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Quarentena. Nunca tinha visto um estado desses de verdade. Mas é exatamente onde Ellen me coloca. Setembro vem e se vai e eu estou em quarentena. Quinze dias sem nenhuma comunicação com exceção de uma única mensagem "ME DÊ UM TEMPO" no dia em que ela saiu da minha casa com lágrimas nos olhos por causa da minha idiotice. Mais quinze dias sem comunicação pessoal apenas ligações durante o dia ou chamadas de vídeo de dois minutos antes de dormir. É assim que eu passo o último mês. Em resumo, o pior mês que eu já tive em muito tempo.

Os dias no calendário parecem ter sido duplicados. Vinte e quatro parecem quarenta e oito horas. Uma semana parece um mês. Um mês parece um ano. Cria-se uma rotina para mim. Ir e vir da Universidade. Ir e vir da clínica. Nada durante a noite além de uns goles de álcool. Apesar de eu ter passado cinco anos sem companhia, minha casa nunca pareceu tão vazia. Talvez porque eu nunca tenha passado tanto tempo em casa. Eu normalmente chegava da clínica e ia para a “c
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