Val— É bom que não esteja mesmo, porque eu só tenho olhos para você, minha pequena feiticeira! — ralha, roubando um beijo meu. Mordo meu lábio inferior e ele beija meu pescoço, me puxando de volta para o seu abraço. Sorrio com a sua declaração e envolvo seu pescoço com meus braços, acariciando a sua nuca e torno a beijá-lo.— Eu te amo, Bel, muito mesmo! — declaro. — Você não tem ideia de como é importante para mim. — Ele volta a me beijar.— Também te amo muito, muito, muito, meu amor! — Recebo mais um beijo seu, todavia, esse é cheio de sensualidade, quente e possessivo em simultâneo. Bel inclina o seu corpo junto ao meu, me fazendo deitar-me na cama com cuidado e começa uma sucessão de carícias maliciosas que eu adoro. Logo estou entregue a um sexo intenso e arrebatador.*** — Então, vocês conversaram? — pergunto para Sil, a caminho do aeroporto. Com um sorriso pequeno demais, ela assente olhando o lado de fora através da janela. Seu olhar triste agora repousa em mim.— Acabou, V
Val Alberto me abre um lindo sorriso e seus olhos castanhos escuros estão brilham lindamente. O beijo interrompido, me deixou quente por dentro, pulsante e desejosa.— O que é tudo isso? — pergunto, ouvindo o som rouco em minha voz. Ele abre os braços, mostrando-me todo o conjunto arrumado para um encontro romântico.— Isso tudo é para você! — Ele sussurra. Seu hálito quente me faz arrepiar no mesmo instante. — Lembra dessa música? — Ele me pergunta ao pé do meu ouvido.— Sim.— Ela é oficialmente a nossa música. Foi com ela que te beijei pela primeira vez com emoção e com desejo. Naquela noite eu já te queria para mim.— Naquela noite, — sibilo trêmula de emoção. — Eu fiquei muito confusa, me senti perdida no meio a tantas emoções que eu pensava que não ser merecedora - confesso.— Dança comigo? — pede baixinho, tão perto.— Sim.Bel me estendendo a sua mão e eu a seguro com satisfação, dando graças aos céus porque posso respirar de novo. Porque sim, Alberto tem o poder de roubar a
Val— Meu pai mandou fazer especialmente para minha mãe. Ela amava tudo isso aqui e cuidava com muito zelo, e carinho de cada flor. Passava horas enfiada dentro desse jardim mexendo na terra, cuidando, e conversando com cada planta. — É a casa de praia dos pais de Alberto. Constato.Durante esses anos trabalhando como sua assistente, Alberto sempre me pedia para organizar a sua chegada de algumas viagens, ou alguma comemoração nos finais de semana nesse local. Eu nuca pus os meus pés aqui realmente, tudo era sempre resolvido com alguns telefonemas.— Vem, amor. Vamos entrar, está ficando frio aqui fora.— Contornamos o jardim e subimos os três degraus na entrada da casa. Bel abre a porta e logo entramos em um ambiente quente e aconchegante. A sala é grande, com móveis rústicos, mas de modo elegante. Uma escada de madeira branca, quase em formato de um C nos leva ao segundo andar e mais a frente, tem uma cozinha acoplada e muito bem equipada. — Vou pegar as nossas bagagens — avisa, sain
Val— Se continuar desse jeito não terminaremos o nosso almoço nunca — resmungo com fingida irritação, mas, ele me abraça por trás e torna a me beijar na boca.— Esse almoço ficará delicioso! Nunca fiz um prato com tanto amor e dedicação! — A frase de duplo sentido me faz sorrir. Contudo, conseguimos. Uma hora depois e o almoço está pronto. Bel prepara um suco de laranja, enquanto arrumo a mesa. E após o almoço nos sentamos na varando e ficamos quietinhos e abraçados olhando para o mar.— Esse lugar transmite muita paz — digo, quebrando o nosso silêncio.— Amo esse lugar, Val! Apesar de que meus últimos dias aqui foram terríveis, mas tenho muitas boas lembranças dos meus pais, da infância e adolescência.— Tenho inveja de vocês, sabia? Queria muito ter vivido tudo isso.— E você vai, todavia fora da idade. — Ele promete e beija rapidamente o meu rosto.— Como assim? — Fito os seus olhos.— Espere Valter Drummond Village nascer. — Olho para Bel abismada. — O quê? — questiona com humor.
AlbertoPensei que a notícia iria chocá-la de uma maneira diferente, abalando o seu emocional, mas ao que parece, as dores e as cicatrizes do passado são maiores que qualquer sentimento de pena ou piedade que se possa ter. Val sentiu-se culpada por se sentir aliviada com a morte de Joana e parecia confusa com os seus sentimentos. Em apoio, a abracei e a beijei com calma. Olhei em seus olhos, pois queria que sentisse firmeza em minhas palavras.— Não precisa se sentir culpada, Valquíria. Sinta-se vingada. A destruição da sua família foi compensada com a punição de Joana — falo baixo e ela mexe a cabeça positivamente. — Ainda quer ir para a empresa? — Ela força um sorriso.— Quero.— Ótimo!Levo um barco ao seu ombro e ela abraça a minha cintura, então vamos para o carro.Sei que o certo seria deixá-la em casa, mas o fato de tê-la perto de mim e de manter a sua mente ocupada, me deixará despreocupado. Contudo, a minha concentração é quase nada. Saber que ela está do outro lado daquela po
Alberto Meu amigo parece satisfeito, pois o seu sorriso se amplia ainda mais.— Uau, isso é sério?— É o meu melhor amigo, um amigo de todas as horas. Então sim, isso é sério!— É claro que eu aceito! — diz, me puxando para um abraço. — Vanessa vai adorar saber disso!Vanessa é a esposa de Pedro, eles se conheceram na faculdade e se casaram antes mesmo de se formar. Ela era a garota mais espevitada do grupo e posso afirmar que é uma versão morena de Amanda Albuquerque. Olho o relógio em meu pulso e me assusto com a hora.— Tenho que ir, meu amigo. Já está bem tarde e a mãe do meu filho está me esperando.— Também tenho que ir. Deixei Vanessa sozinha cuidando da nossa princesinha.— Como está a Camila? — pergunto, me levantando e deixo o dinheiro no balcão.— Crescendo, esperta e linda como sempre.— Não vejo a hora de pegar o meu pequeno em meus braços também.— Já sabem o sexo do bebê?— Ainda não. No entanto, tenho certeza de que é um garoto.— Hum! Sexto sentido? — Dou de ombros ou
Alberto— Claro senhor!— Obrigado! — Ligo o carro e dirijo para minha casa.Procuro Val nos cômodos da casa, Alzira aparece na sala e me beijando rosto e me tranquiliza.— Ela está no quarto que será do bebê. — Assinto e me dirijo as escadas. — Alberto? — Alzira me chama e eu volto meu olhar para ela. — Está acontecendo alguma coisa?— Não, por quê?— Você parece nervoso.— Não Alzira, eu estou bem! — Ela concorda, mas não parece convencida.Abro um pouco o quarto de hóspedes e encontro a minha noiva de pé, em frente a janela. Seus olhos estão fechados e um sorriso lindo enfeita o seu rosto. Ela acaricia a barriga ainda plana. É como se ela se comunicasse com o nosso bebê sem dizer uma palavra. Essa visão me acalma, dissipa todas as minhas preocupações e me faz sorri. Ela não fala muito sobre a gravidez, mas sei que está tão ansiosa quanto eu. Amanhã teremos a primeira consulta com o obstetra e consequente a primeiro ultrassom. Estou nervoso, ansioso, louco para ver o nosso bebê.— Be
ValAlgumas semanas depois…E saber que aos quinze anos desacreditei de tudo. Para mim não existia mais príncipes encantados, montados em seus cavalos brancos, ou fadas madrinhas que realizavam os desejos da pobre garota romântica e sonhadora, nem mesmo bailes, onde a humilde e bela garota se tornaria a mais belas das princesas. Simplesmente desacreditei do amor puro e sublime, da felicidade plena e passei a acreditar que a vida era um parque de horrores, escuro e cheio de medo. Meu Deus, como pude me tornar tão incrédula assim? Como pude aceitar de bom grado a maldade das pessoas e do mundo e me esqueci de sonhar?Este é o meu conto de fadas, onde o meu príncipe encantado não veio montado em um cavalo branco, mas ele é totalmente apaixonado por mim e eu tenho não só uma e sim, muitas fadas madrinhas dispostas a realizar os meus maiores desejos.— Olha esse Val. Ele é lindo e combina perfeitamente com a sua estatura. — Gisele, a mãe de Amanda diz me tirando dos meus pensamentos. Ela põ