Vou fazer o que for preciso

Felipe

Estou sentado na poltrona do meu apartamento, o silêncio ao meu redor só amplifica o barulho da minha mente. Tudo o que vivi nos últimos dias com Beatriz se repete como um filme que não posso pausar. Cada palavra, cada expressão no rosto dela, cada emoção que transbordou. Sinto-me puxado em direções opostas, o amor que ainda sinto por ela e a angústia de tudo que perdi com a nossa filha, Giulia.

Giulia. Só o nome dela já mexe comigo de um jeito que não consigo descrever. Penso em como deve ter sido o dia em que nasceu. Será que ela chorou muito? E as vacinas? Beatriz estava sozinha com ela? Quem segurou sua mão quando ela deu os primeiros passos? Qual foi a primeira palavra que falou? Será que era algo simples como “mamãe”? Ou talvez...

Meus punhos se cerram com força, e percebo que estou respirando fundo para tentar controlar a tempestade dentro de mim. A verdade é que essas perguntas não têm resposta. Não para mim. Não estava lá. Perdi tudo. Cada momento pequeno, mas importan
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