O Adam está de um jeito que é de sentir pena, nunca o vi dessa forma. Mas também não posso passar por cima da vontade da minha amiga e dizer a ele onde ela está, se nem mesmo a mãe dela disse onde, quem sou eu para falar? Só preciso respeitar, mesmo sabendo que ela deveria dizer logo a ele e resolverem essa situação o mais rápido possível.
Saio do banheiro com a Nate no colo e, como sempre, ela perguntando pela dinda dela. Sempre respondo que logo ela volta e vem vê-la. Meu celular acende e vejo que é uma mensagem da Lunna. Coloco a Nate em cima da cama, seco direitinho, visto sua fralda e roupinha, já que aqui começou a esfriar, e lhe entrego seu brinquedo. Ela começa a brincar e conversar com ele. Pego o meu celular e abro a mensagem.
De Lunna:
Kim sai do meu quarto e me levanto, minha cabeça parece que vai explodir de dor. Vou até o banheiro e fecho a porta. Me olho no espelho e estou um trapo! Escovo os meus dentes, tiro minha roupa e a jogo no cesto de roupa suja. Vou para o box, ligo a água, controlando a temperatura, e quando vejo que está gelada, me enfio embaixo dela, deixando a água fria levar a ressaca e a dor que está acabando comigo.••••♥•••••Me sento na cadeira. Nate está sentada na cadeira dela, comendo uma maçã amassada. Ela me olha e sorri com a boca suja. Pego o guardanapo e a limpo. Ela brinca de aviãozinho com ela mesma e eu sorrio. Kim coloca um comprimido e um copo de água na minha frente e volta para o fogão. Tomo o r
Após comer, abro a minha bolsa, tomo meu remédio e saio do restaurante. Começo a andar e acabo em um parque. Me sento em um banco e o sol está uma delícia. Vejo umas crianças ao longe brincando e meus olhos se enchem de lágrimas.— Lunna? — congelo no lugar ao ouvir aquela voz. Me viro devagar, olhando na direção que me chamam, e quem vejo me surpreende.— Romolo!— Tudo bem? — ele diz, e eu limpo minhas lágrimas. O que ele quer? Está louco de me tratar tão bem assim?— O que você faz por aqui?— Vim passar uns dias com minha irmã em outra cidade, e você?— Sua irmã? Ela está aqui?— Sim, foi comprar algo ali naquela loja.<
O dia já está claro e eu não consigo parar quieto. Não quero acordar a Kim, porque sei que ela vai ficar brava, mas preciso saber se ela já falou com a Lunna. Desde aquele dia em que ela me mandou uma mensagem, não recebi mais nada dela, e Kim ficou aqui no meu apartamento para me vigiar. Ela disse que eu não iria chegar perto de nenhuma bebida, até porque faz algum tempo que não vou até a empresa para saber como estão as coisas.Ontem, meu pai veio aqui para saber o que estava acontecendo. Contei a ele o que aconteceu, e ele me mandou se recompor e saber separar a vida pessoal da profissional. Eu disse a ele que hoje eu estaria voltando à empresa e é o que pretendo fazer, mas antes preciso tentar, nem que seja, ouvir a voz dela.Bato na porta e nada. Bato de novo e a esc
— Eu te perdoo.O quê? Eu ouvi direito ou estou começando a enlouquecer? Levanto a cabeça e vejo uma lágrima solitária descendo pelo seu rosto.— O… O que você disse? — pergunto, para ter a certeza de que o que ouvi não foi uma alucinação.— Eu te perdoo, Adam. Eu ouvi tudo o que você disse a Kim ao telefone. Eu estava em ligação com ela e acabei ouvindo, mas eu precisava falar com você para ver se havia verdade no que ouvi. E agora, eu vejo o quão sincero você está sendo aqui e agora. — Não consigo conter a alegria que sinto ao ouvi-la dizer que me perdoa. Me levanto e a puxo para um abraço.— Me perdoe
Já se passaram algumas horas, o sol começa a se pôr e Adam continua deitado ao meu lado, abraçado comigo. Sempre que tento me levantar, ele me segura ainda mais forte.— Ei, preciso ir ao banheiro.— Estou com medo de ser um sonho.— Estou aqui, Adam.— Bebi muito durante esse tempo, Lunna, sem você. Tive muitos sonhos com você aqui ao meu lado e, sempre que estava tudo bem, você estava nos meus braços e dizia estar tudo bem, que já voltava… Mas, assim que eu te soltava, acordava sozinho. Não quero que isso aconteça de novo — ele me abraça com mais força e, lentamente, vou me soltando dele. Ele fica com medo, mas me deixa ir.— Viu? Estou aqui — digo, me levantando e o olhando.— Eu te amo tanto, Lunna, que chega a doer!— Eu também, mas sabe uma coisa que você me abriu os olhos?— O quê?— Espera que já digo — corro para o banheiro.Saio do banheiro e fico o olhando sem que ele perceba, mas ele vira a cabeça, me olha e sorri.— Por que está parada aí, me olhando assim?— Estou apenas
— Não, Adam, não foi culpa sua. O que aconteceu teve que acontecer. Não era a hora ainda… Não te culpo disso. — Ele me abraça e beija minha testa. Olho para ele e vejo uma lágrima solitária rolar pelo seu rosto.— Ei, não fica assim. Eu não te culpo pelo que aconteceu. Não se culpe também. — Digo, limpando seu rosto, e ele sorri, mas não é um sorriso que chegue aos olhos.— Kim me mandou ir ao mercado, quer ir comigo?— Ficarei com a Natálie um pouco.— Está bem. — Ele me beija e sai. Coloco Nate em seu berço e sorrio quando ela abraça seu urso.Saio do quarto, deixando a porta encostada, e vou direto para a cozinha. Assim que chego, começo a ajudar Kim a arrumar as coisas para preparar o jantar. ••••♥•••••Não demora muito, Adam chega. — Adam, você esqueceu a cebola! — Kim, diz, terminando de tirar as coisas da sacola. — Eu não sou seu empregado, não. — Cala a boca, Adam! Além de não ter nada nesse apartamento, nem abastecer a geladeira você faz e ainda reclama de comprar comida
Estou na confeitaria da minha amiga Lunna há um bom tempo. Agora sou responsável por fazer todos os salgados que são vendidos aqui, e nunca imaginei que a ideia da doida daria certo. Lunna sempre teve essas ideias malucas, e admito que algumas vezes duvidei, mas ela provou ser muito mais determinada e visionária do que qualquer um poderia imaginar. Hoje é aniversário dela, mas, em vez de estar radiante, ela está um pouco triste, achando que o Adam não fará nada para comemorar. Tento animá-la enquanto trabalhamos, mas ela continua cabisbaixa.— Lunna, não se preocupe. Tenho certeza de que Adam fará algo especial para você hoje à noite — digo, tentando encorajá-la.— Não sei, Kim. Ele tem sido tão distante ultimamente, tem viajado muito. Eu não sei o que está acontecendo entre nós — ela responde, com um tom melancólico.Olho para ela e me aproximo, colocando uma mão no seu ombro.— Amiga, você realmente acha que ele vai te deixar? Lu, fica tranquila. Nunca, neste mundo, ele iria te deix
Hoje é meu aniversário. Está escuro lá fora e estou sentada na nossa cama, em um quarto de hotel em Concord, uma cidade charmosa e histórica perto de Boston. Estou esperando pelo Adam, que disse ter uma surpresa para mim. Sinto-me um pouco nervosa e ansiosa, mas também animada, com minhas expectativas nas alturas para descobrir o que faremos. Ele sempre me surpreende com coisas incríveis, e estou curiosa para saber o que preparou desta vez.Finalmente, ouço uma batida na porta do quarto. Levanto-me e, antes de abri-la, ouço Adam perguntar:— Lunna, amor, você está pronta?— Sim, estou — respondo, respirando fundo enquanto a antecipação e a curiosidade fazem meu coração acelerar.Quando abro a porta, vejo que ele está usando uma roupa social preta, o que o deixa irresistivelmente atraente. Adam sorri para mim, levantando uma fita larga de seda que segura em sua mão.— Feche os olhos. Vou te vendar — diz ele. — Quero te levar para um lugar mágico.Sorrio e obedeço. Ele coloca a venda em