Simão tinha alguma lembrança daquele rosto, ela era uma funcionária do Grupo Santos, então ele apenas acenou com a cabeça.Larissa ficou surpresa, cobrindo a boca e lançando um olhar para dentro da casa, em seguida, para Simão. Penny não já estava casada? Não poderia ser Simão o marido dela, caso contrário Antônio já teria chamado Penny de cunhada, em vez de dizer que ele era amigo dela.Mas era noite, e o Presidente Simão estava saindo do quarto de Penny.Todos no Grupo Santos sabiam o quão frio e distante o Presidente Simão era, ele não poderia ter encontros particulares com mulheres, mesmo que Penny fosse sua designer de interiores e mesmo que fosse para discutir assuntos relacionados à casa, o local correto deveria ser no Grupo Santos.Uma faísca de pensamento passou rapidamente pela mente de Larissa, e ela inexplicavelmente se lembrou do quadro pintado por Clara.Ela pensava que era apenas uma pintura qualquer, mas agora parecia que ela e o Presidente Simão já tinham um caso havi
Mas com Patrícia, ele não tinha voz alguma.Antônio estava pensando em como evitar Larissa no dia seguinte. Por causa da falta de recursos financeiros em sua família, ela sempre foi cuidadosa e sensível quando estava com ele. Se ele dissesse algo errado, ela poderia interpretar mal.Antônio pensou e pensou, mas não encontrou uma boa solução.O tempo passou rapidamente e chegou o próximo dia.Quando Clara acordou do sofá, a febre já tinha passado, mas sua garganta ainda estava desconfortável.Ela se levantou e preparou uma xícara de água morna para si mesma, lembrando-se do que aconteceu na noite anterior. Ela não pôde deixar de se preocupar se sua sorte não estava indo bem naquele ano.Ela também pensou em Patrícia. Não tinha tempo de visitá-la na noite anteiror, então tinha definitivamente que ir vê-la.Mas assim que Clara pegou a xícara, a campainha tocou. Era Larissa.Larissa trouxe um café da manhã leve e ficou aliviada ao ver que Clara estava com uma aparência melhor.- Você teve
Clara sentiu um tremor em suas pálpebras e quase instintivamente quis retirar sua mão.No entanto, Patrícia não soltou sua mão, apenas a encarou com um olhar de confusão.O rosto de Larissa ficou pálido e seus olhos se moveram entre Antônio e Clara antes de pararem nas mãos unidas.Ela conhecia a Sra. Patrícia, desejava vê-la ontem à noite e até mesmo comprou um presente com seu próprio salário, mas foi impedida por uma ligação de Antônio.Larissa sabia que sua família não era compatível com Antônio, mas ela realmente gostava dele, e ele era bom para ela.Mas o que estava acontecendo agora?A mãe de Antônio estava segurando as mãos de Antônio e Penny?Penny não estava casada?Penny até tinha um caso com o Presidente Simão, e parecia que ela ainda era a namorada de Antônio.A situação estava ficando muito confusa, tão confusa que Larissa sentiu vontade de vomitar.Ela considerava aquela mulher sua amiga, mas percebeu que estava sendo enganada o tempo todo!Lembrando-se das palavras reco
Larissa estava se sentindo injustiçada e um pouco revoltada:- Sra. Patrícia, eu estava dizendo a verdade, Penny e o Presidente Simão...Antes que ela pudesse terminar de falar, Patrícia a interrompeu:- Os assuntos do Simão são escolhas dele, não adianta falar comigo. Sou apenas mais velha que ele, não me intrometo em sua vida pessoal.Seu tom estava frio e, ao falar, seus olhos se fixaram em Clara.Ela tinha suas dúvidas se Clara realmente tinha a capacidade de conquistar Simão.Mesmo que Simão não gostasse de sua esposa, ele não iria procurar prazeres fora.Mas ao pensar nos dois encontros acidentais no hospital e ver a expressão de Clara, tão magoada e teimosa, ela também ficou abalada.Se ela usasse esse truque, talvez Simão caísse.Patrícia, depois de tantos anos nesse círculo, estava experimentando pela primeira vez o erro de julgamento.- Tenha cuidado. - Com essas palavras, Patrícia saiu.A sala ficou em silêncio.Depois de um tempo, Clara levantou a mão e massageou a testa:-
Houve um momento em que Clara chegou a considerar se deveria simplesmente ser franca com Simão, para evitar todo o jogo de esconderijo, sem precisar mentir para Antônio o tempo todo.Mas ao pensar na atitude de Simão em relação à família Silva, agora que ela estava encarregada do projeto da casa dele, era importante construir um bom relacionamento para evitar constrangimentos quando se encontrassem.Além disso, Simão havia sido de grande ajuda durante daquele período.Se realmente houvesse um confronto, Clara se sentiria inadequada.Ela se levantou e sentiu-se exausta por completo.Cansada emocionalmente e fisicamente.- Vilma, não estou me sentindo muito bem esta noite, não vou descer para jantar. Não precisa me chamar. - Disse ela.Vilma ficou um pouco hesitante:- Sra. Clara, da última vez usei a mesma desculpa e o Sr. Simão ficou um pouco chateado.Clara fez um sorriso irônico:- Não se preocupe, de qualquer forma não há mais a possibilidade de consertar nossa relação.Para ser mai
Clara levantou-se instantaneamente e, ao abrir a porta, ouviu passos na escada.Não eram passos de uma única pessoa.Em seguida, ouviu-se a voz de um homem:- Alguém aqui tem um cachorro?Era a voz de Simão.Clara rapidamente recuou para o quarto e fechou a porta.Vilma estava prestes a negar, mas ela também ouviu os latidos do cachorro. O que estava acontecendo?O semblante de Simão ficou sombrio:- Mande-o embora.Vilma não ousou dizer nada e esperou até que ele entrasse no quarto antes de descer apressadamente as escadas.Foi nesse momento que Clara saiu e segurou Vilma:- Vilma, você não trancou o Luke?Vilma tocou a própria cabeça, com um rosto cheio de desculpas:- Acho que esqueci de trancar a porta. Luke está muito esperto agora, desde que não esteja trancada, ele abre sozinho.Vilma se apressou em descer para o jardim:- Sra. Clara, não se preocupe, eu vou trancá-lo imediatamente.O coração de Clara estava acelerado. Ela deu uma olhada na porta fechada do corredor e advertiu:
No dia seguinte, Clara esperava Simão sair antes de descer. Ela marcou um encontro com Ana em um café.- Ana, me ajude a encontrar alguém para fingir ser meu marido por um tempo. – Disse Clara.Essa frase fez Ana quase cuspir o café que estava bebendo.Cof-cof.Ela tossiu por um tempo, olhando incrédula para Clara:- Simão ainda não sabe sua verdadeira identidade?Clara assentiu, segurando a xícara de café na frente dela com as duas mãos.Em sua mente, ela considerava Simão como seu chefe, como um grande cliente. No entanto, era impossível para ela não se sentir afetada ao lembrar da noite em que eles tiveram relações. Além de ter sido muito intenso, deixando-a machucada em algum lugar, Simão era realmente habilidoso.Aquele beijo de trinta segundos, embora curto, era como um gancho que se estendia de sua garganta e ocasionalmente coçava seu coração.Clara controlava essas emoções de forma muito racional e seu olhar em direção a Simão não demonstrava nenhuma mudança.Após terminar o
Álvaro tinha alguns botões soltos em sua gola e parecia um pouco desleixado. Ele jogou a cinza do cigarro com os dedos elegantes e sorriu, recolhendo o dinheiro da mesa em sua frente.- Apenas sorte. – Disse ele.Não se sabia se ele estava respondendo ao jogo ou à pergunta do homem.Seus lábios finos tinham um leve tom de pó, exalando uma aura quase demoníaca de beleza.Provavelmente, ele havia deixado de lado sua inocência e pureza diante de Ana, e agora parecia ter uma presença marcante.- Isso não é apenas uma questão de sorte, é porque você é bonito. Se você tivesse deixado o orgulho de lado para seduzir uma mulher rica, não precisaria vir aqui e apostar dinheiro para pagar as despesas médicas. – Disse o homem.As outras pessoas ao redor da mesa riram, jogando as pontas dos cigarros em um cinzeiro com água, deixando manchas amareladas.Álvaro não se importou com a humilhação. Após o final do jogo, ele retirou algumas notas e as colocou na mesa:- Aqui está o dinheiro para o café de