Quase duas horas depois, o barulho da porta daquela sala sendo aberta me fez levantar o olhar do telefone. Quando o relógio marcava 4 horas e 13 minutos, me levantei para escutar o que a senhora tinha para dizer.

— Ela está bem. Foi só um susto. — sorriu, mas não me senti suficientemente contagiado — Está tudo em ordem. Precisei deste tempo para fazer alguns exames e analisá-la, mas darei detalhes depois que vocês os dois conversarem.

— Ela vai poder sair hoje?

— O quanto antes. Só vou precisar que ela me dê os dados para que eu preencha duas fichas. — retirou as luvas de suas mãos e as juntou.

— Posso entrar? — enfiei meu telefone no bolso das calças, a espera de sua resposta.

— Claro. — assentiu antes de dizer: — Volto em alguns minutos.

Sem que eu pudesse responder, a mulher andou pelo corredor em direção a saída. Precisei perdê-la de vista para respirar fundo, me aproximar da porta, a qual abri cuidadosamente e entrei. Judite estava deitada de