OLIVER
Mandei uma mensagem pedindo desculpa para Agnes e Noah, claro que o meu irmão queria saber se era loira ou morena.
Nem respondi, nem eu sei o porquê fiquei até o fim daquela festa.
Passei o fim de semana no sítio com toda a família.
Mas, dessa vez alguma coisa parecia faltar.
Aquele menino falar que a família dele era ele e a mãe, apenas. E eu aqui, rodeado de pessoas maravilhosas, que me sei defendem a todo o custo.
E o violão, nossa, ele tocou como alguém que treina todos os dias, e vai dormir com o violão do lado da cama, mas não era dele.
Estava tão distraído vendo as crianças brincarem, que nem percebi Liam sentando ao meu lado.
— Vai dizer-me que é uma professora que te laçou cunhado?
— Professora, do que está a dizer?
— Para o que mais você iria querer uma roupa para ir numa reunião de pais.
— A verdade, mas não rolou, acabei perdendo tempo.
— Como assim, não rolou, você m@l pisca o olho a mulherada pula no seu colo.
— Então, ela estava com uns papos de namoro antes de rolar qualquer coisa, então não perdi tempo, e já sai.
— Para quem quer ficar solteiro essa é uma ótima estratégia. Na verdade, concordo com você.
-Concorda?
— Sim, não engana ninguém, assim, não vai ter nem uma louca no seu pé, quando encontrar a mulher que vai fazer-te querer demorar muito tempo para conquistá-la.
— Está certo, mas acho que essa mulher não existe para mim.
-Veremos.
Ele foi falar com Kennedy e fiquei ali novamente nos meus pensamentos.
O fim de semana foi alegre como sempre, nessa família.
Mas a segunda-feira foi uma tortura.
A minha secretária de anos avisou que iria morar com os filhos em outra cidade, pedi que ficasse até encontrar alguém, mas ela disse que a saúde dela precisava de atenção, mas, que já havia feito algumas fichas e a nova secretária iria começar hoje com ela.
Agradeci essa atenção especial dela, liguei para Lucas de modo a pedir que conseguisse a agilidade da aposentadoria dela.
Conversei com a diretora da escola dos meus sobrinhos e pedi que fizessem o teste com Pietro, passei todas as informações, e disse que se ele passasse eu iria financiar todo o estudo do menino, mas que não queria que o meu nome fosse divulgado.
Na parte da tarde a minha secretária dona Lurdes, encaminhou até a minha sala a nova secretária.
Conversamos um pouco, gostei da mulher, discreta, roupas comportadas, sem nada de vulgaridade, prefiro assim, não gosto de mulheres que acreditam que o ambiente de trabalho e lugar para arrumar marido.
Outra vantagem da nova secretária, casada, não costumo levar secretárias para viagens, levava dona Lurdes quando era num lugar turístico, mas aí ela ia apenas passear, como a minha convidada.
No final da tarde fui informado que Pietro iria realizar a avaliação no outro dia, fiquei ansioso, mas irá dar tudo certo.
Assim foi a seguir a semana, o resultado das avaliações de Pietro sairiam na quinta-feira.
Chegou a tão esperada quinta-feira, estava nervoso.
A nova secretária, que agora trabalhava sem a ajuda de Lurdes, veio trazer o meu café, e até questionou que eu estava muito estressado, disse que estava tudo bem, e fui para uma reunião.
Quando voltei perceber que a secretária estava na sua mesa, talvez esteja a conhecer a empresa.
Estava engando, quando abri a porta da minha sala, encontrei a mulher semi-nua em cima da minha mesa, devo confessar, ela era muito gostosa, uma morena com curvas maravilhosas, b*** que fazia a calcinha se perder, s**** fartos, ela usava apenas um corpete e calcinha transparente, deixando tudo amostra, na mão da mulher tinha até um chicotinho, eu congelei na porta.
— Estou pronta para tirar todo o seu stresse chefinho. — Ela falou sentando na mesa e abrindo bem as pernas, me dando a visão da sua b**** depilada e uma tatuagem que tinha ali perto.
Com a voz dela acorde, fechei por rápido.
— Senhora, coloque as suas roupas e siga direto para o RH, será pago todo o seu mês de trabalho, passar bem.
— Como assim, estou aqui toda oferecida para você, fica tranquilo, não irei cobrar hora extra, por serviço prestado, não hoje.
— A senhora deve ter entendido m@l o que esse serviço pedi, por isso estou a dispensar os seus serviços.
— Vai dizer que não gostou do material, todos gostão. Ou você acha que consegui tantas recomendações por conta do meu café. Eu sei o que todo grande CEO quer, um s***, com uma v@dia gostosa como eu, que não vai cobrar amor eterno.
— A senhora com certeza não trabalhou com ninguém da minha família. Como pode pensar assim, não pensa no seu marido.
— Na verdade, esse é o meu primeiro trabalho nessa cidade. Trabalhava e morava na capital, o meu marido, eu amo aquele homem, ele também, sabe o seu papel como secretário de um CEO, o bom que ele é bi, assim como eu, então atendemos todos os públicos.
Fiquei sem palavras, por alguns segundo.
— Senhora, dou-lhe dois minutos para sair daqui, ou irei chamar a segurança. Irei processa-la, e denunciar.
Ela parece ter entendido, vestiu a sua roupa de qualquer jeito, enquanto eu ligava para o RH, e informava o desligamento daquela funcionaria, e a urgência da contratação de outra.
Aquele dia foi uma loucura, sem uma secretária, precisei chamar uma das meninas da receção, que se atrapalhou toda, chorou pensando que seria demitida.
Por fim fiquei no escritório até mais de nove da noite.
Quando cheguei em casa, lembrei que não recebi a ligação das escolas, e agora era tarde para ligar.
Na sexta-feira de manhã nem liguei que teria que entrevistar uma nova secretária, precisava saber o resultado, e fui até a escola de Pietro, encontrei ele sentado num canto sozinho do pátio, mas quando me viu correu.
— Eles falaram que o meu pai falso nunca mais iria aparecer, eu era apenas mais um rejeitado.
— Estarei sempre aqui por você garotão. Agora eu quero saber como você foi às provas?
-Não sei!
— Então vamos juntos descobrir.
Seguimos até a sala do diretor, e sim, ele foi aprovado com méritos.
A outra escola já havia combinado tudo, na segunda ele iria começar na nova escola.
Como presente, dei a ele um violão, que já estava no meu carro desde segunda-feira.
OLIVERSai da escola leve, alegre.Porém, quando cheguei no meu andar na empresa e vi a fila de moças e rapazes para serem entrevistados, quase voltei para escola.Não tinha outro jeito, precisava de uma secretária e com urgência.Chamei a primeira, ou melhor, a 'Barbie sem calcinha', ela fez questão de que eu percebesse, pois abriu as pernas, cruzou as pernas, deixou uma caneta cair e abaixou-se para pegar.Isso foi só o começo, por diversão comecei a fazer pilhas com classificações. os g@ys que também me cantaram, as "Barbies", tinha as sem calcinha, as siliconadas, as vozes enjoadas, as que nem sabiam o que era um computador, tinha também as "Betty Boop", com muito decote em vestido curtos até de mais, algumas até chegaram já sentando na minha mesa; as "Jessicas Rabbit", já chegavam mandando, falando da decoração, uma foi mais ousada e sentou no meu colo puxando a minha gravata, realmente as ruivas são quentes.Todas elas estavam ali para que eu f*** com elas, mas não era isso que
ASTRIDReclamar da vida é para quem tem tudo, ou alguém para se apoiar. Porque quem não tem nada, nem pode reclamar, pois precisa batalhar.Sou mãe solteira, e sim porque quis, porque não viveria se tivesse matado o meu bebe.Agradeço a Deus todos os dias a vida do meu filho, ele-me da a força que preciso para lembrar quem eu sou.Pietro já tem dez anos, e apesar de trocar tanto de escola, consegui acompanhar bem os estudos, não me dá trabalho nem um, um anjo na minha vida, nasceu com os olhos do meu pai, na verdade, lembra-me muito ele, cabelos loiros como os meus.Hoje então foi diferente, e logo hoje.Estou há três meses sem um trabalho fixo, e as contas começaram a apertar. Uma vizinha disse de uma vaga, fiz a minha ficha, seria entregue tudo no local.Não gosto de trabalhar como secretária, pois precisa ficar muito tempo sozinha com um homem, isso me dá medo, mas preciso cuidar de meu filhos, preciso enfrentar os meus medos.Estou dentro do ónibus e um barulho de tiro, era o que
OLIVIEREstou num pesadelo, Pietro esta sendo arrastado por homens armados, ele grita para que eu ajude, saiu correndo, então acordo com o barulho do meu celular.Procuro pelo som, e atendo sem ao menos olhar.-Alo!— Oi e o senhor Oliver, aqui é o seu filho de mentira Pietro, o senhor disse que qualquer coisa poderia ligar-te.Ele fala tudo rápido, como se aflito, aquilo acorda-me de vez.-Pietro o que aconteceu, fala que irei ajudar-te sim.— Mamãe, não recebeu as diárias da semana, e não pagou o aluguel, o dono veio, ele quis fazer coisa errada com ela, mas minha mãe é mulher decente, não deixou, ele levou o fogão, geladeira, a pia com as panelas, ainda rasgou a roupa dela, disse que se ela estiver aqui na segunda-feira vai fazer ela mamar o p** dele.As palavras dele ativaram em mim um sentimento que ainda não conhecia por um estranho, o meu punho estava fechado, e a vontade de bater no desgr@ç@do era grande e irei fazer isso.-Pietro passe o endereço de você, irei até aí resolver
ASTRIDSentia-me violada outra vez, porque sou tão fraca.Apenas chorava, senti os braços do meu filho, chorei ainda mais, como irei defender ele se nem consigo defender a mim.Nem sei por quanto tempo chorei, ali agachada no chão, então escutei baterem na porta.Não queria abrir, congelada por meus medos.Pietro abriu a porta, não levantei a minha cabeça, mas sabia que um homem poderoso estava ali, sua voz forte, quando falou que veio nós levarmos, olhei na sua direção.Ele era alto, pele branca, cabelos negros bagunçados, olhos castanhos, usava roupas informais, mas elegantes, dava para ver que era vaidoso, o seu perfume tomou conta de todo o ligar, a presença dele com certeza era marcante, porém depois de muito tempo não me deixou com medo.Ele deu liberdade para me arrumar.Lavei o meu rosto, troquei de roupa, prendi o cabelo. Quando olhei no espelho até desanimei, como iria conversar com um homem importante, daquele jeito ia acabar fazendo Pietro perder a bolsa de estudos.Mas nã
ASTRIDO apartamento ficava no quarto andar.Ele ia a explicar tudo, disse que eram apartamentos simples, porém apenas um por andar.Pietro estava animado, isso preocupava-me, nunca recebi tanta bondade de alguém, não de graça.Ele entregou as chaves para Pietro, que abriu todo animado.A minha boca quase caiu.Na entrada tinha um pequeno rol de entrada, com um armário para deixar sapatos e cascos.Passando por eles uma sala de estar a direita com um sofá e um painel com televisão. Na esquerda uma mesa com seis cadeira, um a paradouro. E de lá já se via uma cozinha planejada com eletrodomésticos modernos.Eu não sabia o que dizer, era tudo lindo.Ele me mostrou a área de serviço, a dispensa, banheiro social, um pequeno escritório.— Vamos conhecer os quartos, quem escolhe primeiro?— Vou ter uma cama apenas para mim? -Pietro perguntou animado.— Vai, sim, e o seu banheiro com banheira. Mas apenas um dos quartos é hidromassagem.— O que é hidromassagem? — O meu filho não conhecia nada
OLIVIERNão foi fácil convencer a mãe de Pietro, Astrid e uma mulher forte, mesmo que agora pareça vulnerávelEnquanto ele arrumavam as suas coisas, liguei para um detetive conhecido da família, passei as informações do dono do lugar onde eles moravam, disse que queria rápido.Também passei o nome do ex-patrão dela, era bom para ele que ela tenha sido a primeira e última que mexeu, porque vou jogar a merda dele no ventilador.Levei eles para o apartamento, ver os olhos dela se encherem de lágrimas, mexeu com algo em mim, não sei bem o porquê, mas preciso protegem esses dois.Ela queria recusar o convite do almoço, fingi que nem entendi.Enquanto esperava eles, recebi a ligação do detetive, mas rápido que imaginei.-Fala Olivier!-Fala Kadu!— Olha espero que o cara não seja seu amigo, porque já soltei a fita, desse m@ldito.— O que e de quem você está a falar?— Estou a falar do dono das casas que você mandou a localização.— Ele não é meu amigo, nem conheço ele. Mas, ele mexeu com um
ASTRIDFaz muito tempo que não entro em lojas como essas.A herança do meu pai deu-me conforto, estabilidade.Tinha tudo que o dinheiro poderia comprar, os meus avôs paternos sabiam bem como administrar dinheiro, foi com eles que aprendi.Porém, com a morte deles e a doença da minha mãe, fui morar com ela.NO testamento só poderia assumir o dinheiro após os vinte e cinco anos.Mas, eu tinha de tudo, por esse motivo não achei m@l.Com tudo que aconteceu, fugi, sem olhar para trás.Levei pouco, com a ajuda dos meus avôs maternos, consegui estabelecer-me, por um tempo, claro sem o luxo que tinha antes, trabalhava, e ia bem.Mas, precisei fugir mais uma vez, e nesses onze anos, nem sei quantas vezes mudei-me, cada vez tenho que sair as pressas, acabo deixando parte do que tenho para trás.A minha prioridade passou a ser deixar Pietro longe do meu carrasco, se depender de mim ele nunca saberá da existência do meu filho.Nas poucas vezes que converso com os meus avôs, nunca contei sobre Pie
NOAHDevo dizer que Astrid e uma mulher difícil, gostei, mulher fracas, sem opinião própria são sem graças.Olhei para Pietro, não poderia falar da minha última secretária, e o que ela fez na frente dele.-Pietro, que tal você ficar perto da minha prima Fabricy, você conhece o gosto da sua mãe.— Tudo bem, entendi, não é assunto de criança.-Garoto esperto.Pietro saiu e vi que ela ficou ainda mais curiosa, vamos nós das bem, não gosto de coisas sem respostas, gosto tudo as claras.-Astrid, eu gosto de acreditar que a minha última secretária foi dona Lurdes, que também usa roupas aqui da loja de Fabricy, pois todas as funcionárias das empresas da família tem descontos exclusivos aqui. Ela saiu, pois precisou cuidar da saúde na casa dos filhos que moram em outro estado, já estou com saudades, o seu último dia foi segunda-feira. A outra senhora que nem decorei o nome, começou na terça-feira, onde deixou muitos recados passarem, digitou um e-mail errado, tudo isso para mim foi de menos,