No dia seguinte, Roman acordou cedo, com a ausência de seu avô, suas responsabilidades triplicaram então, o dia começava muito mais cedo para ele. Quando desceu as escadas, já vestido em seu terno cinza e com a gravata bem posicionada, ele encontrou a mesa do café posta e duas empregadas paradas uma em cada extremo da casa esperando por qualquer ordem que viesse dele. Certamente preferia tomar seu café longe dos olhares curiosos da criadagem da casa mas haviam formalidades que ele foi ensinado a manter, os cafés a mesa era uma delas, mesmo que estivesse sozinho. “Quem sabe eu não esteja tão sozinho em breve…”, ele pensou, suspirando levemente e se sentando, se servindo de café puro e pegando uma torrada. Enquanto bebia um gole do café, tirou seu celular do bolso, desbloqueou a tela e decidiu navegar um pouco por seu twitter, não costumava ser muito ativo nas redes sociais, mas vez ou outra tentava passar o tempo vagando pelo aplicativo azul e esquecendo de suas obrigações afinal, t
— O que deu nele? — ela se perguntou, unindo as sobrancelhas ao ler a mensagem, afinal, ele parecia… irritado?Por um momento, ela o imaginou enciumado, mas logo empurrou esse pensamento para longe, afinal, não fazia sentido que ele sentisse ciúmes dela, já que os sentimentos que ela sentia sempre foram platônicos. Ao menos era o que a ruiva pensa.a A mensagem seguinte era um pouco mais afoita:“Não vai me responder? Estou começando a ficar preocupado!”Mais uma vez, as sobrancelhas dela se uniram e Selena sentiu o coração levemente acelerado, ele estava mesmo preocupado? “Ele está mesmo preocupado comigo?”, ela se perguntou. “Se não der sinal até amanhã pela manhã, vou invadir essa porra de mansão!” A última mensagem havia sido enviada segundos depois da penúltima e a fez rir, ele realmente parecia irritado e preocupado, o que chegou a deixá-la feliz. Aproveitando-se da ausência de Roman e também da descoberta de novas informações, Sel digitou uma mensagem rápida e se levantou d
Longe dos subúrbios, numa cobertura num dos melhores bairros da cidade, Roman se sentava no sofá com um copo de whisky em mãos. Sua expressão era séria e seus olhos negros estavam grudados na grande janela que ia do chão ao teto, dando visão para os belos arranha-ceus ilçuminados pelas luzes noturnas. Ele não estava de bom humor, na verdade ainda estava muito relutante quanto a sua presença ali, mas precisava dar um ponto final naquela história, e que ponto final melhor que uma boa despedida? Certo que, provavelmente aquilo não facilitaria a vida da pessoa de quem estava se despedindo, mas não era como se ele se importasse de fato com isso. “Carina sempre estará aqui… Sempre, não importa o que aconteça”, ele suspirou, bebendo um grande gole do liquido em seu copo. Talvez essa disposição quase devocional que tornasse as coisas entediantes para ele. Claro, era bom saber que havia alguém pronto para satisfazer todos os seus desejos, até os mais sujos, mas não se comparava ao inalcanç
Não importava o quão miserável Roman fosse, sempre que ele a tocava, ela se via completa e totalmente rendida, totalmente entregue a ele para o que quer que fosse. — Eu estava… Eu estava desesperada — ela respondeu, num tom arfante, movendo o quadril sobre ele, sentindo a pressão do volume que se formava na calça de Roman entre suas pernas. — Achei que perderia você…— Achou que iria me perder? — ele perguntou, erguendo, pela primeira vez, os olhos para ela, com uma das sobrancelhas arqueadas. Seus olhos eram como uma imensidão vazia e gelada, mas ela quase se esqueceu disso quando Roman ergueu o quadril, pressionando seu pau, ainda dentro da calça, contra a boceta dela, fazendo-a gemer de forma manhosa e baixa, sufocada, queimando de desejo. Carina tentou, por apenas um segundo, soltar seus braços para emaranhar os dedos nos cabelos negros e macios dele, mas o aperto de Roman se intensificou, fazendo seus pulsos doerem. Mas aquela dor não era nada se comparada ao desejo que
— Gosta do que vê, Selena?— Gosta do que vê, Selena? a pergunta de Anthony fez Sel ofegar e fechar os olhos por um breve momento, no entanto, não se deixou levar pela provocação dele. — Gosta do que vê, Selena?Eu não estava brincando quando mandei aquela mensagem. Anthony estava, de fato, falando sério. A insegurança o havia corroído durante toda a noite e agora que ela estava ali não esperaria para fazê-la sua, para mostrar a ela o que realmente sentia e como a desejava. Ao menos aquele era seu plano. Os olhos da ruiva se fixaram no homem a sua frente e ela uniu as sobrancelhas, cruzados os braços enquanto inflava o peito desacreditada do que estava ouvindo e vendo. — Eu até entendo que você goste de brincar mandando aquelas mensagens… — ela começou, com uma expressão de irritação. — Mas acho que ficar falando essas coisas para mim já é passar dos limites. Sempre gostou de brincar com os corações das mulheres, não é, Anthony?O moreno uniu as sobrancelhas, cruzando os braços sob
— Eu achei o quarto da sua mãe na mansão, dei uma procurada nele e encontrei essas cartas, parece que nossas mães eram amigas, acredita? — enquanto falava Sel apontava para o nome de sua própria mãe na carta. — Aqui sua mãe estava falando algo sobre seu avô e como ele queria casá-la com um homem rico. Ela também disse algo sobre os negócios ficarem nas mãos dela sua mãe era a única herdeira? Anthony uniu as sobrancelhas por um momento, pensando um pouco. — Bem, pelo que eu saiba, ela era filha única, tinha primos, é claro, mas era a única herdeira direta — ele respondeu, lendo a carta com atenção. — É, parece que seu avô não estava muito contente com isso… — Sel comentou, pensando um pouco antes de continuar. — Mas por que? — Eu nunca me envolvi muito com a distribuição da empresa, quando meu pai morreu, precisei ir morar com meu avô e só então passei a fazer parte de toda essa palhaçada. Tudo o que eu ouvi é que era tradição dos Campbell deixar o comando das empresas nas mãos da
Quando Roman deixou Carina , ele seguiu direto para a mansão Campbell , afinal, como seu avô não estava, não haveria melhor oportunidade para se aproximar de Selena, nem momento melhor para ter um tempo sozinho com ela. Seu caminho até a mansão foi rápido ele dirigia com pressa e cortava os sinais, não queria ficar fora de casa mais que o necessário e principalmente quando se tratava de Carina , ele ainda não sabia do que ela era capaz, nem o que ela poderia planejar para tentar voltar para sua vida. Mas ao menos tinha certeza de que Carina estaria sob controle pelos próximos dias pelo menos. Quando estacionou o carro na frente da mansão, Roman foi recebido pelo mordomo que, pegando seu casaco, o acompanhou para dentro, relatando a ele as notícias que seu avô havia mandado. Henry estava fazendo uma boa viagem e, novamente, frisou que Roman deveria se aproximar de Sel o mais breve possível para que as coisas corressem como deveria. — E onde ela está? — ele perguntou, assim que pis
Claro, se afastar de Anthony não era algo que desejava, mas tinha problemas maiores e não podia se dar ao luxo de ceder a seus caprichos, não agora. Por isso, ela saiu sem olhar para trás, deixando Anthony e saindo do prédio com rapidez, seguindo para a estrada e sinaSel ndo para o primeiro táxi que passou por ela. O caminho até a mansão foi longo, o trânsito estava horrível, então, o que seria uma viagem de quarenta minutos se tornou um longo percurso de uma hora e meia. Quando Sel chegou até a mansão, o hall de entrada estava vazio e toda a casa estava silenciosa. Não havia uma alma viva no jardim e todas as luzes estavam apagadas exceto a luz da sala de estar. A ruiva caminhou em direção a sala e quando chegou ao local, encontrou Roman com uma garrafa de vinho na mão e uma taça abandonada ao lado, aparentemente, a taça não servia vinho suficiente para sua vontade de beber, por isso, ele dava goles generosos direto da garrafa. Quando os olhos nublados dele encontraram a figura da