Danilo teve a idéia do casamento ali na hora, quando percebeu que não ia conseguir tirar Alícia do seu pé e que Maya não cairia nos seus encantos, por achar que ele era um devasso depois do que viu.Claro que ela achou a proposta absurda! Mas precisava tê-la como aliada, ou tudo pelo que vinha trabalhando nos últimos 15 anos se perderia! Ele sabia que a vingança é um prato que se come frio. Sabia que tinha que trabalhar tudo com cautela e paciência. Levou anos pra juntar tanto dinheiro que seria possível pagar qualquer pessoa para ajudar a destruir os Dawson. Quando se mudou pra Napa, deixando a mãe provisoriamente em Berkeley, já estava tudo encaminhado. Já tinha contratado alguém para encantar Jenny com o desejo de roubar a cooperativa, com um plano perfeito que ela e Toronto acreditavam que nunca ele desconfiaria. Controlou cada detalhe, cada garrafa adulterada. Gastou uma pequena fortuna nisso, comprando todos os lotes para que a Coop nunca se visse envolvida nesse escândalo. Am
Quando Danilo conheceu Maya no aeroporto, percebeu que ela era uma mulher forte, talvez diferente de Jenny e Hanna. Estranhou que seu lado protetor entrou em ação, muito rapidamente. Ele estava furioso, teve uma semana complicada! Claro que ele e Samantha já tinham feito as pazes há anos, mas ela não queria mais fazer parte daquilo. Quando foi pra dar o tiro de misericórdia, ele viajou até ela, pra tentar mais uma vez a convencer a ajudar e orientar, e ela estava vivendo com outra pessoa! Depois que ele viajou pra lá, que esse peso saiu de cima dela, ela voltou a se arrumar, virou gerente do hotel finalmente. Ele nem sabia porque ela ainda trabalhava, mas ela gostava e dizia que fazia bem pra cabeça dela não ficar parada. Durante os anos, ele foi percebendo uma evolução na pessoa de sua mãe e entendendo que a vingança pesa demais! Ela tinha parado de viver para planejar isso e depois daquela discussão ela voltou a sorrir. Começou a sair, namorar e agora ele descobria que outra pess
Maya dirigia pra casa pensando em tudo o que ouviu de Denny, sem acreditar que Jenny enganou todo o mundo. Se lembrou de um ditado chinês que ela gostava muito: "Você pode enganar muitas pessoas durante pouco tempo. Você pode enganar poucas pessoas durante muito tempo. Mas você não pode enganar todas as pessoas durante todo o tempo!"Jenny fez isso. Enganou poucas pessoas durante muito tempo. Mas as poucas pessoas que ela enganou, eram as mais importantes para Maya! Inclusive ela mesma! Maya estava perdida . Não sabia o que fazer! Esperava que quando saísse do escritório, Danilo estaria lá para perturbar o juízo dela! Mas nada. E pra disfarçar pra si mesma a decepção que estava sentindo, foi olhar se tinha alguma mensagem dele referente a garrafa que mandou entregar pra ele. Maya estava há dois dias em Napa, e todos os dias de manhã ligava para sua gerente para saber como estavam as coisas na Saborosa. Naquela manhã, pediu que ela fizesse o envio da garrafa ouro de Bukaiter e sabia
Maya encaminhou Danilo pro escritório, aliviada de poder se afastar dele. Não confiava em si mesma para resistir a ser mais uma conquista de Danilo, o pegador. Quando ela acompanhava seus casos pelas revistas de fofoca, ficava pensando o que levava uma mulher a se sujeitar aquilo? As diversas mulheres com quem Danilo era frequentemente flagrado eram lindas, algumas naturais, outras montadas e estava tudo bem! Cada mulher é linda a seu modo e as montadas são felizes se montando, o que as torna tão lindas quanto as naturais! Uma grande maioria eram mulheres bem resolvidas, estabilizadas em suas carreiras. Maya se lembra de ter visto uma manchete com uma loira exuberante natural, que vivia na ponte Napa Valley - São Francisco. Ela era uma jovem advogada de sucesso, famosa e conceituada. Maya se perguntava o porque de uma mulher como ela se sujeitar a ser lanchinho de Bukaiter? Ali, naquela situação, entendeu perfeitamente! A presença física de Bukaiter era como um vinho caro. Embriaga
Quando Danilo saiu, que Maya se lembrou que não abriu o presente dele. Bateu na testa com sua falta de educação. Tinha certeza que vovó Sophia a repreenderia, pois não foram os modos que ensinou! Quando ela olhou dentro da sacola, seu coração falhou uma batida! Tirou a caixa de madeira de dentro da linda sacola e ficou olhando, sem ter coragem de abrir. Só viu aquela caixa em fotos digitalizadas. Só foram produzidas 12 garrafas daquelas. Sete consumidas e extremamente aprovadas, duas estavam em exposição, mas não era pra qualquer um ver e três em adegas particulares, com rastreadores para não ser possível o roubo! Era a caixa de um Bukaiter 16 anos. A primeira garrafa com a fórmula secreta Bukaiter que o colocou no mundo dos vinhos raros e fez seu nome explodir e suas garrafas ouro chegarem a preços exorbitantes. Quando puxou a cordinha de couro, destravando a caixa de madeira, seu coração acelerou, sem coragem de abrir de fato a caixa. Ficou olhando pra ela, e se assustou quando a
Maya foi para o escritório do pai na manhã seguinte. Ela sabia que o pai não tinha virado um sem vergonha viciado, nem um ladrão. Mas precisava entender dos negócios dele antes de aceitar a proposta de Danilo, já que uma das exigências para o casamento seria a que ela assumiria seus negócios. Não sabia nem por onde começar e resolveu trabalhar com afinco naquilo. Mas se pegava muitas vezes distraída com tudo o que aconteceu no dia anterior. Algumas vezes pensava que estava vivendo um sonho. Quatro dias atrás acordou como sempre, seguiu toda sua rotina e de repente tudo mudou! Recebeu a temida ligação, conheceu o arrogante senhor Bukaiter e teve que lhe pedir favor, descobriu que a madrasta é mais suja do que ela pensava e o pai mais sonso do que ela se lembrava. Foi pedida em casamento e descobriu que a avó é uma safada que ainda pensa em sexo! E pior, fez ela pensar também. Agora estava tentada a esquecer tudo o que sabia sobre Bukaiter e aceitar a proposta, e viver esse casamento
— O que está acontecendo aqui? — Dan, essa mulher louca me ofendeu, perdi a paciência e acabei perdendo o controle! — Alícia falou de forma manhosa, fazendo um drama que até embrulhou o estômago de Maya, que revirou os olhos e ficou olhando a feição de Danilo se transformar de confusão para ira. — E você invadiu o escritório dela, vindo atrás de ouvir o que não queria e ainda ia agredir ela se eu não tivesse chegado? — Alto lá! Ela não ia me agredir não. Esqueceu que sou caipira? Criada no meio da terra? Se essa montada relasse em mim, eu furava esse silicone na unha e arrancava esses cílios postiços. — Maya gostou da atitude de Danilo. Claro que seria impossível ela fazer o que estava dizendo. Nunca brigou, nunca sequer deu um grito com ninguém. Sempre de cabeça baixa, sempre a pacificadora. Detestava confusão. Mas estava se sentindo divertida naquele momento, com o coração quentinho do jeito que Danilo a defendeu. E também, já tinha se dado conta que em Napa, não podia baixar a
Danilo saiu do jantar do sítio direto pra casa. Por mais que estivesse precisando de sexo, não conseguia mais procurar outras mulheres tendo feito uma proposta de casamento a Maya. Quando chegou em seu condomínio, o porteiro disse que Alícia o estava esperando no hall, pois a chave dela não funcionou. Danilo revirou os olhos e foi até lá. — O que você está fazendo aqui, Alícia? Eu já não te falei que vou me casar e que tudo acabou? — Podemos conversar, Danilo? — Estamos conversando! — Por favor, Dan. Temos uma história. Não é legal conversar no hall do seu prédio. Vamos subir. Eu queria te esperar lá em cima, mas minha chave não funcionou. E você demorou, estou te esperando a mais de duas horas. — Sua chave não funcionou porque eu mandei trocar o segredo e a fechadura, Alícia. Nunca te dei uma chave do meu apartamento. Você se aproveitou de eu um dia ter pedido pra você buscar algo pra mim e tirou uma cópia. E não temos uma história. Mas sim, vamos conversar lá em cima porque