Assim que entramos, uma mulher de sorriso acolhedor vem ao nosso encontro, abrindo os braços em direção a Keké.— Olá, Kéfera! Como você está?— Oi, Harvey! Estou bem. E como estão as coisas por aqui? Onde estão minhas meninas? — Keké olha ao redor, como se já estivesse com saudades delas.— Tudo tranquilo, Kéfera. As meninas estão se trocando e já vêm.— Harvey, este é o Harry. Eu o trouxe para conhecer as meninas. — Ela olha para mim com um brilho no olhar antes de me apresentar.Estendo a mão para cumprimentar Harvey.— Prazer, Harry. — Ela aperta minha mão com firmeza. — Você vai se apaixonar pelas meninas.Antes que eu possa responder, escuto gritos e passos rápidos.— Fadinha, você veio!Kéfera ri enquanto é cercada por um grupo de crianças que a derrubam ao chão em uma explosão de alegria. Todas se agarram a ela, criando um emaranhado de braços, pernas e risadas.— Calma, meninas, estou sendo esmagada! — exclama ela, gargalhando.Fico fascinado, nunca a havia visto rir tão livr
Saímos do hospital e estou finalmente indo para casa. Não demora muito para chegarmos. Adam estaciona o carro na garagem e desce, vindo ao meu lado. Ele abre a porta do passageiro, e seu sorriso transborda felicidade.— Nem acredito que você está em casa, finalmente! — diz, me olhando com carinho.— É bom estar em casa, com vocês… Minha família — respondo, sorrindo enquanto faço um carinho em seu rosto.Ele me pega no colo, já que continuo andando devagar devido à recuperação. Com a fisioterapia, espero logo estar correndo por aí. Adam abre a porta da casa e me leva para dentro. Assim que entramos na sala, vejo todos reunidos, sorrindo para mim.Ele me coloca cuidadosamente no sofá, e todos vêm ao meu encontro para me abraçar. Há um cartaz enorme na parede com “Seja Bem-Vinda”, balões coloridos decoram o ambiente, e de repente, ouço um barulho alto. Olho para trás do sofá e vejo Kéfera e Jullyete saindo de trás dele.— Surpresa! — elas gritam em uníssono.— Vocês vieram! — exclamo, ra
Chego a Boston e Billy já havia feito reservas em um hotel. Não pretendemos ficar muito tempo, então decido me organizar rapidamente. Pego o celular e envio uma mensagem para Lucille.Para Lucille: Oie, sou eu, Yasmim. Tudo bem? Como você está? Estou em Boston.Sua resposta chega quase instantaneamente.De Lucille: Yasmim! Quanto tempo sumida! Estou bem, e você? Vamos nos encontrar? Estou com saudades de você.Para Lucille: Vamos sim. Estou precisando falar com você. Pode ser agora?De Lucille: Claro! Pode ser no café aqui perto de casa?Para Lucille: Sim, nos encontramos em vinte minutos.De Lucille: Combinado.Saio do aplicativo de mensagens e coloco o celular em cima da mesinha de centro. Caminho até a varanda do quarto do hotel e fico observando a tarde que começa a cair. O som dos carros ao longe mistura-se com a leve brisa que entra.Sinto braços envolverem minha cintura e sorrio automaticamente.— Falou com ela?— Sim, ela está me esperando.— Quer que eu vá com você? — ele per
— Vocês chegaram! — Helena exclama ao entrar na sala.Nos levantamos e ela se aproxima para me abraçar. Logo, seus olhos se enchem de lágrimas quando ela observa Dante em meu colo. Após me soltar, ela cumprimenta Billy e volta sua atenção para o Dante, acariciando suavemente seus cabelos castanhos.— Ele tem o nariz dele, a boca… E os cabelos lisos como os do Romolo.— Ele tem a cor dos olhos também — acrescento, e ela me olha emocionada. Uma lágrima escorre por seu rosto e Billy prontamente lhe oferece um lenço.— Obrigada — ela diz, enxugando o rosto com um sorriso terno. — Obrigada, Yasmim.Olho para ela, surpresa, sem entender.— Você nos trouxe um presente. Um lindo presente no momento em que mais precisamos.Sorrio, um pouco desconcertada. Não esperava uma reação tão tocante.Logo, o senhor George entra na sala. Ele nos cumprimenta e, assim que olha para Dante, seus olhos também se enchem de lágrimas. Como Helena, ele comenta o quanto o menino se parece com o filho deles.Nos se
Estou há alguns dias na casa da Lunna, e a vontade de contar para ela que estou amando está me corroendo. A Keké já sabe há tempos, e ela também vai ter que abrir o jogo sobre como anda a vida dela com o senhor todo-poderoso. Hoje, estamos só nós três, e a Lunna está se recuperando muito bem.Foi um baque quando a Kim nos contou o que havia acontecido. Eu queria largar tudo e vir correndo para Boston, mas não pude. Vida de pobre é difícil… Ainda mais porque eu havia largado o emprego, gastado adoidado e não queria depender dos meus pais. Estava desesperada atrás de trabalho, enquanto fingia para a Keké que minha vida era “as mil maravilhas”. Que nada! Eu estava era penando para pagar as faturas do cartão de crédito estourado. Gastei tudo o que tinha, e só sobraram minhas economias.Mas, felizmente, consegui um emprego. Tudo se resolveu… até mesmo minha vida amorosa.— Jully, está no mundo da lua? — ouço a voz da Lunna e percebo que ela está parada, encostada na poltrona da sala.— Oi?
Depois de seis meses, finalmente estou reabrindo a confeitaria e o nosso café. Estava com tanta saudade de fazer o que amo! Keké e Jully voltaram para Nova York, e é uma pena que não estejam aqui hoje.Paro o carro no estacionamento dos funcionários, desço e o travo. Caminho até a porta, abro e estranho: não vejo ninguém. Passo pela cozinha, mas não há uma alma viva por ali. Decido ir até a parte da frente, onde fica o café, e, assim que entro, levo um susto.— Surpresa! — ouço um coro, e vejo balões e faixas de boas-vindas.Sorrio e vou me aproximando. Os funcionários me abraçam, e logo Adam aparece com o Vince nos braços. Ele me entrega um buquê de rosas e me dá um selinho.— Obrigada, pessoal! — digo, emocionada. — Agradeço de coração a cada um que torceu por mim, pelo meu filho e pela minha família.Todos aplaudem. Ficamos conversando por um tempo antes de eu ir para o meu escritório.Adam se senta no sofá enquanto amamento o Vince na minha cadeira. Ele me observa com um olhar cal
Já faz um tempo desde tudo o que aconteceu com a minha amiga Lunna, ela está bem e tão feliz, que me deixa super tranquila e ainda mais em saber que o Adam mudou e que cuida muito bem dela e do nosso pequeno. Eu e Harry estamos saindo do restaurante. Pego a chave com o manobrista e as jogo para ele.— Você dirige! — sorrio quando ele as pega e me olha com os olhos arregalados.— Sério? Achei que você não gostava que os outros colocassem a mão no que é seu! — Ele balança as chaves.— Depende de quem seja. Não dou essa permissão assim para qualquer pessoa — digo, indo para o lado do passageiro.— Ainda bem que não, sou qualquer pessoa.— Isso aí! — falo e pisco um olho para ele, que sorri.Entramos no carro e ele tem um sorriso ridículo no rosto. Harry liga o carro e saímos. Seu celular toca e ele me entrega. Pego e vejo ser sua mãe. — É a sua mãe. — Atendo, colocando no viva voz.— Oi, mãe!— Oi, meu filho, como você está?— Estou bem, e a senhora? Não sabia que já tinha chegado de v
Estou em meu escritório, escuto alguém batendo na porta e Hadja a abre.— Tem uma pessoa querendo falar com você! — olho para ela, sem entender.— Tinha alguém na agenda?— Não, posso pedir para ela entrar?— Quem é?— A Yasmim.— A Yasmim? O que ela faz aí? Ela havia ido embora!— Não sei o que ela quer, só sei que ela está te esperando no café.— Pode levá-la para o terraço?— Claro! Irei levar algo que a criança gosta!— Criança?— Ela tem um filho, não se lembra?— Ah, é! Eu tinha me esquecido.— Vou lá e aviso que você já vai falar com ela.— Ok, vou só fazer uma ligação antes.— Tudo bem — Hadja diz, e fecha a porta. Pego meu celular e ligo para o Adam, que me atende no quinto toque.— Oi, amor, aconteceu algo? — ouço o choro de Vince ao fundo.— Por que o Vince está chorando assim? O que você fez com o meu filho, Adam? — digo, me levantando e pegando minha bolsa para sair correndo dali, para o salvar.— Calma, Lunna! Eu não fiz nada, apenas o tirei do banho — assim que ele diz,