Eu saio com ele, claro. Porque eu não sou de recuar, e muito menos de perder um jogo.Thomas abre a porta do carro para mim, e eu entro, cruzando as pernas bem devagar, sabendo muito bem que ele está me observando.Quando ele dá a volta e senta ao volante, eu já sinto o ar pesado entre nós.— Para onde estamos indo? — pergunto, fingindo casualidade.Thomas me encara por um instante, um sorrisinho diabólico se formando no canto da boca.— Você confia em mim para descobrir?Não. Nem um pouco.Mas também não sou mulher de fugir do perigo.— Não. Mas isso não vai me impedir de ir.Ele ri, balançando a cabeça, e acelera o carro.Eu me encosto no banco, mantendo a expressão indiferente, porque esse homem não vai perceber que está começando a me afetar. Não ainda.Chegamos a um hotel. Um hotel luxuoso, discreto, digno de um Montserrat. Minha mente grita que eu deveria dizer alguma coisa. Perguntar por que viemos aqui e fingir surpresa. Mas Thomas apenas sai do carro, dá a volta e abre a porta
Eu estou perdida. Totalmente entregue.E não me arrependo.Os lábios de Thomas ainda estão na minha pele, os dedos deslizando lentamente pela curva do meu quadril, marcando meu corpo como se ele tivesse acabado de tomar posse de algo que sempre foi dele. E, no fundo, ele tem razão. Porque desde o momento em que nossos caminhos se cruzaram, desde o primeiro embate, a primeira troca de farpas, a primeira vez que senti essa raiva insuportável misturada com um desejo ainda maior... Eu já era dele. E agora não há mais fuga.Meu peito sobe e desce rapidamente, tentando acompanhar a respiração ainda descompassada. Meus músculos ainda tremem, sensíveis demais ao toque dele, como se meu corpo tivesse sido esculpido para se encaixar no dele.Thomas se move ao meu lado, e eu sinto o olhar dele em mim.— Você está pensando em fugir?A voz rouca dele roça na minha pele como fogo, e eu fecho os olhos, tentando me recompor. Mas não tem volta, não depois do que aconteceu aqui. Não depois do jeito que
O que eu fiz?O que eu fiz?O que eu fiz???O pensamento ecoa na minha cabeça como um alerta vermelho, mas a verdade é que eu não me importo. Não agora. Não quando Thomas t está me prendendo contra a parede como se fosse dono do mundo. Dono de mim. E o pior? Eu quero ser dele. Quero que ele me tome, que me enlouqueça, que me arraste para o mesmo inferno em que ele está queimando.Ele me devo a com a boca, com as mãos, com esse maldito corpo que faz qualquer mulher perder a cabeça. Eu não deveria estar me derretendo assim. Não deveria estar arqueando o corpo contra o dele.Mas é exatamente o que estou fazendo.— Savannah... — Ele murmura meu nome contra minha pele, a voz rouca, carregada de puro desejo.Jesus.Isso faz meu corpo inteiro arrepiar.Minhas mãos agarram os ombros dele, para me manter de pé. Mas eu não estou no controle. Thomas está. E o jeito como ele me olha, como se estivesse prestes a me consumir, me faz perder qualquer resquício de sanidade.— Você não tem noção do que
Meu corpo ainda está sobre o dela. Lento. Satisfeito. Exausto. O quarto está mergulhado num silêncio denso, apenas nossas respirações misturadas no ar carregado do cheiro de nós dois.Minha cabeça repousa sobre a barriga dela, sentindo seu peito subir e descer, enquanto minha mão desliza preguiçosa pela sua coxa nua. Eu nunca me senti assim antes. Desarmado. Perdido. Absurdamente satisfeito. E, ao mesmo tempo… Com medo. Medo de que, se eu me afastar agora, ela simplesmente vá embora.— Preciso de um banho… — minha voz sai rouca, baixa.Mas não me mexo. Não quero sair dali e não quero deixar ela escapar.Savannah suspira, preguiçosa, e então, vem o golpe.— Estou com fome.Meus músculos se retesam instantaneamente. Mas antes que um sorriso satisfeito se forme nos meus lábios, ela finaliza o ataque:— De comida, Thomas.Eu rio. Baixo, rouco, divertido. Ela nunca facilita para mim. E talvez seja por isso que eu nunca a quis tanto.Me apoio sobre os cotovelos, subindo um pouco o corpo, ap
Acordo com a luz suave da manhã filtrando-se pelas cortinas do hotel. Meu primeiro instinto é esticar o braço, procurando o calor do corpo de Savannah, mas não encontro nada. Abro os olhos, piscando algumas vezes, e o vazio ao meu lado me atinge como um soco no estômago. A cama ainda está ligeiramente desarrumada onde ela dormiu, mas ela não está aqui.Franzo o cenho, sentando-me lentamente.— Savannah? — chamo, minha voz rouca, ainda sonolento.Nenhuma resposta.Levanto-me e caminho até o banheiro. Vazio. Olho em volta, checando o outro quarto. Nada dela. A única coisa que resta são seus vestígios. O cheiro suave de seu perfume ainda pairando no ar, seu copo de vinho pela metade na mesa de cabeceira. Mas ela mesma... Ela sumiu. Foi embora sem me acordar.A constatação me atinge de uma forma que não estou pronto para lidar. Corro a mão pelos cabelos, tentando afastar o incômodo que cresce dentro de mim. Por que estou sentindo isso? Ela não me prometeu nada. Nós não fizemos juras ou ac
Ela me enlouquece. Savannah me enlouquece. Desde o primeiro dia, desde a primeira provocação, desde o primeiro olhar atravessado…Eu deveria estar no controle. Eu sempre estive. Mas agora sou um homem sem escapatória, porque eu a tenho em meus braços, e não há nada no mundo que eu queira mais do que isso.— Diga, Savannah. — Minha voz sai rouca, com desejo por ela. — Diga que vai parar de me evitar.Ela morde o lábio, me desafiando com aquele olhar afiado e tentador.— E se eu ainda não tiver certeza?— Então, vou tentar te convencer.E Deus sabe que vou mesmo.Meus lábios voltam a tomar os dela, famintos, determinados. Minha língua explora, exige, domina. Ela geme contra minha boca e isso é minha ruína. Minha mão desliza por suas costas, puxando-a ainda mais para mim, sentindo cada maldita curva dela pressionada contra mim. Eu a seguro com força, sem intenção de soltá-la. Não desta vez. Nunca mais.Savannah tenta manter o jogo, tenta me provocar mais, mas eu sei que ela já não tem ma
Eu finalmente consegui escapar de Thomas. Ele me olhou, com aqueles olhos intensos que me pediam para ficar, mas eu sabia que precisava de um tempo para processar tudo o que aconteceu entre nós. Eu não tinha mais o controle, e ele sabia disso. Ele me deixou ir, mas o desejo de voltar para ele ainda queimava dentro de mim.Cheguei em casa, a última coisa que queria era encarar Isabelle, mas sabia que não tinha como fugir. A porta estava aberta, e a luz da sala iluminava o espaço. Ela estava sentada à mesa, com o notebook aberto, concentrada em algo. Quando me viu, sorriu e me cumprimentou, mas algo no seu olhar dizia que ela sabia que algo estava errado.— Você passou a noite trabalhando? — Ela perguntou, sem tirar os olhos da tela. Eu podia ver que ela tentava ser casual, mas a tensão estava ali. Ela não me viu chegar em casa, nem de manhã, e eu sabia que ela havia notado minha ausência.Eu me senti desconfortável, como se estivesse sendo desmascarada. Eu não sou boa em mentir para Is
Eu não sabia o que esperava de mim mesmo. O que estava acontecendo comigo? Acordei naquela manhã, sem Savannah ao meu lado, e algo dentro de mim parecia vazio. Havia um silêncio pesado, uma falta que eu não estava acostumado a sentir. O vazio não estava só no quarto, estava dentro de mim.Eu sabia o que havia acontecido entre nós, mas eu não sabia mais o que isso significava. Não queria que fosse só uma noite, só um erro. Eu não era de ter arrependimentos, e, na maioria das vezes, tomava decisões sem olhar para trás. Mas com ela… com Savannah, tudo parecia diferente. Ela havia me virado do avesso, e agora eu não sabia mais como lidar com a bagunça que ela causou em minha mente e em meu coração.Levantei da cama e fui até o banheiro, tentando me reerguer. Meu reflexo no espelho não me dizia nada sobre quem eu era agora. O que estava acontecendo comigo? Ela me dominava de uma maneira que eu nunca havia experimentado. Eu não conseguia mais pensar em outra coisa, e isso me assustava. Eu q