Não importava o quão miserável Roman fosse, sempre que ele a tocava, ela se via completa e totalmente rendida, totalmente entregue a ele para o que quer que fosse. — Eu estava… Eu estava desesperada — ela respondeu, num tom arfante, movendo o quadril sobre ele, sentindo a pressão do volume que se formava na calça de Roman entre suas pernas. — Achei que perderia você…— Achou que iria me perder? — ele perguntou, erguendo, pela primeira vez, os olhos para ela, com uma das sobrancelhas arqueadas. Seus olhos eram como uma imensidão vazia e gelada, mas ela quase se esqueceu disso quando Roman ergueu o quadril, pressionando seu pau, ainda dentro da calça, contra a boceta dela, fazendo-a gemer de forma manhosa e baixa, sufocada, queimando de desejo. Carina tentou, por apenas um segundo, soltar seus braços para emaranhar os dedos nos cabelos negros e macios dele, mas o aperto de Roman se intensificou, fazendo seus pulsos doerem. Mas aquela dor não era nada se comparada ao desejo que
— Gosta do que vê, Selena?— Gosta do que vê, Selena? a pergunta de Anthony fez Sel ofegar e fechar os olhos por um breve momento, no entanto, não se deixou levar pela provocação dele. — Gosta do que vê, Selena?Eu não estava brincando quando mandei aquela mensagem. Anthony estava, de fato, falando sério. A insegurança o havia corroído durante toda a noite e agora que ela estava ali não esperaria para fazê-la sua, para mostrar a ela o que realmente sentia e como a desejava. Ao menos aquele era seu plano. Os olhos da ruiva se fixaram no homem a sua frente e ela uniu as sobrancelhas, cruzados os braços enquanto inflava o peito desacreditada do que estava ouvindo e vendo. — Eu até entendo que você goste de brincar mandando aquelas mensagens… — ela começou, com uma expressão de irritação. — Mas acho que ficar falando essas coisas para mim já é passar dos limites. Sempre gostou de brincar com os corações das mulheres, não é, Anthony?O moreno uniu as sobrancelhas, cruzando os braços sob
— Eu achei o quarto da sua mãe na mansão, dei uma procurada nele e encontrei essas cartas, parece que nossas mães eram amigas, acredita? — enquanto falava Sel apontava para o nome de sua própria mãe na carta. — Aqui sua mãe estava falando algo sobre seu avô e como ele queria casá-la com um homem rico. Ela também disse algo sobre os negócios ficarem nas mãos dela sua mãe era a única herdeira? Anthony uniu as sobrancelhas por um momento, pensando um pouco. — Bem, pelo que eu saiba, ela era filha única, tinha primos, é claro, mas era a única herdeira direta — ele respondeu, lendo a carta com atenção. — É, parece que seu avô não estava muito contente com isso… — Sel comentou, pensando um pouco antes de continuar. — Mas por que? — Eu nunca me envolvi muito com a distribuição da empresa, quando meu pai morreu, precisei ir morar com meu avô e só então passei a fazer parte de toda essa palhaçada. Tudo o que eu ouvi é que era tradição dos Campbell deixar o comando das empresas nas mãos da
Quando Roman deixou Carina , ele seguiu direto para a mansão Campbell , afinal, como seu avô não estava, não haveria melhor oportunidade para se aproximar de Selena, nem momento melhor para ter um tempo sozinho com ela. Seu caminho até a mansão foi rápido ele dirigia com pressa e cortava os sinais, não queria ficar fora de casa mais que o necessário e principalmente quando se tratava de Carina , ele ainda não sabia do que ela era capaz, nem o que ela poderia planejar para tentar voltar para sua vida. Mas ao menos tinha certeza de que Carina estaria sob controle pelos próximos dias pelo menos. Quando estacionou o carro na frente da mansão, Roman foi recebido pelo mordomo que, pegando seu casaco, o acompanhou para dentro, relatando a ele as notícias que seu avô havia mandado. Henry estava fazendo uma boa viagem e, novamente, frisou que Roman deveria se aproximar de Sel o mais breve possível para que as coisas corressem como deveria. — E onde ela está? — ele perguntou, assim que pis
Claro, se afastar de Anthony não era algo que desejava, mas tinha problemas maiores e não podia se dar ao luxo de ceder a seus caprichos, não agora. Por isso, ela saiu sem olhar para trás, deixando Anthony e saindo do prédio com rapidez, seguindo para a estrada e sinaSel ndo para o primeiro táxi que passou por ela. O caminho até a mansão foi longo, o trânsito estava horrível, então, o que seria uma viagem de quarenta minutos se tornou um longo percurso de uma hora e meia. Quando Sel chegou até a mansão, o hall de entrada estava vazio e toda a casa estava silenciosa. Não havia uma alma viva no jardim e todas as luzes estavam apagadas exceto a luz da sala de estar. A ruiva caminhou em direção a sala e quando chegou ao local, encontrou Roman com uma garrafa de vinho na mão e uma taça abandonada ao lado, aparentemente, a taça não servia vinho suficiente para sua vontade de beber, por isso, ele dava goles generosos direto da garrafa. Quando os olhos nublados dele encontraram a figura da
Quando Roman saiu da sala, Sel finalmente voltou a respirar normalmente. Seu coração estava acelerado e o perfume de Roman estava impregnado em seu corpo, isso lhe causava náuseas. Suas mãos ainda estavam trêmulas e ela sentia que poderia desmaiar a qualquer momento. Já conhecia aquele lado impulsivo de Roman, mas havia esquecido como era a sensação de ser pressionada daquele jeito. Porém, existem males que vem para o bem e, enquanto ela se recompunha e arrumava os cabelos ruivos, Selena se lembrava do porque estava fazendo tudo aquilo. Não posso desperdiçar essa nova chance… Afinal, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar e, se eu morrer, vai ser o fim, com certeza!, ela pensou, suspirando e caminhando em direção ao seu próprio quarto. Estava aflita e nervosa, mas, apesar de tudo, a conversa com Roman lhe trouxe informações mais que interessantes. De fato, Anthony estava certo, seu pai havia sido assassinado. Porém, aquela informação não era a única que Sel havia conseguido, de
A leitura da carta e suas pesquisas tomaram algumas horas de sua noite e, sem que ela percebesse, já era tarde, quase madrugada. A janela aberta lhe dava uma visão ampla do jardim e do céu noturno onde uma grande lua cheia derramava sua luz prateada por toda parte. Sel guardou a carta embaixo do colchão junto com as outras e, depois de por uma de suas camisolas e um robe, decidiu sair para beber um pouco de água antes de dormir, precisava descansar para conseguir por sua cabeça para funcionar direito. A ruiva saiu de seu quarto silenciosamente, descendo até a cozinha a passos de algodão e enchendo um copo de água. Tudo estava quieto e as luzes deixavam o ambiente na penumbra, já que a maioria delas estavam apagadas. Selena levou o copo consigo e começou a subir, novamente, o lance de escadas que a levaria até seu quarto, no entanto, uma iluminação leve e quase imperceptível a fez mudar de direção. A porta do escritório de Roman estava entreaberta e a luz que vinha lá de dentro refl
Quando o dia amanheceu, Sel se levantou ainda um pouco afoita. A conversa que ouviu na noite anterior e a carta que leu não saíram de sua cabeça, ela imaginava com quem Roman estava conversando e se perguntava se Henry era mesmo um pai tão carrasco a ponto de prender sua filha a um homem como aquele. Aquelas dúvidas consumiram seu sono e quando o sol nasceu, ela desistiu de ficar na cama, se levantando, amarrando seu robe e saindo do quarto. Seus cabelos ruivos estavam soltos, caindo como uma cascata avermelhada por sobre seus ombros e seus passos eram lentos e vagarosos pelo corredor, que já apresentava certo movimento dos empregados. Ela cumprimentou algumas senhoras que abriam as grandes e pesadas cortinas, sorrindo para elas e recebendo um sorriso de volta, sempre foi gentil com todos os empregados da casa, ao contrário de Roman, que só se dirigia a eles quando necessário. Ao chegar à sala de jantar, ela encontrou a mesa posta, mas o silêncio ainda dominava o local, provavelmen