— Filho da puta. — digo com os dentes cerrados — Você poderia ter morrido.— O intuito real não é ganhar. As pessoas lá gostam de ver os outros sofrerem. Gostam de ver gente sendo morta, como até aconteceu na luta antes de mim. Um cara matou o outro de pancada.— É meio difícil de acreditar que você tenha passado por isso. Você não merece.— Eu achei que seria só uma luta. Se eu ganhasse, pagaria a dívida e pronto estaria livre, mas não foi isso que aconteceu. Minha primeira luta foi muito boa. Meus golpes de Taekwondo me serviram bem nessa hora, se não fosse por eles eu provavelmente estaria morta agora. As pessoas gostaram e o Logan não quis me liberar. Ele disse que perdeu dinheiro porque apostou contra mim, mas como eu havia ganhado de forma tão excepcional, eu seria sua mina de ouro. Ele me manteve cativa para que eu pudesse lutar pra ele e eu tinha que fazer isso ou acabaria morrendo, ou na arena ou pelas mãos dele se eu não obedecesse.Minha ira se acende. Acho que dá pra ver a
— Ellen... — sua proximidade está me matando. Fecho os olhos bem apertados e fico assim por um tempo. Quando os abro, ela está olhando pra mim com o lábio inferior preso entre os dentes. A visão mais sexy que eu já tive. Ela não é vulgar e nem ao mesmo sabe o efeito que tem em mim. E agora mesmo eu estou mais do que louco por ela.— Nick... — ela umedece os lábios com a língua — Certas promessas foram feitas na hora em que você foi embora do quarto na Casa da Rachel. Eu acho que está na hora de cumpri-las.— Você não me deve nada Ellen. De verdade. — ela ainda deve achar que eu estou fazendo isso por ela porque eu quero receber pelo que eu paguei á Rachel. Oh garota não se trata mais de sexo. Você não percebeu?— Eu sei. Mas eu não estou falando de você.— O quê? Como assim? — quanto tempo mais eu posso resistir a sua proximidade? Ela não tem o cheiro parecido com o de nenhuma mulher que eu já conheci. Seu cheiro é próprio e não de perfumes caros ou sabonetes de marca. É o cheiro de E
— O quê? — ela pergunta ofegante se apoiando nos cotovelos para olhar para mim — Não. Você sabe que eu sou virgem.— Mas um oral não tiraria a sua virgindade. Você nunca fez isso com algum namorado?— Não Nick... — seus olhos estão escuros e libidinosos — Eu nunca fiz nada parecido com isso. — sua resposta me agrada muito e vejo que ela está ficando impaciente. Vamos jogar Ellen.— Então nunca teve um orgasmo? — sei que meu sorriso surge de forma diabólica.— Não um dado por outra pessoa. — ela diz completamente corada.— Então quer dizer que você se masturba? Garotinha travessa.— Só no último mês. Eu tive pensamentos meio impuros com um certo homem. Foi difícil me controlar.— E esse certo homem sou eu?— Quem mais seria?Ora minha doce Ellen, o desejo é mutuo. Eu também fiz isso várias vezes pensando em você.— Bom, então me deixe te mostrar como é um orgasmo de verdade.Dessa vez ataco seu núcleo com fome total. Suas dobras estão encharcadas com o seu desejo e eu me delicio passan
— Não estou mentindo Ellen, não tenho porque mentir e além do mais, não concordamos que honestidade seria um ponto forte na nossa relação?Ela se aquieta por um instante e então sorri. — Sim, combinamos.— Ótimo. Você não quer ir tomar banho comigo?— Eu vou depois. Não quero te atrasar mais do que você já está atrasado e, além disso, eu não acho que possa me levantar agora.Eu sorrio. Sorrio ainda mais quando me levanto e vejo uma grande mancha vermelha na cama embaixo dela. A prova do crime. Inclino-me sobre ela e a beijo de forma molhada e lenta. Então vou tomar banho.Saio do banho com uma toalha enrolada na cintura e vejo que Ellen já não está na cama. O lençol manchado de sangue também não está no quarto. Nossas roupas antes espalhadas nos chão estão agora dobradas em cima do colchão. Entro no closet para procurar por uma roupa.Desço e encontro Ellen na cozinha comendo um sanduíche. No prato ao lado tem outro que eu imagino, seja para mim.— Você está muito bonito. — ela diz co
Ela se aproxima de mim como uma leoa encurralando uma presa. Passos, ao mesmo tempo, cuidadosos e ameaçadores. Seu olhar não mudou nem um pouco. Continua sedutor por fora com uma pontada de doçura. Ou pelo menos foi assim que eu sempre vi. Ada era perfeita na arte de seduzir alguém e nesse momento eu tenho certeza que é exatamente o que ela quer fazer comigo. A expressão do seu rosto, o jeito como ela caminha, como lambe os lábios a poucos centímetros de mim.Ela fica em pé bem na minha frente e me olha desde a ponta do meu sapato até o topo do meu cabelo.— Você não mudou nada, querido. — ela pega minha gravata nas mãos e a gira nos dedos — Bela gravata. Você continua o mesmo gostoso que sempre foi.A minha voz parece estar perdida em algum lugar dentro da minha garganta e por mais que eu queira falar um monte de coisas para essa mulher, tudo o que eu consigo dizer é — Porque está aqui?— Eu falei com o Julian em Nova Iorque e ele me disse que você continuava aqui. Pedi pra ele te li
— Eu me arrependo porque não sou assim. Não sou o tipo de pessoa que erra e lida bem com isso. Eu não sou um monstro a ponto de não saber que o que eu fiz foi extremamente errado. E sim, você me deixa nervoso, mas não é do jeito que você pensa. Eu estou refazendo a minha vida, na verdade já refiz. A minha vida não tem mais nada a ver com você. Eu tenho a mulher que eu quero e quando eu quero.— Acha que eu não conheço você? Você pode dar uma de machão saindo por aí com tudo quanto é mulher querendo mostrar a todos que você não se envolve, que não sente nada, mas eu sei o por que de você fazer isso. É porque no fundo você sabe que nunca mais amará ninguém do jeito que você me amou, e talvez ainda ame.— Você tem razão Ada. Eu amei você, demais até. Mas agora, — digo com total desprezo — tudo o que eu sinto por você é nojo.— Você nunca encontrará uma mulher como eu. — ela diz com petulância.— Eu rezo por isso. E, além disso, não estou procurando por nenhuma mulher.— Você acha mesmo q
O cara dirige como uma tartaruga e para em todos os sinais, até os amarelos. Vou o caminho inteiro reclamando com ele, mas ele não fala nada. Quando chegamos perto da minha rua, ele começa a andar ainda mais devagar.— Qual a sua casa, senhor?— Eu nem deveria te pagar... — soluço — Acho que uma formiga passou da gente no caminho. — soluço novamente.— Desculpe, senhor, mas eu dirijo com segurança.— Deixe-me aqui... mesmo, eu vou a... a pé.— Eu levo o senhor.— Não. — porra de soluço — Não quero que vo-você veja a minha casa.— Tudo bem, senhor. — ele para o carro com a cara feia. Ele está irritado? — São cinquenta e dois dólares.Desço do carro e me escoro na porta. Tiro um dinheiro da carteira, dou a ele e ele some na pista.— Boa noite pra você também. — grito para ele de longe quando ele não se despede.Vou andando para a minha casa sentindo a brisa do mar nos meus cabelos. Não me lembro de ter tantos postes na rua da minha casa. Também não me lembro do meu vizinho ter dois cach
— Imbecil. Imbecil. Imbecil. — repito para mim mesmo em voz alta.Sento-me na cama com a cabeça entre as mãos. Eu estraguei tudo. Onde eu estava com a cabeça para tratar a Ellen daquele jeito? Ela já foi embora uma vez, dessa vez eu não vou voltar a vê-la. Ah, inferno! Você é um idiota Nicholas, um completo idiota. Não posso ligar para ela porque ela não tem celular. Não sei nem por onde começar a procurar por ela. Mesmo que eu usasse todas as letras do alfabeto para descrever o quão idiota eu sou, não seria suficiente.Vou até o espelho e me encaro por um longo momento. Um homem que fez uma burrada enorme. É isso que eu vejo diante dele.— Sabe o que você é, Nicholas? Um grande asno. — faço uma careta para mim mesmo no espelho e dou um soco, o estilhaçando por completo. — Porra. — sangue jorra dos meus dedos.Corro para o banheiro e lavo a mão sangrando por bastante tempo embaixo da torneira. Olho ao redor e vejo uma calcinha jogada no chão perto do cesto de roupas. No canto ao lado