almeja sua liberdade e sua vida, assim eu almejo fazer Safira minha mulher novamente.Ela quis dar para mim, ela me quer tanto como eu a quero, eu sinto cada reação que seu corpo expele, eu a vejo desejosa por me ter e isso só me deixa mais louco, agora mesmo a minutos atrás, ela está a um passo de se entregar a mim, de me deixar possuir seu corpo para o meu prazer e o seu, mas
EDUARDO ALMEIDA_ Fala porra, o que estava fazendo rodeando minha casa? O que estava procurando?_ O que eu estava fazendo? Safira é minha esposa, somos casados!Ele j**a na minha cara algo que eu nunca aceitei e nem vou aceitar._ A porra de um papel não quer dizer caralho nenhum! - Vocifero em bom tom na sua cara, o filho da mãe me olha com escarnio._ Minha esposa, Safira é minha mulher, você aceitando ou não e eu vim pegar o que é meu!_ MAS NÃO VAI PEGAR, NUNCA MAIS CHEGARÁ PERTO DELA NOVAMENTE SEU DESGRAÇADO, ESTÁ ME OUVINDO? NUNCA MAIS!O ciúme me toma e eu fico cego! Pego o cigarro ainda aceso e o apago em sua pele, Handu não grita, o único gesto que ele manifesta demostrando que sente algum incômodo, é o travamento da sua mandíbula, formando uma linha fina nos lábios.Seu ombro, que é onde estou apagando o cigarro, começa a ficar vermelho e a brasa consome a pele formando um círculo, inflamado o local na mesma hora, paro quando vejo a área esbranquiçada.O cigano está amarrad
EDUARDO ALMEIDA Entro na sala de mãos entrelaçadas com Safira, encontro o delegado desocupado em pé, sim, um desocupado! Porque para estar aqui a essa hora do dia, só pode ser um desocupado, ele está em pé na sala esfregando as mãos uma na outra, como se estivesse com expectativa de algo, desgraçado!Quando sente nossa presença cresce um sorriso nos seus lábios que morre com a mesma rapidez que surgiu ao olhar para nossas mãos entrelaçadas. Vai ciscar em outro terreiro!__ Safira! - Ele a cumprimenta, a vejo fazer um esforço para soltar minha mão e ir cumprimentar o desgraçado de volta._ Delegado! Fecho os olhos quando o vejo se aproximar da minha ciganinha, e a cumprimentar com dois beijos em cada lado da bochecha, engulo toda minha possessividade e o gosto é amargo de mais para descer e acaba me deixando sufocado! Preciso foder Safira de uma forma que ela nunca mais esqueça a quem pertence, na primeira oportunidade derramarei toda minha porra, até a última gota no seu rosto, a
SafiraMe sinto sufocada e é como se não conseguisse respirar, olho as paredes frias do quarto e me sinto em uma prisão, me sinto Kachardin (triste).A saudade me pega forte, sinto Saudades de tudo que hoje não me é mais possível, hoje a saudade está inquietando minha alma, preciso sentir a natureza, o vento batendo nos meus cabelos enquanto corro sem destino, quero sentir o chão aos meus pés e não esse chão frio e sem vida, a chuva caindo sobre meu corpo e lavando minha alma, tenho saudades de tudo!Aqui me sinto como um animal capturada e preso, impedida de voltar ao seu habitat natural.As noites com meu povo é pura alegria, festas e muita sangria a se tomar, danças em volta da fogueira, gosto de dançar rodeada de palmas e risos.Mas sei que enquanto Handu estiver por lá eu não poderei retornar para minha gente, por mim e principalmente pelo Ygor, e só por ele que estou a suportar tudo e não sumo no mundo.Me sento na cama e ainda não consegui pregar os olhos, começo a reviver tudo
Jean Reis_O que me diz Sr. Almeida? temos um acordo? - Jean Reis como já imaginava, é um grande Narcotraficante e deseja comercializar seus produtos em minha cidade._ Sinceramente Sr. Reis, aqui já temos quem faz isso.É verdade, o que não falta nessa cidade são traficantes, inclusive muitos dos garotos e até os homens que lutam cladestinamente são viciados em algum tipo de entorpecentes._ Não, vocês não têm!Ele fala firme e me olha enigmático e compreendo tudo perfeitamente, ele vai tomar o poder, e vai matar quem estiver em seu caminho._ Tem certeza de que vai querer entrar nessa guerra?Pergunto por que o dono da boca é barra pesadíssima, ele está no comando a anos e está aqui para matar e morrer._ Eu já entrei Sr. Almeida e eu nunca perco, só me resta saber se posso contar com seu apoio, sei que tem grande poder por aqui.Isso é verdade, no submundo da ilegalidade meu nome tem muito peso._ Me chame apenas de Eduardo.Falo querendo deixar o clima menos formal e mais amigável
Estaciono minha todo e frente ao Ring._ Chefe! - Meus subordinados me cumprimentam e eu os respondo acenando com a cabeça, prefiro guarda minhas palavras.Subo direto ao escritório, olho a porta trancada onde o maldito cigano está, não dei autorização para que ninguém entrasse, então ele se encontra do mesmo jeito que o deixei.Pego a chave que destranca a porta e só espero conseguir ter uma conversa e controlar todo ódio que sinto por esse desgraçado, porque minha vontade é parti-lo ao meio, eliminá-lo da terra como um inseto asqueroso ao qual ninguém sentirá falta. Destranco a porta entrando no pequeno quadrado e já sinto um mal cheiro forte, uma mistura de urina e fezes, certamente ele fez as necessidades fisiológicas na própria roupa.Acendo a luz e a claridade toma conta de tudo, o maldito cigano se encontra deitado no chão e está preso por cordas, ao ver que estou no quarto, ele se senta no chão com dificuldades me olhando, seu olhar tem tanto ódio que chega a crespida, mas nos