OLIVER
Na manhã seguinte fui com o meu irmão até a delegacia, tentar fazer as primas de Agnes falar.
Nunca imaginei que a tal Rilary não sabia que era usada como atriz porno.
Combinei com os meus irmãos que iria ajudar a moça, Agnes disse que ela sempre falava quando criança, que queria ser médica, se for isso irei ajudá-la, claro que mandando para outro estado, para reconstruir a vida longe da mãe.
Após lá fui para a casa da minha mãe, fiquei lá o fim de semana, ainda precisava de cuidados.
Na segunda-feira voltei a minha rotina normal.
Claro que no meio da semana, descobrimos o fim das tias de Agnes.
A tal Roberta foi presa pelo assassinato de Marlon, Rosaria morreu num acidente, na verdade, briga com a esposa de uma dos seus amantes, as duas rolaram pela escada, e Rosaria se deu mal.
As primas Kemili, Kely e Rebeca não quiseram colaborar, e pegaram bons anos de prisão, pois foi descoberto outros crimes contra elas.
Rilary na verdade era usada, aproveitavam da sua dependência química, vai cumprir três anos, numa casa de recuperação para dependentes, com direito de estudar, ela escolheu pedagogia, irei ajudá-la há distância, não quero contato.
Hoje faz quinze dias de toda aquela confusão, e Noah convidou-me para um jantar na sua casa, aceitei, mas quando olhei na minha agenda, a apresentação de Pietro.
Avisei Noah que chegaria atrasado, então as dezoito horas estava eu na frente do meu espelho escolhendo uma roupa, para ir de pai a uma apresentação de escola.
Não tive outra escolha, liguei para Liam, sim, acho que o meu cunhado, irá fazer-me menos perguntas.
— Liam, seu loiro delícia.
— Fala cunhado.
— Liam, preciso de uma ajuda, que roupa você usa para ir nas reuniões de pais?
— Olha, de moda quem entende é Fabricy.
— Estou a falar sério.
— Olha, pai quando tem que ir à escola, as vezes vai com a roupa que sai do serviço, mas quando tem reuniões fora do horário vou de jeans, camisa social com as mangas dobradas, ou seja, mais leve. Por que?
— Liam, valeu cunhado, manda uns beijos para todos.
Então coloquei um jeans escuro, uma camisa clara, um sapato da cor das calças, o meu cabelo como sempre um pouco bagunçado, ao contrário do arrumadinho de Noah, um pouco de perfume, pois quem sabe encontre uma mãe precisando de ajuda, nunca se sabe onde conseguir uma boa t***.
Não me joguem, sou solteiro.
Tudo bem, que ter aceitado um b***, da viúva de um dos sócios do meu cunhado, foi um pouco pesado, mas achei que ela apenas queria carona para casa, nunca imaginei que ela iria fazer aqui no trânsito.
Mas, e as ajudantes de festas da família, olha, nessas equipes sempre tem aquelas, com f*** de t**** rapidinha enquanto trabalha, apenas realizo sonhos, claro que sempre tenho camisinhas na minha carteira, nunca t*** sem proteção.
Filho e coisa séria, e sem falar nas doenças.
Falando em filho, paro numa conveniência, comprei uma caixa de chocolates, um carrinho de controle remoto, mas algumas coisas que sei que criança gostam, posso não ser pai, mas ninguém ganha o título de melhor tio atoa.
Quando cheguei na escola, estacionei e deixei o presente no carro, espero que a mãe da criança não ache m@, ou não aceite a minha presença aqui.
Vou a caminhar, perdido, e sendo secado por todas as mulheres, será que Liam, me deu a dica certa, essas mulheres não deveriam estar com os maridos do lado, afinal a apresentação e para os pais.
As pessoas eram humildes, mas dava para ver que capricharam para estar ali.
Estava perdido, já querendo ir embora, quando escuto.
— Você veio! — Era Pietro que corria ao meu encontro.
-Eu falei que viria.
Abracei ele, que retribuiu, não sei o porquê, mas apeguei-me ao menino.
— Onde está a sua família?
— Olha, é apenas mamãe e eu. E ela deixou-me aqui, foi fazer um serviço extra, e volta para me pegar.
Não consegui disfarçar o meu olhar triste.
— Fica tranquilo, a maioria das crianças está aqui assim, outros veios apenas a mãe, mas eu, ao menos hoje terei um pai do meu lado, vem vou-te arrumar o melhor lugar.
Apenas o segui, fiquei feliz por vir, poderia ter escolhido uma roupa um pouco mais simples, para o lugar, ainda bem que peguei um carro popular na garagem, deixo para a doméstica fazer as compras.
As apresentações começaram.
Alguns se perdiam nas coreografias, os pais filmavam, alguns choravam.
Nem percebi a hora decorrer.
Então o professor atrapalhado falou, vamos agora para a nossa última apresentação.
Achei estranho, pois não tinha visto Pietro em lugar nem uma.
— O aluno Pietro, irá cantar uma música em nome de todos os alunos.
Ele entrou, carregando um violão, sentou num banquinho, e posicionou o microfone e ligou o cabo no violão.
Eu rápido peguei o meu celular para gravar.
— Boa noite para todos aqui, em especial para o meu pai Oliver.
Escutar aquilo, deu-me uma felicidade sem explicação.
Então ele começou a cantar a música "MTrevo (Tu)" (Canção de Anavitória):
"Tu
É trevo de quatro folhas, é manhã de domingo à toa
Conversa rara e boa
Pedaço de sonho que faz meu querer acordar pra vida, ai, ai, ai
Tu
Que tem esse abraço casa, se decidir bater asa
Me leva contigo pra passear
Eu juro afeto e paz não vão te faltar, ai, ai, ai
Ah
eu só quero o leve da vida pra te levar
E o tempo para
ah
É a sorte de levar a hora pra passear
Pra cá e pra lá, pra lá e pra cá
Quando aqui tu tá
Tu
É trevo de quatro folhas, é manhã de domingo à toa
Conversa rara e boa
Pedaço de sonho que faz meu querer acordar pra vida, ai, ai, ai
Tu
Que tem esse abraço casa, se decidir bater asa
Me leva contigo pra passear
Eu juro afeto e paz não vão te faltar, ai, ai, ai
Ah
Eu só quero o leve da vida pra te levar
E o tempo para
ah
É a sorte de levar a hora pra passear
Pra cá e pra lá, pra lá e pra cá
Quando aqui tu tá"
Ele cantava naturalmente, nem percebi, quando comecei a chorar emocionado, ele é um pequeno génio na informática, e ainda um talento na música, se a família deixar irei estar na vida dele, e ajudá-lo a alcançar os sonhos, ele merece essa oportunidade.
NOAHAssim que a apresentação terminou, ele desceu do palco e correu até mim, abracei ele, e nesse abraço, senti algo diferente, era como abraçar um dos meus sobrinhos, que sempre considerei os meus filhos.Para, OLiver, ele é filho de outras pessoas, calma, outra pessoa, ele não tem pai.— Parabéns, Pietro, você foi o melhor.— Obrigado! Valeu por vir, seria chato cantar sem ter ninguém importante aqui.Uma faca no peito, foi aquelas palavras, tentei disfarçar.— E o violão, você não vai pegar o seu violão?— Ele não é meu, e da escola, eu não tenho violão, e caro, mamãe não teria como comprar; por isso, ela nem sabe que eu sei tocar, porque se não iria fazer de tudo para me comprar um. Aquela mulher faz muito sacrifício por mim.Outra facada, acho que vivo numa bolha.— E agora o que faremos?— Agora, os professores irão arrumar os pratos que as famílias trouxeram, e iremos todos comer, alguma coisa, na verdade, beber, porque ouvi uma professora falando que noventa por cento de tudo
OLIVERMandei uma mensagem pedindo desculpa para Agnes e Noah, claro que o meu irmão queria saber se era loira ou morena.Nem respondi, nem eu sei o porquê fiquei até o fim daquela festa.Passei o fim de semana no sítio com toda a família.Mas, dessa vez alguma coisa parecia faltar.Aquele menino falar que a família dele era ele e a mãe, apenas. E eu aqui, rodeado de pessoas maravilhosas, que me sei defendem a todo o custo.E o violão, nossa, ele tocou como alguém que treina todos os dias, e vai dormir com o violão do lado da cama, mas não era dele.Estava tão distraído vendo as crianças brincarem, que nem percebi Liam sentando ao meu lado.— Vai dizer-me que é uma professora que te laçou cunhado?— Professora, do que está a dizer?— Para o que mais você iria querer uma roupa para ir numa reunião de pais.— A verdade, mas não rolou, acabei perdendo tempo.— Como assim, não rolou, você m@l pisca o olho a mulherada pula no seu colo.— Então, ela estava com uns papos de namoro antes de r
OLIVERSai da escola leve, alegre.Porém, quando cheguei no meu andar na empresa e vi a fila de moças e rapazes para serem entrevistados, quase voltei para escola.Não tinha outro jeito, precisava de uma secretária e com urgência.Chamei a primeira, ou melhor, a 'Barbie sem calcinha', ela fez questão de que eu percebesse, pois abriu as pernas, cruzou as pernas, deixou uma caneta cair e abaixou-se para pegar.Isso foi só o começo, por diversão comecei a fazer pilhas com classificações. os g@ys que também me cantaram, as "Barbies", tinha as sem calcinha, as siliconadas, as vozes enjoadas, as que nem sabiam o que era um computador, tinha também as "Betty Boop", com muito decote em vestido curtos até de mais, algumas até chegaram já sentando na minha mesa; as "Jessicas Rabbit", já chegavam mandando, falando da decoração, uma foi mais ousada e sentou no meu colo puxando a minha gravata, realmente as ruivas são quentes.Todas elas estavam ali para que eu f*** com elas, mas não era isso que
ASTRIDReclamar da vida é para quem tem tudo, ou alguém para se apoiar. Porque quem não tem nada, nem pode reclamar, pois precisa batalhar.Sou mãe solteira, e sim porque quis, porque não viveria se tivesse matado o meu bebe.Agradeço a Deus todos os dias a vida do meu filho, ele-me da a força que preciso para lembrar quem eu sou.Pietro já tem dez anos, e apesar de trocar tanto de escola, consegui acompanhar bem os estudos, não me dá trabalho nem um, um anjo na minha vida, nasceu com os olhos do meu pai, na verdade, lembra-me muito ele, cabelos loiros como os meus.Hoje então foi diferente, e logo hoje.Estou há três meses sem um trabalho fixo, e as contas começaram a apertar. Uma vizinha disse de uma vaga, fiz a minha ficha, seria entregue tudo no local.Não gosto de trabalhar como secretária, pois precisa ficar muito tempo sozinha com um homem, isso me dá medo, mas preciso cuidar de meu filhos, preciso enfrentar os meus medos.Estou dentro do ónibus e um barulho de tiro, era o que
OLIVIEREstou num pesadelo, Pietro esta sendo arrastado por homens armados, ele grita para que eu ajude, saiu correndo, então acordo com o barulho do meu celular.Procuro pelo som, e atendo sem ao menos olhar.-Alo!— Oi e o senhor Oliver, aqui é o seu filho de mentira Pietro, o senhor disse que qualquer coisa poderia ligar-te.Ele fala tudo rápido, como se aflito, aquilo acorda-me de vez.-Pietro o que aconteceu, fala que irei ajudar-te sim.— Mamãe, não recebeu as diárias da semana, e não pagou o aluguel, o dono veio, ele quis fazer coisa errada com ela, mas minha mãe é mulher decente, não deixou, ele levou o fogão, geladeira, a pia com as panelas, ainda rasgou a roupa dela, disse que se ela estiver aqui na segunda-feira vai fazer ela mamar o p** dele.As palavras dele ativaram em mim um sentimento que ainda não conhecia por um estranho, o meu punho estava fechado, e a vontade de bater no desgr@ç@do era grande e irei fazer isso.-Pietro passe o endereço de você, irei até aí resolver
ASTRIDSentia-me violada outra vez, porque sou tão fraca.Apenas chorava, senti os braços do meu filho, chorei ainda mais, como irei defender ele se nem consigo defender a mim.Nem sei por quanto tempo chorei, ali agachada no chão, então escutei baterem na porta.Não queria abrir, congelada por meus medos.Pietro abriu a porta, não levantei a minha cabeça, mas sabia que um homem poderoso estava ali, sua voz forte, quando falou que veio nós levarmos, olhei na sua direção.Ele era alto, pele branca, cabelos negros bagunçados, olhos castanhos, usava roupas informais, mas elegantes, dava para ver que era vaidoso, o seu perfume tomou conta de todo o ligar, a presença dele com certeza era marcante, porém depois de muito tempo não me deixou com medo.Ele deu liberdade para me arrumar.Lavei o meu rosto, troquei de roupa, prendi o cabelo. Quando olhei no espelho até desanimei, como iria conversar com um homem importante, daquele jeito ia acabar fazendo Pietro perder a bolsa de estudos.Mas nã
ASTRIDO apartamento ficava no quarto andar.Ele ia a explicar tudo, disse que eram apartamentos simples, porém apenas um por andar.Pietro estava animado, isso preocupava-me, nunca recebi tanta bondade de alguém, não de graça.Ele entregou as chaves para Pietro, que abriu todo animado.A minha boca quase caiu.Na entrada tinha um pequeno rol de entrada, com um armário para deixar sapatos e cascos.Passando por eles uma sala de estar a direita com um sofá e um painel com televisão. Na esquerda uma mesa com seis cadeira, um a paradouro. E de lá já se via uma cozinha planejada com eletrodomésticos modernos.Eu não sabia o que dizer, era tudo lindo.Ele me mostrou a área de serviço, a dispensa, banheiro social, um pequeno escritório.— Vamos conhecer os quartos, quem escolhe primeiro?— Vou ter uma cama apenas para mim? -Pietro perguntou animado.— Vai, sim, e o seu banheiro com banheira. Mas apenas um dos quartos é hidromassagem.— O que é hidromassagem? — O meu filho não conhecia nada
OLIVIERNão foi fácil convencer a mãe de Pietro, Astrid e uma mulher forte, mesmo que agora pareça vulnerávelEnquanto ele arrumavam as suas coisas, liguei para um detetive conhecido da família, passei as informações do dono do lugar onde eles moravam, disse que queria rápido.Também passei o nome do ex-patrão dela, era bom para ele que ela tenha sido a primeira e última que mexeu, porque vou jogar a merda dele no ventilador.Levei eles para o apartamento, ver os olhos dela se encherem de lágrimas, mexeu com algo em mim, não sei bem o porquê, mas preciso protegem esses dois.Ela queria recusar o convite do almoço, fingi que nem entendi.Enquanto esperava eles, recebi a ligação do detetive, mas rápido que imaginei.-Fala Olivier!-Fala Kadu!— Olha espero que o cara não seja seu amigo, porque já soltei a fita, desse m@ldito.— O que e de quem você está a falar?— Estou a falar do dono das casas que você mandou a localização.— Ele não é meu amigo, nem conheço ele. Mas, ele mexeu com um