Entendendo

Rafael

Priscila respira fundo, tentando controlar o tremor que tomou conta de seu corpo. Ela olha para mim com os olhos pesados, marcados pela dor de anos de abuso e humilhação, e eu só consigo sentir a raiva queimando dentro de mim. Eu conhecia Ramiro há muito tempo, sabia que ele era um homem duro, mas não fazia ideia do inferno que ele fazia a própria filha passar.

— Rafael… — Ela começa, a voz baixa, quase um sussurro, como se tivesse medo de que o pai pudesse escutá-la, mesmo aqui, longe dele. — Desde que me lembro, eu nunca fui filha. Sempre fui… empregada.

Eu continuo em silêncio, ouvindo, deixando que ela despeje tudo de uma vez.

— Eu sou tratada com xingamentos e porrada. Não importa o que eu faça, nunca está bom pra ele. trabalho tanto quanto ele, tenho que fazer toda a faxina da casa sozinha e ele faz questão de procurar alguma imperfeição para me surrar.

Uma vez desmaiei de tanto apanhar porque um vidro estava embaçado… Ele sempre arranja algo para me humilhar. E quando n
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