O beijo dele caiu com uma força dominadora, não dando a Florence a menor chance de resistência. Os lábios de Lucian se colaram aos dela, explorando cada vestígio de sabor do vinho que ainda permanecia. Era um beijo firme, exigente, sem espaço para recusa.Florence tentou empurrar o peito dele com as mãos, mas assim que suas palmas tocaram a pele quente e rígida de Lucian, ela sentiu a respiração dele acelerar. Em resposta, o beijo ficou ainda mais intenso, como se ele quisesse gravar aquela sensação em sua memória.Mas para Lucian, aquilo não era suficiente. Depois de provar algo tão irresistível, como um homem poderia se conter? Com um movimento fluido, ele levantou Florence e a colocou sobre a mesa de degustação. O suéter que ela usava subiu ligeiramente, revelando a pele clara de suas pernas. A mão de Lucian deslizou sem hesitação sobre sua coxa, o calor de seus dedos queimando contra sua pele.Florence estava prestes a reagir, tentando encontrar uma maneira de empurrá-lo, quando o
Florence observou Daphne se aproximar, mas em seu interior não havia qualquer turbulência. Ela endireitou o corpo na cama, lançou um olhar para a mão machucada de Daphne e soltou uma risada fria:— Terminou? Deve ser difícil para você, machucada e ainda assim se esforçando para vir aqui conversar comigo. Isso não combina nada com a sua imagem de mulher frágil. Nessa hora, você deveria estar deitada na cama, chorando como uma flor delicada.Florence lançou a provocação com ironia, sem esconder o desprezo. As palavras acertaram Daphne em cheio, fazendo seus lábios tremerem de raiva. Ela cerrou os dentes e respondeu:— Eu não consigo fingir tão bem quanto você. Na frente de todos, você tenta afastar qualquer ligação com o Lucian, mas por trás, vive o seduzindo. Você é a melhor em fazer joguinhos, né?— O que foi? Quer aprender? — Florence retrucou, sorrindo com sarcasmo.Daphne ficou tão furiosa que parecia estar sufocando com a própria irritação. Sua mente foi imediatamente tomada pela
Daphne era exatamente esse tipo de pessoa: metade verdade, metade mentira, sempre misturadas na medida certa para parecerem genuínas. Sua atuação era impecável, capaz de tocar quem quer que estivesse ao redor.Ela havia escolhido suas palavras com cuidado, insinuando que Florence mencionara algo sobre “atrapalhar os planos”. Isso, naturalmente, levaria Lucian a pensar no que aconteceu no wine cellar. E Florence já carregava o histórico de ter drogado Lucian para tentar levá-lo para a cama, então, na mente de Lucian, era fácil suspeitar que a queda na piscina também pudesse ser mais uma encenação.Lucian era um homem desconfiado por natureza, alguém perigoso quando começava a duvidar. E uma vez que ele alimentasse qualquer suspeita, Florence seria completamente desacreditada.Na vida passada, foi exatamente assim que Daphne conseguiu empurrar Florence para o abismo, passo a passo.Ao ouvir as palavras de Daphne, Lucian permaneceu ao lado dela, protegendo-a. Seu rosto estava sombrio, ir
Daphne, claro, não ousava entregar o celular. Afinal, ela mesma havia admitido que o aparelho estava cheio de fotos humilhantes de Lyra e Bryan. Mas, naquele momento, ela já não tinha escolha. Theo lançou um olhar para um dos seguranças que o acompanhava. O homem se aproximou rapidamente, arrancou o celular das mãos de Daphne e, com alguns movimentos ágeis, desbloqueou o aparelho. Em seguida, entregou-o a Theo.A galeria estava cheia. Mais de cem fotos de Lyra e Bryan em situações degradantes. Theo olhou para as imagens com uma expressão sombria, os dedos apertando o celular com tanta força que parecia prestes a quebrá-lo.— Daphne, você realmente é muito boa, né? Pelo visto, meus avisos não foram suficientes! — Disse ele, com a voz carregada de raiva.— Theo, Sr. Theo, Eu... Eu não... — Balbuciou Daphne, a voz tremendo enquanto suas pernas ficavam fracas. Ela quase caiu de joelhos, suplicando.Theo nem sequer olhou para ela. Ele jogou o celular para Lucian, que o pegou com um movime
— O que está acontecendo? Por que você está tão irritada? — Nina se aproximou de Daphne e a envolveu com um braço. Assim que percebeu o estado do rosto dela, ficou espantada e perguntou. — Quem ousou te bater desse jeito?— Foi a Florence! — Respondeu Daphne, com um tom cheio de mágoa enquanto relatava os acontecimentos para Nina.Quanto mais Nina ouvia, mais furiosa ela ficava. Em um movimento brusco, bateu com força na mesa.— Isso é um absurdo! Aquela desgraçada já nos fez passar vergonha antes, ao ponto de termos que ir até a casa daquela ingrata da Lyra para pedir desculpas. Agora, essa bastarda ousa jogar sujo com você? Pelo visto, ela ainda não aprendeu o lugar dela!— Mãe, o Theo e a Valentina estavam lá e viram tudo. O que eu faço agora? — Perguntou Daphne, mordendo os lábios, preocupada.Nina levantou-se com elegância, caminhando de um lado para o outro, seus passos graciosos contrastando com a expressão calculista no rosto. De repente, ela parou, ergueu as sobrancelhas e esb
No hospital, Florence terminou de receber o soro e, finalmente, a febre havia cedido. Embora ainda estivesse sem forças, sua mente estava mais clara.— Você tem certeza de que não vai ficar internada? Com todo o álcool que você bebeu, além de ter caído na água e pegado febre, passar pelo menos um dia em observação seria normal. — Disse Fernando, enquanto anotava algo em sua prancheta.Florence ignorou o comentário dele, afastou o cobertor e tentou sair da cama. Sempre que via Fernando, uma mistura de emoções conflitantes surgia em seu coração.Ela havia perguntado discretamente a algumas enfermeiras sobre ele. Fernando era conhecido como um médico competente, com uma excelente reputação entre os pacientes. Ninguém acreditaria que ele pudesse estar envolvido em um transplante de rins ilegal em uma criança. No entanto, ela não podia descartar a possibilidade de que ele tivesse cedido à influência de Lucian na vida passada. No final, tudo levava de volta a Lucian.Fernando percebeu a dete
— Sr. Lucian, para ajudar a Daphne a limpar a imagem, você realmente se superou! Mas eu não vou fazer o que vocês querem! Mesmo que eu morra, vou levar a Daphne comigo para o inferno! — Florence lançou um olhar cheio de ódio para Daphne e caminhou em direção à porta.Atrás dela, a voz gelada e grave de Lucian ecoou:— Florence, você não se importa com sua mãe?Florence parou abruptamente. A cor de seus lábios desapareceu, e sua mente ficou em branco por um instante.Ela se virou lentamente, encarando o homem à sua frente. Seus olhos estavam vermelhos, como se a qualquer momento fossem derramar lágrimas de sangue.— Tudo bem. Tudo bem... — Murmurou ela, com um tom resignado.Sem alternativa, ela se agachou e pegou os papéis no chão. Enquanto seus dedos tremiam, ela digitou, uma a uma, as palavras humilhantes da declaração de desculpas.Depois de fechar os olhos por alguns segundos, ela pressionou o botão de envio com força.Lucian se aproximou, mas Florence recuou, soltando uma risada c
Cláudio encontrou Lucian no escritório de Fernando, onde ele estava silenciosamente tomando café.— Sr. Lucian, a Florence foi levada pelo Ronaldo.Lucian estreitou os olhos e pegou o celular, discando para Florence. Contudo, tudo o que ouviu foi a mensagem automática de que o celular estava desligado. O café em sua mão trincou com um som seco, e um brilho sombrio passou por seu olhar, gelando o ambiente.Fernando, que estava observando, soltou um leve suspiro e comentou:— Está preocupado? Então por que a pressionou tanto antes?Lucian jogou a xícara rachada no lixo, sem se dar ao trabalho de responder.Fernando deu de ombros e apontou para o suéter dobrado sobre a mesa:— Você até deu esse suéter para ela usar. Sabe que isso era...— Está com tempo livre demais, Fernando? — Interrompeu Lucian, pegando o suéter antes de sair do escritório.Ao retornar para Águas Serenas, já era noite. Lucian ficou no jardim, sozinho, acendendo um cigarro. Cláudio olhou para o céu e comentou:— Sr. Lu