Seus dedos sangravam e até o barulho do sangue pingando no chão o irritava. Mas simplesmente não havia mais nada a ser destruído e ele não podia socar mais nada sem comprometer seriamente sua mão. Não que ele se importasse muito com isso.
Damian se jogou nos restos da poltrona e olhou para o quarto destruído.
Assim que viu Tess voar para longe dele, ele subiu para seu quarto, trancou a porta e arremessou um vaso de bromélias amarelas contra a parede.
Então ele destruiu tudo o que podia ser destruído--inclusive a cama enorme e seu dossel--, ele rasgou o sofá e as poltronas e enviou uma onda de sombras para arremessar as pedras da lareira pelas paredes, o que resultou em enormes buracos.
Tess estava andando pela floresta há algum tempo quando encontrou o lago.Era maior do que a maioria dos lagos e parecia fundo. Mas com certeza era um dos lugares mais majestosos que ela já vira.Na beira do lago, pequenas flores que se assemelhavam muito com hibiscos brilhavam com cores vivas de azul, amarelo, vermelho e laranja, iluminando a clareira. O brilho refletia na água, causando um efeito incrível.Ela se aproximou e mergulhou ambas as mãos na água, que era surpreendentemente morna e acolhedora. Tess se derreteu com a temperatura e molhou o rosto.Um movimento na superfície chamou sua atenção. Parecia que haviam peixes ali.
Já era de manhã quando eles chegaram ao castelo.Tess bateu na porta com cautela, seu estômago se agitando com dezenas de borboletas." Já disse para ir embora, Donovan! " Damian gritou, a voz quebrando na metade da frase.O coração de Tess apertou. " Damian, sou eu."Com os ouvidos feéricos, ela detectou a falta de movimento e respiração dentro do quarto. Mais rápido do que ela achou possível, a porta abriu e Damian a pegou nos braços.Tess afundou a cabeça no pescoço dele e suspirou. O cheiro dele era ainda melhor com o olfato apurado.
Tess nunca pensou que saudade pudesse doer fisicamente. Mas doeu.Ela correu para fora o mais rápido que pôde--na verdade, ela voou pela janela.Tess quase caiu no chão quando o viu.Rowan vestia sua armadura de prata completa e usava sua enorme e imponente espada.Mas ele ainda era seu Rowan, seu idiota imortal. Os cabelos loiros dele estavam mais compridos e brilhavam como prata sob o sol escaldante. Seus olhos estavam rígidos e ferozes e alertas. Mas ele ainda era o mesmo.Ela correu na direção dele--ou voou, ela não sabia, não poderia dizer já que toda a sua concentração estava em chegar até ele.
Meu príncipe não era loiro ou tinha olhos azuis, tinha cabelos de meia-noite e olhos de escuridão. Ele não montava um cavalo branco e vinha me resgatar de uma torre, ele havia me sequestrado e me mantido refém em suas masmorras. Meu príncipe não iria enfrentar o vilão para me salvar. Meu príncipeerao vilão. Na verdade, meu príncipe sequer era um príncipe. Ele era o rei dos meus inimigos e meu destino seria lutar contra ele e matá-lo. Mas o destino não esperava que eu me apaixonasse por ele e essa nem é a pior parte. Ele se apaixonou por mim também. Agora, meu destino e o dele eram os planos de uma rainha maluca por poder e vingança. Minha única certeza agora é de que eu lutaria com todas as minhas forças para provar meu amor por meu príncipe sombrio.
Ela sentia frio. Sua cabeça doía de um jeito impossível, que a fazia querer arrancar a cabeça fora. Ela não sabia onde estava ou porque tudo ao seu redor cheirava a algo que queimava seu nariz. Sua mente estava pesada. Ela estava cansada. Então abraçou a escuridão como uma velha amiga. ........................................................................... Depois de quase cinco dias nadando na inconsciência, ela acordou. Sua cabeça havia parado de doer milagrosamente em algum momento de seu sono, mas seu corpo ainda estava exausto. O
Tess substituiu o catre pela macia cama e travesseiros de plumas. O quarto não fedia tanto a ferro quanto ela imaginou. Mas foi a pequena e retorcida escultura de ferro que chamou sua atenção. Ela a encarou durante horas, se perguntando se o ferro ainda queimava. Por fim, Tess saltou da cama e parou na frente da cômoda, onde se encontrava a escultura. Receosa, ela tocou devagar a peça. Nada. Apenas um leve formigamento no ferimento que cicatrizava em sua coxa. Seldha continuou vindo. Sempre a obrigando a comer, tomar banho e trocar de roupa. Era uma mulher de poucas palavras, ao que parecia, e Tess agradecia por isso. Passaram-se seis di
Dez minutos depois que Damian saiu, Tess foi para o banho. Não deixaria um idiota feérico dizer que ela não era apresentável. Mas quando chegou no banheiro, estacou ao se ver no espelho. Ela usava uma fina camisola branca de alças, que permitia que ela visse uma fina cicatriz em seu braço, causada pela espada de Mora. Mas se a mulher no espelho não se movimentasse ao mesmo tempo que ela, com certeza Tess teria gritado e dito que havia uma outra mulher em seu quarto. Sua pele estava ressecada e pálida, seus olhos estavam meio inchados e vermelhos--sem o brilho que ela vira várias vezes em seus olhos--, seus cabelos estavam opacos e quebradiços. A pele de seu rosto estava colada em suas protuberantes maçãs do rosto. Haviam olheiras debaixo de seus o
"Rebeldes?!" Tess gritou de volta enquanto eles disparavam pelo jardim, com Gerlon e Wellin atrás deles. "Sim. Ou acha que só no reino de vocês tem isso? " Ela não sabia de nada, apenas que odiava o jeito que seu corpo humano era lento. Pela primeira vez, queria de volta o corpo feérico. " Eles vem com muita frequência? " Ela perguntou enquanto eles entravam no castelo. Pela visão periférica dela, Tess viu que algumas pessoas pulavam os muros e entravam nos jardins. As portas fecharam assim que Gerlon passou. Wellin se precipitou em permanecer ao lado de Tess protetoramente. " Onde está Damian?" Gerlon gritou atrás deles. " Sa