O passado de Pierre? Olhei para Adrian, curiosamente, esperando que ele dissesse alguma coisa. Qualquer coisa. Eu estaria mentindo se dissesse que não estava curiosa sobre o passado de Pierre. Eu queria saber.— E? — Eu solicitei quando ele se recusou a dizer qualquer coisa. Entramos no carro e Adrian começou a dirigir enquanto eu esperava por respostas. Adrian me lançou um olhar irritado por causa da minha insistência.— Eu não posso te dizer, Jenny. Pierre me mataria se soubesse.Eu balancei a cabeça. Nós dirigimos em silêncio até que o Adrian falou novamente.— Então... Você conhece o Dylan, certo?Eu levantei minhas sobrancelhas.— Sim, ele trabalha em frente ao meu café. O que tem ele?— Ele é gay. — Afirmou Adrian.— Eu sei. — Eu respondi rapidamente, não sabendo aonde isso ia.— E... — Adrian parou antes de continuar. — Ele me chamou para sair. — Ele completou baixinho.— O que?Adrian respirou fundo antes de repetir a frase. Mais alto dessa vez.— Ele me chamou para sair.Minh
Virei-me e sorri para ele, balançando a cabeça. Quando eu estava caminhando para fora uma imagem chamou a atenção. Ela estava caída por trás da pequena mesa, parecendo velha e desbotada.Olhei para a foto na minha mão, a menina era linda. Ela tinha longos cabelos negros, olhos brilhantes e um sorriso despreocupado. Ela não parecia ter mais do que dezesseis anos.— Quem é? — Perguntei a Adrian, agitando a foto para ele.Adrian franziu a testa, pegando a foto de mim.— Onde você encontrou isso?— Perto da mesa. — Eu apontei para o local e Adrian olhou para mim.— Por que você a pegou? — Olhei para ele im surpresa. Ele estava louco? Comigo? Por quê? — Ela não é ninguém importante. Vamos.— Adrian... — Eu comecei a dizer, mas ele me cortou.— Deixe isso pra lá.Realização ocorreu-me. Era isso. O passado de Pierre. Era esta menina. Olhei para Adrian com os olhos arregalados.— É ela, não é?— O quê? — Adrian perguntou, fingindo que não me ouviu. Eu sabia que ele estava tentando esconder al
Insônia? Olhei para Pierre em estado de choque, engolindo. Eu fiquei sem palavras. O que você fala quando alguém lhe diz que tem insônia? Rir dele não era realmente uma opção, nem perguntar se ele estava bem, eu acho.— Uh... — Gaguejei. — Eu preciso ir.Sem esperar por ele para responder, eu fugi para o quarto. Fui covarde, eu sei disso, mas eu não seria capaz de dizer qualquer coisa. E eu era uma especialista em fugir.A primeira coisa que fiz quando cheguei ao meu foi pegar o meu laptop e digitar insônia na caixa de busca.“Insônia é um distúrbio do sono em que há uma incapacidade de adormecer ou permanecer dormindo por um longo tempo. Enquanto o termo é por vezes usado para descrever um distúrbio demonstrado por provas polissonográficas de sono perturbado, este distúrbio do sono é muitas vezes praticamente definida como uma resposta positiva...”— Você poderia ter apenas me pedido para lhe dizer o que é insônia.Eu pulei quando ouvi a voz de Pierre trás de mim.Virei-me com a minh
Uma pequena risada escapou dos meus lábios. — Eu não posso acreditar que você acabou de dizer isso.— Bem, eu disse. — Pierre sorriu, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, seus lábios desceram e encontraram os meus. Instantaneamente, minhas mãos encontraram o caminho para o seu cabelo incrivelmente macio, puxando e puxando para mais perto de mim.Eu gemi quando sua língua encontrou a minha, me dominando. Eu não era uma pessoa facilmente dominada, mas, de alguma forma, com o Pierre eu gostava de perder o controle. Ele me fazia querer perder o controle. Ele me fazia querê-lo como eu nunca quis ninguém na minha vida.— Oh... Pierre. — Eu disse quando seus lábios desceram para o meu pescoço, me fazendo arquear as costas, querendo que ele me levasse completamente.Ele mordiscou meu pescoço, chupando-o, fazendo-me perder os últimos fios de autocontrole que eu tinha. Minhas mãos trabalharam para desabotoar a sua camisa, e eu espalhei a palma da minha mão em seu peito, sentindo o contorn
Pierre olhou para mim, atordoado.— Você tem certeza?Eu balancei a cabeça. — Eu não posso deixar que nada aconteça a eles, eles são meus pais.Pierre suavemente enxugou as lágrimas e beijou minha testa.— Você está fazendo isso só por causa das ameaças, Jennifer? Não os deixe chegar até você.— Você não vê o que está havendo aqui? — Eu quase gritei com ele. — Eu não quero me tornar uma herdeira estúpida só porque eu nasci deles. Eu não quero o maldito dinheiro! Mas eles são donos de uma das maiores empresas da Inglaterra e Frederich foi nomeado lord! Se ele diz que vai destruir meus pais, ele vai fazer!Até o final do meu discurso, eu estava exausta e soluçando. Pierre não disse nada, puxando-me em seus braços e deixando-me chorar. Mais. De repente, ele se levantou comigo ainda em seus braços. Colocou-me no chão, minhas mãos instantaneamente chegando a tocar seus braços porque eu senti meus pés instáveis.— Vá se limpar, nós vamos sair.Eu fiz uma careta.— Para onde?Pierre me deu um
Pierre se virou para mim com um pequeno sorriso, os olhos brilhando. — Você.Minha respiração engatou. Meu coração parecia que estava pronto para saltar para fora da minha caixa torácica. Eu sorri, e eu sabia que provavelmente parecia a pessoa mais pateta na cidade. Os olhos de Pierre se iluminaram e ele sorriu para mim. Não um de seus sorrisos infames ou o seu "eu tenho um segredo". Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, porém, o telefone de Pierre tocou e ele virou a atenção para ele.— Adrian. — Ele cumprimentou. — Sim, ela está comigo.... Estamos no caminho para o escritório do papai... O quê?... Tudo bem... Sim... Você quer que eu diga a ela?... É melhor Adrian.Mesmo que eu não tivesse ouvido toda a conversa, eu reconheci o tom frustrado de Pierre no final. Nós não estávamos indo ver Adrian. Ele estava ocupado novamente. Peguei meu telefone e quando estava prestes a ligar para Adrian, Pierre falou.— Jennifer. — Sua voz era suave, como se estivesse falando com um animal encu
As pessoas que parecem mais fortes são geralmente as mais quebradas. Eu sabia como era difícil perder alguém que você ama. Quando olhei para o rosto de Pierre, meu coração quebrou. Pierre segurou minha mão bem forte, lágrimas escorrendo seu rosto.Eu queria quebrar. Mas eu sabia que eu não podia. Eu tinha que ser forte por nós dois. Eu só segurei sua mão em silêncio, oferecendo o consolo e o conforto de saber que alguém estava com ele.Quando estamos em busca de conforto, a maioria de nós não procura alguém para nos perguntar o que está errado. Nós não queremos simpatia, não queremos piedade, não queremos pesar. Nós não queremos aquele constante "você está bem?" e o mais importante é que nós não queremos alguém para nos dar uma falsa segurança. Procuramos conforto em um simples contato físico. Nós só queremos a garantia de que nós temos alguém para nos apoiar e não alguém que vai nos questionar e julgar a cada movimento.E agora eu sabia que era exatamente isso o que Pierre queria. Eu
Pierre se afastou de mim. Tirou o telefone e ligou para alguém. Eu olhava com curiosidade. O que ele estava fazendo agora?— Danny. Pierre Lawrence... Há um bilhete em nome de Jennifer Kingsley para o seu voo à noite?... Ah... Sim... Não... Anule isso... Bom.— O que? Não! — Eu quase gritei quando Pierre olhou para mim com seu sorriso infame.— Voo cancelado. Agora você não pode ir.Eu olhei para ele. — Você não pode simplesmente fazer isso!Pierre levantou as sobrancelhas. — Bem, cara. Eu apenas fiz.De repente eu queria fazer algo completamente infantil. Eu queria mostrar minha língua para ele. Então eu fiz. Mas a reação dele me surpreendeu.Ele se inclinou e pegou a minha língua com os lábios. Um gemido escapou dos meus lábios quando ele me puxou para frente e me beijou. E apenas três palavras passaram pela minha cabeça. Enfeitiçada. Afrodisíaco. Pierre.De alguma forma a sua confissão este beijo foi muito melhor do que os anteriores. Eu podia sentir meus dedos do pé se enrolando c