Chego a Boston e descubro que eu e Kim ficaríamos na mesma hospedagem. Foi maravilhoso! Embora em prédios diferentes, seremos vizinhas. Fomos até o prédio da diretoria para resolver o que era preciso. Kim me acompanhou até o local em que eu moraria no campus e, depois, seguiu para o dormitório dela, que ficava em outra área. Fico parada olhando para aquele prédio cinza espetacular, que é bem grande. Inalo profundamente, olhando para o papel nas minhas mãos que indica o andar e o quarto para onde vou. Sigo até as portas duplas, insiro a senha no teclado e as portas se abrem.Entro e, no saguão do prédio, há alguns sofás e mesas, que imagino serem para estudarmos. Ando até o elevador e aperto o botão. As portas se abrem e entro, seleciono o andar e o elevador sobe tocando uma música alegre. Quando paro no meu andar e saio, o corredor está bem silencioso, para o horário. Ainda não são nem 20h, e nunca havia visto um campus tão tranquilo como esse, embora só tivesse visto em filmes.Passo
— Vem, Lunna! — Kim grita, me chamando. Caminho até ela, e é quando ele me olha. Seus olhos vão da minha cabeça aos pés, me fazendo me sentir ainda mais deslocada. — Mano, essa é a minha amiga Lunna Rivera, nós nos conhecemos no avião.— Uau! Muito prazer, Lunna Rivera! — ele diz, estendendo a mão. Assim que a pego, ele dá um beijo na minha mão, e seus olhos nunca saem dos meus. Acho que vou ter um treco, meu coração está disparado.— O... o prazer é meu! — digo, gaguejando, e ele sorri.A conversa continua, com ele me apresentando algumas pessoas e Kim fazendo o mesmo. Mas, sempre que nos afastávamos, nossos olhares se cruzavam. Eu nunca havia bebido na vida e, naquela noite, também não seria diferente. Continuei tomando meu refrigerante, tentando manter a calma.De repente, ele se levanta e se aproxima, e cada passo dele parece fazer o meu coração acelerar ainda mais. O ar parece me faltar.— Vem, quero te mostrar uma coisa — ele diz, parando na minha frente e estendendo a mão. Olho
Estamos todos reunidos para auxiliar a instituição Viver Sempre, uma organização não governamental que ajuda crianças carentes, e a nossa faculdade estava arrecadando dinheiro, alimentos, produtos de higiene, entre outras coisas essenciais para que pudessem cuidar dos pequeninos. Claro que muitos estão indo apenas ganhar um ponto na matéria de que estão precisando, mas isso é tão legal e eu amo participar desde que cheguei à faculdade. Eu e as meninas nos voluntariamos para ajudar, então havia várias pessoas vestidas de palhaços, bailarinas, bonecas e alguns como personagens do Mágico de Oz.— Hey! Está no mundo da lua, é? — Kim me pergunta, e Keké e Jully me olham. Estamos sentadas na grama, debaixo de uma árvore enorme, esperando o orientador das nossas turmas.— Não! Estava me lembrando de algumas coisas, e já faz dois anos que nos conhecemos. O tempo voou!— Sim, é verdade! Vocês são as minhas best e não quero me esquecer de vocês nunca! — Kim fala, e sorrimos. Começo a sentir um
Perdi-me nos pensamentos até alguém tocar no meu ombro. Olhei e o rapaz estava me oferecendo uma toalha. Ele a colocou sobre a mesa diante de mim.— Obrigada! — falei, pegando a toalha para secar meu cabelo e braços. Ele se sentou na minha frente, olhando também pela janela. Eu realmente precisava ir ao banheiro conferir minha situação.— Já volto, com licença — falei, levantando. Ele fez um gesto afirmativo com a cabeça e se levantou também, me deixando seguir em direção ao banheiro.Entrei e me olhei no espelho. Me assustei: minha maquiagem estava toda borrada, parecia o Coringa com gripe. Coloquei a toalha sobre a pia e liguei a torneira, lavando o rosto, tentando tirar o que ainda restava de maquiagem. Após limpar o rosto e secá-lo com papel, soltei o cabelo e comecei a secá-lo com a toalha. Olhei para o secador de mãos na parede e tive uma ideia. Caminhei até ele, me abaixei e coloquei a cabeça embaixo do secador.— Assim é bem melhor!Após secar o cabelo e tentar secar meu vesti
Já haviam se passado alguns dias, na verdade, meses. Eu e Romolo estamos nos divertindo muito, sempre nos encontramos para conversar e, na semana passada, rolou um beijo. Não foi o meu primeiro, mas me senti nas nuvens e acho que toda aquela paixonite boba pelo Adam está se esvaindo, esse que não vejo há um tempinho.Estou indo me encontrar com ele na nossa cafeteria. Claro, não é nossa, mas se tornou o nosso ponto de encontro. Vamos jantar com a sua família. Assim que chego, o vejo sentado na mesinha ao lado de fora do estabelecimento. Ele está com os cabelos bagunçados, uma calça jeans, camisa polo branca e um sapatênis, além de um buquê de flores em cima da mesa.Respiro fundo e volto a caminhar, já que parei para admirá-lo. Paro ao seu lado e toco em seu ombro.— Oi! — digo sorrindo, dou um passo para trás e ele vira, se levantando.— Está esperando há muito tempo? — ele me olha e faz um carinho em meu rosto. Fecho os olhos, apreciando este gesto, e, quando os abro, ele está me ol
— Nada de senhora, pode me chamar de Helena — ela diz e sorri. — Venham, vamos nos sentar. Lucille está quase pronta e George está no escritório resolvendo algo sobre o trabalho.Caminhamos até o sofá e nos sentamos. Não demora muito e uma moça de cabelos encaracolados e loiros aparece na sala. Ela vem até o irmão, que se levanta e a abraça, depois faz o mesmo comigo e ele nos apresenta.— Me desculpem a demora — um senhor alto, cabelos grisalhos e olhos cor de mel entra sorrindo. — Achei que seria rápido, mas falhei.— Tudo bem, querido — Helena diz e ele caminha até nós. Romolo se levanta, cumprimentando-o com um aperto de mão e um abraço.— Pai, esta é a Lunna — ele diz, me olhando e sorrindo.— Ah, então esta é a garota? — ele me estende a mão para me cumprimentar e faço o mesmo. — Aperto de mão firme, gostei! — sorrio e soltamos nossas mãos. Me sento novamente, ele caminha e se senta ao lado da esposa, começando a conversar.A parte de “Ah, então esta é a garota?” não sai da minh
Estamos em frente ao campus. Ele veio me trazer e irá para o seu apartamento.— Obrigado por ter me acompanhado até a casa dos meus pais — ele diz, rodeando os braços ao redor da minha cintura.— Eu que agradeço o convite — digo, sorrindo.— É... — Eu queria muito perguntar o porquê de o pai dele ter dito aquilo, mas não sei como.— O que foi, linda? — Ele coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.— Não é nada, deixa para lá!— Eu já entendi. Você quer saber o porquê de o meu pai ter dito aquilo? — Faço um gesto positivo com a cabeça, e ele sorri.— Agora entendo o porquê de você ter ficado estranha e aquela ruguinha ter aparecido bem aqui — ele diz, beijando minha testa. — Mas o que ele quis dizer com aquela frase, então: “Esta é a garota?” Porque, realmente, você é a garota que fez meu coração disparar. Você foi a primeira que levei para os meus pais conhecerem, é a primeira mulher que pedi em namoro e com quem sonho em ter um futuro — sorrio e o beijo.Eu realmente sinto qu
— Lunna, aconteceu algo? — Kéfera pergunta. Jully aparece com um balde de pipoca nas mãos.— O que foi? Por que está assim? — ela pergunta.— Não me diga que o jantar foi um fiasco! — Jully diz, colocando mais pipoca na boca.— Isso tudo é culpa do Adam, aquele… aquele… Ah, que saco! Por que ele tem que aparecer e estragar tudo? — digo, me jogando na cadeira.Todo aquele autocontrole que eu estava tentando transparecer não deu certo.— O que ele fez agora? — Kéfera pergunta.— Não me diga que ele seguiu vocês e invadiu a casa, te tirando à força de lá? — Julliety diz, e tanto eu quanto Kéfera olhamos espantadas para ela.— O quê?— Você está ficando doida! — digo, realmente achando que ela não está batendo bem da cabeça.— Você precisa arrumar alguém, está passando tempo demais assistindo séries e filmes de ação! Ou então, esses livros de máfia que você anda lendo estão te fazendo ter delírios. Aqui é o mundo real, não ficção, Jully — Keké diz, com as mãos na cintura.— Isso eu realme