5-UMA OPORTUNIDADE

NOAH

Assim que a apresentação terminou, ele desceu do palco e correu até mim, abracei ele, e nesse abraço, senti algo diferente, era como abraçar um dos meus sobrinhos, que sempre considerei os meus filhos.

Para, OLiver, ele é filho de outras pessoas, calma, outra pessoa, ele não tem pai.

— Parabéns, Pietro, você foi o melhor.

— Obrigado! Valeu por vir, seria chato cantar sem ter ninguém importante aqui.

Uma faca no peito, foi aquelas palavras, tentei disfarçar.

— E o violão, você não vai pegar o seu violão?

— Ele não é meu, e da escola, eu não tenho violão, e caro, mamãe não teria como comprar; por isso, ela nem sabe que eu sei tocar, porque se não iria fazer de tudo para me comprar um. Aquela mulher faz muito sacrifício por mim.

Outra facada, acho que vivo numa bolha.

— E agora o que faremos?

— Agora, os professores irão arrumar os pratos que as famílias trouxeram, e iremos todos comer, alguma coisa, na verdade, beber, porque ouvi uma professora falando que noventa por cento de tudo que chegou e refrigerante.

— Como assim, era para trazer algo para comer, você não me falou isso.

— Fica tranquilo, você é meu convidado, eu trouxe um refrigerante de uva, daqueles baratinhos.

Estava com ele no colo, coloquei no chão.

— Só um minuto.

Fiz uma ligação para uma moça que fazia salgados e comidas para festa.

— Oi Oliver, gato, agora estou a namorar, e no momento estou a querer matar um.

— Oi, boa noite para você também Morgana. Pior que não sei para quem pedir, precisava de uns salgadinhos de urgência. Parabéns pelo namoro.

— Olha, eu preciso livrar-me de uns salgadinhos.

— Coisa estragada não gata.

— Para Oliver, encomendaram uns produtos e quando cheguei para entregar descobrir que hoje uma briga antes e foi tudo cancelado, ninguém para me avisar, tudo coisa de primeira, salgadinhos e doces.

— Vou-te mandar o endereço, e você me manda a conta lá na empresa.

Desliguei, e olhei animado para Pietro.

-Pietro, avise para as professoras que a encomenda do seu pai atrasou um pouquinho e logo chega para esperarem, vai ser rápido.

— Vamos comigo.

Ele pegou e foi-me a puxar no meio da multidão.

Ele falou com as professoras que estavam ali, eu confirmei a fala dele, e elas como todas as outras mulheres ali, tão secaram-me sem pudor.

Não demorou dez minutos Morgana, chegou com a sua equipe, e já foram a ajudar as professoras que adoraram, já contratei a equipe para servir, as professoras já haviam trabalhado o dia todo, além de ensaiar as crenças, ainda iam servir.

Sentei num cantinho com Pietro, que fez um prato com tudo que havia ali, Morgana chegou perto, nem reparou no menino.

— Como alguém consegui ficar ainda mais gostoso, com uma roupa casual, deveria ser proibido viu Oliver, coitada das mulheres comprometidas.

— Comprometida, olha fique a saber que sou seu amigo, e caso não der certo com o presente lá, sabe que tem o meu ombro para usar.

— Amo usar os seus ombros, na verdade, você todinho.

— Tem criança aqui vocês sabem. E eu estou a entender essa história de usar o ombro.

Nem acreditei quando ouvi isso.

— Usar o ombro, quer dizer para chorar. — Falei sem graça.

— Eu tenho amigos do ensino médio, que já deixam as meninas usarem o ombro deles, mas não é para chorar.

— É o seu filho? — Morgana perguntou assustada.

— Sim! — Respondi, ia ser mais difícil explicar porque estava ali.

— Tirando esses cabelos loiros, que vai deixar ele ainda mais lindo que você quando crescer, ele parece muito com você, até essa inteligência fora do comum. Prazer, sou apenas amiga de Oliver, pode ficar tranquilo. Oliver irei cobrar apenas o serviço do meu pessoal, ver a felicidade dessas crianças, fez com que ganhasse a noite, já até combinei com a diretora que irei patrocinar os doces, salgados e bolos do dia das crianças.

— Verdade senhora Morgana?

— Sim, verdade. Agora vou a ir.

Ela deu-me um beijo na boca antes de sair, coisa normal, com a maioria das mulheres que já fiquei.

— Ela disse que é sua amiga e dá-te um beijo desse, quero umas amigas assim.

— Olha, realmente somos apenas amigos, sempre faço isso com as minhas amigas, mas se um dia tiver um relacionamento eu paro.

Fiquei na tal festa do dia dos pais por um bom tempo, aproveitei para conversar com o diretor da escola, queria que Pietro fizesse um teste, iria tentar uma bolsa de estudo para ele, na escola onde os meus sobrinhos estudam.

Quando todos já foram embora, alguns até levando um pratinho extra, levei Pietro até o meu carro, ele achou muito bacana, e dei-lhe o presente que havia preparado para ele.

Ele agradeceu com um abraço, prometi que voltaria essa semana, e sim viria.

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