O lugar escolhido para a realização do coquetel de premiação ficava próximo da faculdade, por isso eles não tardaram em chegar ao local. Colin queria que Andie se divertisse àquela noite, queria aproveitar a oportunidade de estarem em um lugar diferente para se conhecerem melhor e assim estreitarem os laços. Mas, infelizmente, assim que adentraram o salão de eventos seus pais e irmãos os cercaram feito enxame de abelhas. — Colin, não vai nos apresentar sua acompanhante? — Sua mãe perguntou enquanto avaliava descaradamente sua companheira. Ele gostaria de fazer isso aos poucos, mas sabia que seria inútil convencer seus pais a irem com calma. De certa forma ele os compreendia, afinal ela era a sua companheira, portanto também fazia parte da família. Então, movido por seu instinto de proteção, pousou a mão contra a base de sua cintura para demonstrar que se ela precisasse ele estaria ao seu lado. — Andie estes são meus pais, Daniel e Greta Donovan. Mãe, pai esta é a Andie, min
“Resistir a paixão é o mesmo que tentar aplacar a fúria de um vulcão.” (ANÔNIMO) Os olhos de Andie se arregalaram quando compreendeu que Colin a levaria para o segundo andar do salão. Sentiu sua mão escorrer da cintura para o quadril, provocando novas sensações sob sua pele. A sutil mudança de seu toque foi como riscar um fósforo sobre gasolina. Os olhos dele brilhavam perigosamente, nenhum homem a olhara daquela maneira antes. Era mais do que desejo, havia desespero refletido em suas irises. O mesmo desespero que começava a comprimir seus pulmões. Ela sabia que se ele a tomasse entre os braços seria incapaz de negar seu desejo. — Suba — a ordem veio em voz profunda e cortante. Andie estremeceu sob seu domínio, fraca demais para lutar contra o que a consumia. Sabia que se quisesse poderia impor sua vontade apenas se recusando a subir, as pessoas ao redor a ajudariam a fugir de Colin, mas ela não seria hipócrita. Não dessa vez. Ela também o desejava, também ansiava para s
Louco para satisfazer sua vontade de sentir sua pele sob a ponta de seus dedos, ele desceu o zíper de seu vestido aproveitando a abertura para sentir sua maciez. Então fogos de artifícios explodiram ao redor deles. Andie gemeu alto e se agarrou ao redor de seu pescoço tremendo de tesão. — Você é tão perfeita que escolher a melhor parte é tarefa impossível — desceu o vestido por seus ombros sentindo o membro pulsar sob a visão dos cabelos jogados displicentemente e dos lábios borrados de batom. Ela era a própria imagem de Afrodite, uma deusa que merecia ser adorada por sua beleza e paixão. Os seios eram dois montes encantadores encobertos pela fina renda do sutiã. Colin deslizou a ponta do dedo sobre a borda da peça se deliciando com o movimento de subir e descer provocado pela respiração errática de sua companheira. —Quero ver se são tão lindos quanto a dona. Enfiou os dedos baixando a renda expondo os mamilos rosados e as veias azuladas. Eles eram firmes, pesados e empinado
A respiração de Colin pesava contra seu pescoço, seu agarre continuava firme em seu corpo como se temesse perdê-la. Durante longos minutos Andie apenas lutou contra a voz da razão que tentava azedar a alegria que preenchia sua alma. Não tinha como prevê o que aconteceria agora que Colin havia conseguido o que queria. Talvez ele a dispensasse de uma vez por todas ou quem sabe ele a iludiria com palavras doces e a dispensaria com a célere desculpa de que depois entraria em contato, ou faria ainda pior... agradeceria o encontro furtivo e a dispensaria como uma qualquer. — Eu não estou indo a lugar algum, Tinker Bell. Não estrague o momento — beijou seu pescoço e ergueu os olhos para fitá-la. — Pare de fugir de si mesma. — Como sabe o que estou pensando? — Seus olhos marejaram. — Você resmunga quando está aflita — acariciou sua face. — Agora vem cá. Deixe-me ajudá-la. Colin a ergueu da bancada e só a soltou quando teve certeza de que Andie conseguiria ficar de pé sozinha. Seu co
Quando Colin estava na faculdade teve o privilégio de ser aluno de um dos maiores e mais brilhantes arquitetos de sua geração. O homem era uma verdadeira lenda e uma autoridade no meio arquitetônico. E, embora sua paixão pela profissão cativasse seus alunos e colegas de profissão, ele possuía suas próprias limitações ocasionadas pelo TOC[1]. Lembrava-se muito bem do dia em que ele falou sobre sua condição e esclareceu as dúvidas dos mais curiosos sobre as principais características e particularidades de uma pessoa com TOC. Por isso, quando esteve no estúdio de Andie naquela tarde havia percebido os sinais sutis do transtorno. A maneira como as suas canetas estavam separadas por cores sobre a escrivaninha, como organizava os livros por tamanho, cor e ano e como dobrava os lençóis de cama foram os elementos que denunciaram sua compulsão por organização. Então, quando a chamou para passar a noite ao seu lado não se surpreendeu ao vê-la tentar encontrar uma desculpa plausível para
A maneira como ele a tocava e dizia aquelas palavras deixavam suas pernas tremulas e seu coração acelerado como um bobo. O perfume de sândalo tinha um leve toque de cipreste e atingiu suas narinas como um afrodisíaco a deixando rendida diante de sua imponência. Por alguma razão desconhecida Andie sabia que suas palavras eram verdadeiras. —Desculpe, não foi minha intenção ofendê-lo — soprou baixinho. — Não estou ofendido, Tinker Bell — beijou sua testa — eu só estou deixando claro que você não precisa se preocupar com meu passado. Perto de você ele é apenas uma sombra pálida e sem voz. Beijou seus lábios delicadamente afundando seus dedos por entre os seus cabelos. O gosto de seus lábios era como um bálsamo sobre sua irritação, colocava o lobo sob controle e afugentava as nuvens que ainda residiam entre eles. Dando pequenos beijos foi se afastando devagar, maravilhado com a beleza de sua entrega. — Venha, Tinker Bell. Eu preciso alimentá-la antes de fazer tudo o que pretend
Colin fechou a porta com um chute leve, não tiraria suas mãos da coisa mais preciosa que tinha nos braços. Sua companheira, firmemente agarrada ao seu corpo, correspondia ao seu beijo com paixão e entrega, enquanto o ar estalava ao redor, provocando arrepios quentes em sua nuca. O perfume adocicado chegava as suas narinas o incitando, provocando, desafiando a ir em busca de sua satisfação, mas ele tinha que ser cuidadoso, se desse vazão ao seu lado animal Andie se assustaria com a intensidade de seu lobo. Embora agora fossem um, a fera ansiava pelo acasalamento com sua companheira de forma brutal. Mas, Andie era tão pequena e delicada que temia pelo momento que teria que subjugá-la e marcá-la como sua. Temia que não suportasse a intensidade e acabasse machucada de alguma forma. — Você é tão linda, Andie — disse ao depositá-la no chão se afastando somente o suficiente para admirar seus olhos lindos. Ver Colin tão perto e íntimo de seu corpo fez suas pernas vacilarem e suas mãos
As palavras cruas fizeram suas costas arquearem oferecendo seu corpo para seu deleite como se suplicasse o toque de um deus sobre seu corpo consumido pela luxúria. O desejo que Colin despertava em suas entranhas era tão pungente que seus lábios expeliam murmúrios de prazer à medida que se esfregava contra seu membro. — Vamos, Andie — mordeu o mamilo depois o sugou forte até que ela sentisse sua intimidade contrair dolorosamente — coloque suas mãos em mim. Sinta o quanto a desejo, ajude-me a não morrer de tesão. Uma necessidade latente de tocar sua pele se apossou de suas mãos. Com sofreguidão ela o livrou do blazer, rasgando sua camisa para enfim tocar seu peito rijo como rocha, admirando as tatuagens que cobriam boa parte dos ombros e braços fortes. Os desenhos eram enigmáticos e o tornavam ainda mais... obsceno, como se fosse uma entidade demoníaca que aprisionava seus olhos e vontades. A verdade era que Colin despertava muito mais do que desejo em seu corpo, embora não nega