70

Nem é o sonho que me acorda. São as lágrimas. Corro para o banheiro e me olho no espelho. Estou branco. Olhos arregalados. Um suor frio desce pelo meu corpo. Mais lágrimas rolam. Acho que chorei hoje o que não chorava em anos. Lembrando-me do que fiz mais cedo, acho que mais lágrimas rolarão.

— Eric. — minha voz sai menor que um sussurro. Sinto um nó na garganta que me impede de respirar.

Jogo água no rosto, mas logo ponho a cabeça toda embaixo da torneira. Fico uns bons dois minutos com o jato de água na nuca e entre os cabelos.

Quando me seco e volto para o quarto, sinto-me indigno de me deitar ao lado do anjo na minha cama. Eu não a mereço. Eu menti pra ela. Eu a traí. Eu sou um canalha. Um grande canalha.

Preciso de uma bebida.

Vou para a cozinha e direto para a adega.

— Olá amigo. Você e eu teremos uma conversinha. — digo para uma garrafa de Bourbon.

Volto para a cozinha e pego um copo no armário. Meia hora depois, metade da garrafa já se foi. Minha vista já está um caos. E eu te
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