Quando Beto chegou a casa da fazenda juntos a Lucia, suas têmporas doíam diante do estresse. Havia sido passivo a fim de evitar mais confusão, mas não significava que estava feliz com o escândalo de Lucia, nem que ela conseguiria algo dele assim. Quando finalmente entraram na casa, Beto arrancou o chapéu da cabeça e o colocou na mesa, olhando para Lucia por um momento com os braços cruzados sobre o peito, tentando conter a raiva que o fazia respirar profundamente e ficar com os músculos tensos. — Tá me olhando assim por que? — ela perguntou, erguendo as sobrancelhas. Sentia-se vitoriosa como se tivesse ganhado o melhor dos prêmios, afinal, Beto a respeitaria depois disso, certo? Sabendo como ela era, ele jamais levaria uma mulher para a fazenda. Havia feito exatamente como sua sogra disse, tomado as rédeas de seu casamento. Beto bufou, com um sorriso sem humor estampado em seu rosto, suas sobrancelhas grossas se uniram instantes depois e ele passou a mãos nos cabelos, desacreditad
Quando Beto deixou a pequena casa, Sandrinha correu para os fundos, encontrando Cidinha escondida onde Beto a havia deixado. A garota estava com os olhos arregalados e o rosto corado havia ouvido dali toda a gritaria e a conversa, bem como a mentira contada por Beto, que a atingiu direto no coração. Já havia sofrido tanto naquele dia, naquela semana, sua vida nunca foi fácil, mas ultimamente pareciam que os santos a haviam abandonado. Cicinha fungou baixinho e, quando Sandrinha estendeu a mão para ela, a garota limpou o rosto, negando a mão da amiga e olhando para ela com uma expressão de pura tristeza. Então, passando por Sandra como um furacão, Cidinha foi para dentro da casa, pegando a bolsa que sua amiga havia trazido e trocando de roupa, prendendo os cabelos num coque e colocando a bolsa sobre o ombro, voltando para a sala decidida a sair dali. — Vambora, Sandrinha, que aqui num tem luga pra eu não — Cida falou, com uma expressão seria que a amiga nunca havia visto. — Mas,
Cida batia em Beto, tentando tirar do próprio peito a frustração. Já não aguentava mais tanta decepção. Desde quando conhecera o rapaz, ela sonhou com o dia em que ele a salvaria, e de fato aconteceu. Cida sentia que Beto realmente gostava dela, mas, será que tudo era só ilusão? Não acreditava até aquele momento em tudo que tinha escutado.— Como ocê pode fazer isso com eu, Beto? Como? Cê faz tudo isso pra depois eu descobrir que cê tá enrabichado com outra? E num é nem homi suficiente pra admitir pra moça. Homi é tudo igual, você, o Jonas. Onde eu fui amarrar meu jegue, meu painho? Léo e Sandra se afastaram ao mesmo tempo da dupla. O rapaz fez um sinal com a cabeça para que entrassem antes que a situação se complicasse e sobrasse para os dois também. — Cida, se acalma, muié! Ocê ta me deixando nervoso junto com tu — Beto tentava segurar as mãos de Cida, que eram rápidas e o acertava em seu peitoral com uma força que, para ele, era insignificante. Ele entendia a frustração dela, mas
Seus corpos eram como brasa viva e Cida derreteu em seus braços momentaneamente, entregando-se aos lábios de Beto, que tomavam os dela com desejo na verdade, com necessidade, ele precisava dela. As pernas de Cida se entrelaçaram a cintura de Beto e ela o puxou para si, independentemente do que acontecesse, ela jamais esqueceria aquele beijo fosse ele mais um de muitos, ou o ultimo.Beto não estava disposto a soltá-la, queria apenas arrastá-la para dentro da casinha e mostrar o quanto a desejava, beijá-la desde seus pés até sua boca, queria derramar todo o desejo insaciável que ela lhe causava, mas seus planos foram interrompidos pelo toque irritante de seu celular, que ecoou no local, estourando a bolha em que o casal estava. A morena pareceu voltar a si naquele exato momento, empurrando Beto e descendo da mureta, seus lábios estavam vermelhos e seu corpo estava quente, mas ela ainda trazia uma expressão emburrada que apenas se intensificou com o toque do celular. — Num vai atendê n
Alguns dias se passaram e as coisas não poderiam estar mais tensas. Cida se mantinha isolada na casa do capataz sendo acompanhada a maior parte do tempo por Sandrinha que uma vez por dia ia até a cidade com Léo, conversar com os pais e pegar mantimentos quando necessário. Quanto a Beto, ele também ia até o casebre, mas as coisas entre os dois estavam tão estranhas desde o dia em que ele saiu com seu cavalo, que eles mal conversaram e não foi por falta de esforço de Beto, ele tentou, mas Cidinha se fechara de um modo que o homem começara a temer ter perdido ela de vez e só essa ideia lhe causava um pânico que não conseguia sequer pôr em palavras, e essa inundação de sentimentos intensos deixava seu humor mil vezes pior do que já era. Sandra lhe aconselhou para que ele desse um tempo a Cida, afinal, ela ainda estava em luto, sem contar o fato de ter passado por uma experiência extremamente traumática. Quando as coisas se acalmassem, eles sentariam e conversariam com calma. Mesmo a cont
Lúcia ofegava sentindo a dúvida corroer seus sentidos. Ela acreditara em Amanda uma vez e as coisas ficaram desse jeito, mas uma parte de seus instintos lhe diziam que a única explicação para Beto lhe tratar do jeito que vinha tratando era por causa da influência de alguma outra mulher, ardilosa e manipuladora como uma serpente. A loira esfregou as têmporas irritada e então apontou a unha para Amanda. — Se você estiver me enganando, eu juro que arranco esse teu coro! — E saiu pisando firme em direção ao casebre. Amanda desceu as escadas em seu encalço, mas parou na porta de entrada da grande casa e decidiu observar de longe. Dessa vez não tinha como Cida fugir. … Cida estava deitada na cama quando ouviu a porta da pequena casa ser aberta de forma brusca, por um momento chegou até a cogitar ser Beto, mas não teve tempo de pensar, pois foi surpreendida pela voz estridente de Lúcia. — Eu sei que você tá aqui sua vagabunda, é melhor você sair logo de onde está escondida! Cida sen
O céu já havia escurecido e Beto já havia bebido o suficiente para se sentir ligeiramente tonto. Leo parecia estar numa situação ligeiramente melhor que a dele, mas seus olhos já estavam menores e seu rosto corado, indicando que o álcool estava começando a fazer efeito. — Porra, Léo! — murmurou Betto irritado — como diabos uma mulher consegue fuder tanto com a tua cabeça? — Sei lá, irmão — resmungou o homem com a fala ligeiramente mais lenta — muié tem essi dom de mexer cum nois. Elas tem um negócio nelas que bagunça nossa cabeça e deixa a gente tudo abestalhado. Léo olhou para Beto por um tempo e então perguntou: —Tu gosta dela? Gosta mermo dela? Beto pensou por um tempo e então disse com a voz baixa. — Gosto. Pior que eu gosto pra caralho. — Ele virou mais uma dose e fez sinal para o garçom lhe servir mais — Tem alguma coisa que faz ela ficar presa na minha cabeça dia e noite. — Intão tu tem que falar issu pra ela — Léo tomou sua dose e pediu mais uma. — Eu falei, mas
A pele macia e quente dela se aquecia diante do toque de Beto e ele podia sentir os pelos arrepiados sob seus dedos. Cida era sua, ela era perfeita para ele e, por um momento, acreditou que jamais a teria nos braços de novo, mas ali estava ela, pronta para se entregar para ele mais uma vez. Não disse mais nada, acatando o pedido dela pelo silêncio, não sabia porque isso agora, mas tinha medo de contrariá-la e ela resolver ir embora, resolver que não vai dar a ele essa chance. Precisava daquela noite para mostrar para Cida que ela só a ela que ele desejava.Beto puxou a calcinha dela com pressa, jogando-a de lado e invertendo as posições, colocando a moça na cama enquanto, com sede e desejo, deslizava a língua pela parte interna da coxa dela, sentindo o calor de sua pele até chegar em sua boceta, onde esqueceu todo e qualquer problema que tivessem tito, sugando com desejo e tesão. No fundo, bem no fundo, ele sentia que algo não estava certo, que as coisas não deveriam ser daquele jei