O caos reinava enquanto Ella, ainda transformada em sua majestosa forma de loba, atacava os filhos com uma fúria avassaladora. Cada golpe, cada rosnado, ecoava como trovões no meio da noite. Caio e Carlos, os gêmeos que momentos atrás tentaram pronunciar a rejeição, agora estavam sob a furiosa investida de sua própria mãe, que estava decidida a colocar juízo na cabeça dos filhos à força.

Em pé, diante da fogueira, Maya permanecia estática, imersa em uma paralisia emocional que a impedia de reagir. O vórtice de dor que se instalara em seu peito enquanto os gêmeos começaram a proferir as palavras da rejeição era como um punhal afiado, e a loba interior, adormecida até então, parecia uivar em agonia. Era uma dor que ela nunca sentira antes, uma ferida profunda na alma que a deixava imóvel, temendo que, se se movesse, suas pernas não a sustentariam.

Enquanto Maya lutava contra o torpor emocional, Mirella e Mia a encaravam com expressões preocupadas, imaginando como tudo aquilo estava sen