ITÁLIA, SICILIA
10:13AMDARLA VALENTINEDesço os vidros da janela, sentindo o vento gelado bater em meu rosto enquanto percorro o olhar pela estrada. Ao virar meu rosto, encontro o olhar de meu irmão que por um segundo desvia da estrada para sorrir para mim de forma acolhedora.— Não fique com está cara, eu volto em um mês.— Sei que eu deveria estar acostumada com a sua ausência constante, você passou maior parte da minha vida me vendo três vezes no ano...só que agora...você sabe, eu não tenho mais ninguém. Então um mês longe de você é difícil de aguentar.Ele puxa o ar e concorda com a cabeça. Sei que a morte dos nossos pais é um assunto delicado para ele, também é para mim, ainda mais por ser algo tão recente, porém não é algo que eu possa fugir de mencionar.— Eu prometo que vou ligar todos os dias, mesmo que seja rápido. Estou te deixando em boas mãos...vai ficar tudo bem e quando se der conta, já estarei de volta.— Eu preferia ficar em casa...- olho para a janela novamente.— Eu sei, mas não me parece seguro e eu não ficaria em paz. Damian vai cuidar bem de você...— E quem garante?— Eu. Confio nele, e também confio na minha capacidade de matar ele se descumprir a promessa que me fez. Ele é meu melhor amigo, durante a vida toda...só tenho ele e você neste mundo para confiar. Não seja implicante. Não se lembra mesmo dele?— Eu tinha só três anos quando vocês foram embora para estudar na Alemanha, como eu poderia lembrar?! - Balanço a cabeça, apoiando o queixo na mão.— Tem razão. - ri. — Nem todos tem uma memória tão boa quanto a minha...— Ele voltou há quanto tempo?— Três semanas. E agora que eu sou o Don, ele vai ser o capô...mesmo que ele adorasse a Alemanha, não poderia continuar lá. O dever o chama...assim como me chamou.— A tragédia te chamou até aqui. - Respondo de forma triste. É difícil para mim aceitar a morte dos meus pais, eles se foram muito cedo, não me viram entrar na faculdade, me formar, casar, ter filhos...E nem Gianluca.— As coisas são como são..- ele freia o carro no sinal vermelho e volta a me encarar. — O teria visto se tivesse saído do quarto nos últimos dias...ele foi na nossa casa duas vezes.Dou de ombros.— Espero que ele não seja controlador como você...— Ele vai ter que ser bem pior, estou deixando a minha maior jóia com ele, a única coisa que eu tenho, ou ele cuida como se fosse a vida dele, ou perde a vida. - Diz ameaçador e eu abro um sorriso pequeno.O cuidado dele comigo é excessivo mas, me faz sentir amada e importante, então não reclamo, mesmo que as vezes eu queira pular a janela. Eu sei que ele só quer o melhor para mim, que faria tudo por mim...e vai fazer tudo que nossos pais não puderam.— Pede para ele me deixar sair ao menos algumas vezes na semana, nem que seja com os seguranças. - suspiro. — Eu estou de férias...ninguém merece ficar trancada em um quarto na casa de um estranho. Isso poderia ser chamado de cárcere privado.— Tudo bem, vou falar com ele.— Obrigada...você é o melhor irmão do mundo.- Solto meu sinto para me inclinar no banco e dar um beijo em seu rosto. — Eu te amo.— Eu também te amo, Darla...- ele segura minha mão entre as suas com carinho enquanto me olha nos olhos ao exibir um sorriso genuíno. É difícil fazer GianLucca sorrir, e ter este poder me faz sentir orgulhosa.[...]Eu abro a porta de trás, arrumando minha necessaire e a mala de alças em meu ombro enquanto meu irmão fica na porta da mansão, falando com seu amigo. Ele com certeza deve estar me colocando centenas de restrições e fazendo ameaças a Damian.Caminho pela trilha de pedras no meio do jardim que fazem um caminho até a entrada da casa por cima de uma pequena ponte onde um lago artificial corre em baixo. Não consigo ver a parte de dentro porque o altura de GianLucca tampa completamente minha visão, então ficando pendendo para os lados, em busca de ter alguma vista.— Darla...este é Damian, Damian, minha irmã Darla...- nos apresentam, antes de dar um passo para o lado, liberando a minha vista apresento. — Como não se lembram um do outro...— Oi...- ergo o olhar da bolsa que pesava em meu ombro, encontrando com os olhos azuis piscina do loiro, e no mesmo momento sinto meu corpo amolecer, um sorriso tentando brotar na lateral dos meus lábios que começa a ir e voltar, até se tornar completo.— Muito prazer, Darla. - Digo indo até ela, sentindo um choque assim que encostamos nossas mãos mas o ignoro beijando as costas dela.— O prazer é todo meu...- carrego demais a frase, me fazendo ficar corada, a pele de minhas bochechas ardendo assim como meu coração que golpeia meu peito com toda sua força.Damian é tão alto quanto meu irmão, seus cabelos são dourados, algo que me questiono se são loiros ou ruivos, seu rosto coberto por uma pele macia é pontilhado por algumas sardas e seu queixo coberto por uma barba não muito grossa. Os lábios são pequenos e bem contornados, a carne rosada. Cílios longos da mesma cor que seus cabelos que ficam acima dos olhos mais lindo que já vi, translúcidos como uma lagoa.Puxo o ar, mexendo os ombros até os deixar rígidos.— Como eu dizia, se Darla der trabalho pode me avisar...- Volto a ouvir meu irmão dizer.— Eu não sou uma criança, não se preocupe. Ele nem vai notar que estou aqui...- Deixo minha voz o mais suave possível sem tirar os olhos de Damian, que desde que me viu, não desviaram de mim por um só segundo. Ele está tão calado e pensativo quanto eu, analisando cada milímetro do meu rosto.— Isso é impossível... - A voz rouca e grossa me faz arrepiar, ele é tão másculo, e imponente apenas estando assim, parado e calmo. — E ela não vai dar trabalho, ela parece uma boa menina.Vou ser mesmo...uma ótima menina.— Nem sempre, ela gosta de dar algumas escapadas. Então sempre verifique se ela não fugiu pela madrugada...- Gian Lucca diz olhando para mim com suas mãos no bolso e eu deixo os ombros caírem.Só fiz isso duas ou três vezes, quando tinha quinze anos, e isso foi dois anos atrás. Ele nunca superou...Cerro os dentes, o fuzilando com o olhar.A última coisa que eu quero é que Damian pense coisas erradas de mim.— Veremos... - Damian diz carregado, dando uma leve inclinada na cabeça ao olhar para meu irmão pela primeira vez para ele pela primeira vez. — Ja pode ir...— Se comporte, e sempre me atenda. - aviso a olhando e beijando sua mão a qual seguro com carinho. — Qualquer problema pode me contar, mas tenho certeza que damian a ajudará no que precisar.— Obrigada...eu te amo. Se cuide e tenha uma boa viagem. - beijo seu rosto e dou um breve abraço.— Eu te amo.— Eu também te amo. - esfrega minhas costas e se separa, olhando para Damian. — Cuide dela como se fosse sua, como se sua vida dependesse disso, porque depende. - avisa de forma ameaçadora, o dando dois t***s nas costas em despedida ante de sair, e deixar-nos a sós no hall de entrada.— Como se fosse minha... - Murmura mais para si do que para mim, suspirando enquanto me encara. — Então, Darla? Está com quantos anos mesmo? - Começamos a andar pelo hall, em direção ao que acredito sem a sala de estar principal, agora ele está bem mais próximo de mim. Não o suficiente, acho que nunca estará ao suficiente.— Dezessete, faço dezoito em alguns meses.— Muito jovem. - Fala baixo, novamente mais para si do que para mim, e isso me causa um aperto no coração. Não quero que nossa diferença de idade seja impedindo, não vou deixar que seja. — Então quer dizer que gosta de fugir a noite?...- Parados no meio da sala de estar, ele começa a me rodear enquanto me enche de perguntas. — Para quê? Para ver seu namorado?— Ah, não...- me encolho sorrindo sem mostrar os dentes, sem tirar o olhar dele enquanto me rodeia, olhando-o a minha frente e instantes depois por cima de meus ombros.— Eu não tenho um namorado.Eu sou livre e intocada, livre e intocada para você, Damian.— Que bom porque aqui existem regras rígidas. - Para atrás de mim, fazendo sua voz me atingir por trás e arrepiar os pelos da minha nuca, mesmo que ele não esteja tão próximo do meu corpo. — E quem não as cumpre é punido. - Sinto meu corpo incendiar ao ouvir sua aproximação por passos no piso de madeira, e logo sua presença está bem atrás de mim, os lábios perto de meu ouvido, sussurrando. — E você não vai querer ser punida por mim...— Por que faria isso? - Fecho os olhos por um momento, apreciando a deliciosa sensação de sua proximidade, de seu cheiro masculino adocicado, como avelãs e baunilha, e sua voz rouca. — Eu me comporto muito bem, sou uma garota exemplar.— Que ótimo... Gosto de boas garotas. Ouço ele puxar o ar com força próximo ao meu pescoço, aspirando minha fragrância. — Se quiser receber visitas me avise antes, não gosto de estranhos na minha casa.— Tudo bem, eu aviso, mas dificilmente vai acontecer. Eu não tenho ninguém para me visitar. - suspiro e tomo a iniciativa de me virar, voltando a ficar de frente a ele. — Meu irmão é muito protetor e rígido, então eu não tenho amigos homens e minhas amigas têm datas e horários as quais posso vê-las com a permissão dele. E não acho adequado trazer estranhos aqui, já que minha estadia aqui é um favor...— Espero que saiba ser grata... - Dois passos a frente, quebrando o espaço que havia se tornado entre nós.— Bem vinda, Darla.— Obrigada, Damian. Eu vou ser a pessoa mais grata do mundo por me acolher aqui...- sorrio olhando em seus olhos e quase posso me afogar na profundidade deles. Mesmo sendo tão cristalinas, parecendo tão rasos, se afundar nessas águas é obviamente muito profundo. E eu quero ir até o fim, mesmo que a pressão me sufoque.— Agora suba. - Ordena duro e autoritário, causando algo desconhecido no meio de minhas pernas, aperto as coxas uma na outra Imediatamente. — Seu quarto já está pronto, suas malas chegam lá em poucos minutos. A minha governanta vai te mostrar o caminho..— Certo...- Concordo com a cabeça. — A porta vai estar trancada porque eu estarei no banho...então pode mandar ela deixar as malas na minha porta. - Me afasto lentamente e antes de estar completamente virada posso ver por cima dos meus ombros que sua mente o levou a uma cena proibida.Eu sou obediente, sempre fui muito obediente por questões de sobrevivência.Na máfia Von Valentine as mulheres sabem o lugar delas, e sabem o que fazer para ficarem vivas e seguras, o menos machucadas possíveis. Aqui, como em boa parte do planeta, o mundo é dos homens...e não nos resta nada além de acatar. Lutar pelos direitos não é uma opção, poucas tentaram...e tiveram o pior fim que um ser humano seria capaz de imaginar. Eu, Darla, prefiro jogar o jogo do diabo e vencer de acordo as regras...Eu quero Damian, e pude ver nos olhos dele que me queria mais ainda, e eu não jogo para perder mesmo que esteja em desvantagem na posição do tabuleiro. Ele será meu...e eu serei completamente dele.DARLA VALENTINE — Desculpe o atraso...eu não sabia o que vestir, pensei usar um pijama mas como não estou na minha casa, não parece adequado. - digo entrando na sala de jantar, ele ainda está em pé, o que indica que meu atraso foi só um pouco maior do que o dele. Seu olhar paira por meu rosto até ficar cada vez mais sem pudor sob meus seios, cintura, quadril e coxas moldados no vestido branco com corte desenhado, caindo como um espartilho na parte superior, indo até a altura das coxas onde termina em um babado. Muitas cores são aliadas na conquista de um homem, o vermelho, o preto e o bordô são como um tiro, mas o branco e o rosa são a massagem na consciência do homem que busca domínio sobre uma mulher inocente e pura. — Está perfeita assim...- Puxa a cadeira para que eu me sente, de frente para ele ao lado oposto da extensa mesa de madeira.— Obrigada, o senhor é muito gentil. - me sento.— Me chame de Damian. Existem horas mais oportunas para me chamar de senhor... O jantar não
DARLA VALENTINE11:17PMOlho ao redor no jardim escuro. É uma noite quente e a lua está cheia, é possível ouvir o som das corujas e dos grilos pelo silêncio que a noite trás. O tédio me trouxe aqui, Damian não me deixou sair então não me restou muitas coisas a fazer além de ler, mexer no celular...os pensamentos me trouxeram inquietude e eu vim até o jardim para respirar ar puro. Há algum tempo estou em uma fuga constante dos meus pensamentos, tentando não pensar na morte dos meus pais, na falta que eles fazem...eu não gosto de chorar, poucas vezes na vida fiz isso desde que deixei de ser uma criança. Agora estou focando no que tenho que conquistar ao invés de pensar no que perdi. — DARLA... - Ouço gritos vindo de dentro da mansão, é a voz grossa de Damian, que parece estar no auge da irritação. - DARLA... À medida que os gritos se aproximam e que o volume aumenta, sua fúria e revolta se tornam quase palpáveis, chegando em mim antes mesmo de sua presença. Eu deixo que ele grite, f
DARLA VALENTINE — E você, não vai sair do escritório hoje? - pergunto curvada em cima da sua mesa, deixando meus seios mais evidentes para ele, no decote do meu vestido justo rosa, olhando com um sorriso no meu rosto.— É melhor... Aqui dentro é mais seguro. - responde sem tirar os olhos dos meus seios. — Hm...- faço um biquinho. — E vai me deixar sair hoje com as minhas amigas? Eu não quero ficar presa aqui igual você.— Pensei que entendesse que um não, é um não. - Diz sério, desviando o olhar para os papéis .— Naquele dia, naquela ocasião...agora estou pedindo em outro dia e outra ocasião. - — Ah... - Larga as folhas, se levantando enquanto olha em meus olhos. —Então nesse dia e nessa ocasião eu digo, não!— Não precisa me prender em casa para que outros homens não se aproximem de mim...— Não seja abusada... — Não estou sendo...só estou tentando acalmar o seu coração. Por mim, nenhum homem vai se aproximar de mim...até meu irmão dar a minha mão a alguém. - aperto os lábios.—
DARLA VALENTINE— Então é realmente sério? - pergunto a Gian Lucca na chamada, enquanto caminho pelo corredor. — Sim, mas ainda não está combinado, estou apenas ponderando a ideia ainda. Eu quero examinar a proposta, fazer todas as investigações e ver se ele é um bom pretendente pra você, eu jamais colocaria você nas mãos de qualquer um, você é minha única família. - responde do outro lado da linha. — Queria ter ficado sabendo disso antes do Damian...— Desculpe, mas estava muito tarde e não achei que estivesse acordada. E eu queria saber a opinião dele, afinal não é só um casamento mas uma aliança com os estados unidos, e isso também convém a ele. Ele não sabe o quanto não convém...— Tudo bem...quando tiver uma confirmação ou se mudar de ideia, me avise. — Claro que sim, agora eu tenho que ir. Se cuide, e espero que esteja se comportando bem. — Eu sempre me comporto.— Eu te amo.— Eu também te amo, até mais. - deslizo a ligação.Seguro meu celular em mãos, descendo a escadaria
DARLA VALENTINEDamian tornou as coisas difíceis demais, e isso me levou a apelar para outro nível, e depois desta eu tenho certeza que ele finalmente será meu. Assim que Damian entra em seu quarto, eu abro ainda mais as pernas para ele, olhando com um sorriso quando seus olhos correm por minhas coxas cobertas pela meia longa, e para na minha buceta rosada completamente aberta para ele. Minhas costas nos travesseiros que cobrem a cabeceira da cama gigantesca.Estou completamente nua para ele.Ele abre e fecha a boca diversas vezes, tentando dizer algo mas nada sai, sua saliva seca na boca.— O quê... Isso significa?— Ainda não entendeu? - corro meu dedos por minha entrada e aumento meu sorriso enquanto brinco de com minha intimidade.— Darla... Se vista... - Manda, ainda hipnotizado e posso ver mesmo daqui, cerca de seis metros de distância, que ele está com uma ereção.— Não...- digo suavemente introduzindo um dedo. — Eu sei que você me proibiu de me tocar...mas agora você está na m
DARLA VALENTINE— Por que me chamou aqui? - Minha curiosidade não me deixa perguntar outra coisa quando atravesso a porta de seu escritório sem bater ou pedir licença.Ele mandou a empregada me chamar, e deu a ordem categórica para que eu não demorasse. A essa altura do jogo isso muito me preocupou, meu irmão está prestes a voltar...e Damian vai ter que enfrentar comigo o que fizemos, será que ele desistiu? Se acovardou?— Porque precisamos conversar. - Ele também é direto, o que me alivia em saber que não haverá rodeios mas que também me gera um aumento no meu medo de que ele esteja arrependido.— Sobre o que? Eu fiz alguma coisa?— É para evitar que faça algo de errado que está aqui. Eu disse ontem que você escolheu ser minha mulher, então, vai seguir minhas regras, já já vou avisando que nenhuma delas está aberta a negociação e que se descumprir qualquer uma delas, terá uma punição severa. — Que regras? E que punições?...- Me aproximo da mesa como uma gatinha manhosa. — Agora qu
DAMIAN FERRARISuspiro, deitando a cabeça no apoio da cadeira do escritório. Sinto meu corpo leve, e meu espírito calmo como nunca antes, como se não estivesse faltando mais nada, nada exceto, um filho de Darla. Sorrio ao imaginar. O que ela me causou, o que fez comigo, eu não conhecia, nenhuma jamais outra fez. Ela me faz sentir sereno e completo, mas tem este mesmo poder para o oposto, tem o poder de me enlouquecer e roubar minha paz, seja apenas existindo ou me fazendo temer que ela possa ser de outro, não de corpo, porque eu jamais permitiria, mas de alma...nunca me vi tocado pelo ciúme desta forma.Eu não a via desde que ela era apenas uma criancinha, e eu, um garoto...Quando Gian a trouxe para mim, eu não pude acreditar no que meus olhos viam, era uma beleza indescritível, sem igual...não achei que era possível uma mulher ser tão bela. E quando ela abriu a boca, pude ouvir a voz feminina, calma e adocicada que saia daqueles lábios tão rosados, eu me perdi..Nem a Gisele era t
DARLA VALENTINE — Que bom que chegou...- corro na direção dele quando atravessa o hall de entrada, parando em sua frente com uma expressão receosa.— Isso é tudo alegria em me ver? - Arqueio a sombrancelha.— Não...quer dizer, estou feliz em te ver só que precisamos resolver um assunto sério.— O que houve?— Meu irmão chegou de viagem, ele quer que eu volte hoje mesmo para casa.Ele fica calado por alguns segundos, se apressando em caçar a garrafa de vodka. — E o que disse?— Eu disse que iria fazer as malas...e me despedir de você. - balanço os ombros. — Não contei nada do que houve porque é algo que devemos fazer juntos, ele não iria gostar nada de ouvir só da minha boca primeiro, e você também não ia gostar que eu passasse na sua frente e da sua autoridade fazendo isso.— Sobre seu irmão, a conversa que vamos ter será de homem para homem. Ele não vai gostar, mas não tem o que fazer, você é minha por lei...— Não quero que briguem...A última coisa que eu gostaria, é estragar est