Wellin entrou como um furacão no armazém, seguido de perto por outro guarda que Tess não conhecia.
" Vi vocês entrando aqui e vim assim que percebi o ataque. " Wellin disse, parando ao lado do rei em um segundo.
" Proteja Tess. " Damian disse para Wellin antes de disparar porta afora com o outro guarda, pousando um beijo na testa dela antes de sair. Pilos também o seguiu.
Tess colocou o filhote com a mãe e se afastou da porta o máximo que pôde, Wellin a seguindo.
Ela tremeu e abraçou o corpo. As lembranças do último ataque ainda a faziam se arrepiar, o cheiro pútrido do rebelde tentando atacá-la.
A surpresa fez com que os joelhos de Tess falhassem. Ela caiu no chão, com as mãos no peito.Alek.Ela o chamou, temendo que ele desaparecesse.Você está viva.A voz tinha tamanho alívio que lágrimas brotaram em seus olhos.Deuses, você está viva!Você não desistiu de mim?Ela perguntou.Ela sentiu o riso dele através da ligação.Nem por um segundo.Tess chorou, com as mãos nos olhos. Ela sentia tanto a falta dele e ela podia sentir o mesmo sentimento vindo dele.
Seus dedos sangravam e até o barulho do sangue pingando no chão o irritava. Mas simplesmente não havia mais nada a ser destruído e ele não podia socar mais nada sem comprometer seriamente sua mão. Não que ele se importasse muito com isso.Damian se jogou nos restos da poltrona e olhou para o quarto destruído.Assim que viu Tess voar para longe dele, ele subiu para seu quarto, trancou a porta e arremessou um vaso de bromélias amarelas contra a parede.Então ele destruiu tudo o que podia ser destruído--inclusive a cama enorme e seu dossel--, ele rasgou o sofá e as poltronas e enviou uma onda de sombras para arremessar as pedras da lareira pelas paredes, o que resultou em enormes buracos.
Tess estava andando pela floresta há algum tempo quando encontrou o lago.Era maior do que a maioria dos lagos e parecia fundo. Mas com certeza era um dos lugares mais majestosos que ela já vira.Na beira do lago, pequenas flores que se assemelhavam muito com hibiscos brilhavam com cores vivas de azul, amarelo, vermelho e laranja, iluminando a clareira. O brilho refletia na água, causando um efeito incrível.Ela se aproximou e mergulhou ambas as mãos na água, que era surpreendentemente morna e acolhedora. Tess se derreteu com a temperatura e molhou o rosto.Um movimento na superfície chamou sua atenção. Parecia que haviam peixes ali.
Já era de manhã quando eles chegaram ao castelo.Tess bateu na porta com cautela, seu estômago se agitando com dezenas de borboletas." Já disse para ir embora, Donovan! " Damian gritou, a voz quebrando na metade da frase.O coração de Tess apertou. " Damian, sou eu."Com os ouvidos feéricos, ela detectou a falta de movimento e respiração dentro do quarto. Mais rápido do que ela achou possível, a porta abriu e Damian a pegou nos braços.Tess afundou a cabeça no pescoço dele e suspirou. O cheiro dele era ainda melhor com o olfato apurado.
Tess nunca pensou que saudade pudesse doer fisicamente. Mas doeu.Ela correu para fora o mais rápido que pôde--na verdade, ela voou pela janela.Tess quase caiu no chão quando o viu.Rowan vestia sua armadura de prata completa e usava sua enorme e imponente espada.Mas ele ainda era seu Rowan, seu idiota imortal. Os cabelos loiros dele estavam mais compridos e brilhavam como prata sob o sol escaldante. Seus olhos estavam rígidos e ferozes e alertas. Mas ele ainda era o mesmo.Ela correu na direção dele--ou voou, ela não sabia, não poderia dizer já que toda a sua concentração estava em chegar até ele.
Meu príncipe não era loiro ou tinha olhos azuis, tinha cabelos de meia-noite e olhos de escuridão. Ele não montava um cavalo branco e vinha me resgatar de uma torre, ele havia me sequestrado e me mantido refém em suas masmorras. Meu príncipe não iria enfrentar o vilão para me salvar. Meu príncipeerao vilão. Na verdade, meu príncipe sequer era um príncipe. Ele era o rei dos meus inimigos e meu destino seria lutar contra ele e matá-lo. Mas o destino não esperava que eu me apaixonasse por ele e essa nem é a pior parte. Ele se apaixonou por mim também. Agora, meu destino e o dele eram os planos de uma rainha maluca por poder e vingança. Minha única certeza agora é de que eu lutaria com todas as minhas forças para provar meu amor por meu príncipe sombrio.
Ela sentia frio. Sua cabeça doía de um jeito impossível, que a fazia querer arrancar a cabeça fora. Ela não sabia onde estava ou porque tudo ao seu redor cheirava a algo que queimava seu nariz. Sua mente estava pesada. Ela estava cansada. Então abraçou a escuridão como uma velha amiga. ........................................................................... Depois de quase cinco dias nadando na inconsciência, ela acordou. Sua cabeça havia parado de doer milagrosamente em algum momento de seu sono, mas seu corpo ainda estava exausto. O
Tess substituiu o catre pela macia cama e travesseiros de plumas. O quarto não fedia tanto a ferro quanto ela imaginou. Mas foi a pequena e retorcida escultura de ferro que chamou sua atenção. Ela a encarou durante horas, se perguntando se o ferro ainda queimava. Por fim, Tess saltou da cama e parou na frente da cômoda, onde se encontrava a escultura. Receosa, ela tocou devagar a peça. Nada. Apenas um leve formigamento no ferimento que cicatrizava em sua coxa. Seldha continuou vindo. Sempre a obrigando a comer, tomar banho e trocar de roupa. Era uma mulher de poucas palavras, ao que parecia, e Tess agradecia por isso. Passaram-se seis di