Larissa estava se sentindo injustiçada e um pouco revoltada:- Sra. Patrícia, eu estava dizendo a verdade, Penny e o Presidente Simão...Antes que ela pudesse terminar de falar, Patrícia a interrompeu:- Os assuntos do Simão são escolhas dele, não adianta falar comigo. Sou apenas mais velha que ele, não me intrometo em sua vida pessoal.Seu tom estava frio e, ao falar, seus olhos se fixaram em Clara.Ela tinha suas dúvidas se Clara realmente tinha a capacidade de conquistar Simão.Mesmo que Simão não gostasse de sua esposa, ele não iria procurar prazeres fora.Mas ao pensar nos dois encontros acidentais no hospital e ver a expressão de Clara, tão magoada e teimosa, ela também ficou abalada.Se ela usasse esse truque, talvez Simão caísse.Patrícia, depois de tantos anos nesse círculo, estava experimentando pela primeira vez o erro de julgamento.- Tenha cuidado. - Com essas palavras, Patrícia saiu.A sala ficou em silêncio.Depois de um tempo, Clara levantou a mão e massageou a testa:-
Houve um momento em que Clara chegou a considerar se deveria simplesmente ser franca com Simão, para evitar todo o jogo de esconderijo, sem precisar mentir para Antônio o tempo todo.Mas ao pensar na atitude de Simão em relação à família Silva, agora que ela estava encarregada do projeto da casa dele, era importante construir um bom relacionamento para evitar constrangimentos quando se encontrassem.Além disso, Simão havia sido de grande ajuda durante daquele período.Se realmente houvesse um confronto, Clara se sentiria inadequada.Ela se levantou e sentiu-se exausta por completo.Cansada emocionalmente e fisicamente.- Vilma, não estou me sentindo muito bem esta noite, não vou descer para jantar. Não precisa me chamar. - Disse ela.Vilma ficou um pouco hesitante:- Sra. Clara, da última vez usei a mesma desculpa e o Sr. Simão ficou um pouco chateado.Clara fez um sorriso irônico:- Não se preocupe, de qualquer forma não há mais a possibilidade de consertar nossa relação.Para ser mai
Clara levantou-se instantaneamente e, ao abrir a porta, ouviu passos na escada.Não eram passos de uma única pessoa.Em seguida, ouviu-se a voz de um homem:- Alguém aqui tem um cachorro?Era a voz de Simão.Clara rapidamente recuou para o quarto e fechou a porta.Vilma estava prestes a negar, mas ela também ouviu os latidos do cachorro. O que estava acontecendo?O semblante de Simão ficou sombrio:- Mande-o embora.Vilma não ousou dizer nada e esperou até que ele entrasse no quarto antes de descer apressadamente as escadas.Foi nesse momento que Clara saiu e segurou Vilma:- Vilma, você não trancou o Luke?Vilma tocou a própria cabeça, com um rosto cheio de desculpas:- Acho que esqueci de trancar a porta. Luke está muito esperto agora, desde que não esteja trancada, ele abre sozinho.Vilma se apressou em descer para o jardim:- Sra. Clara, não se preocupe, eu vou trancá-lo imediatamente.O coração de Clara estava acelerado. Ela deu uma olhada na porta fechada do corredor e advertiu:
No dia seguinte, Clara esperava Simão sair antes de descer. Ela marcou um encontro com Ana em um café.- Ana, me ajude a encontrar alguém para fingir ser meu marido por um tempo. – Disse Clara.Essa frase fez Ana quase cuspir o café que estava bebendo.Cof-cof.Ela tossiu por um tempo, olhando incrédula para Clara:- Simão ainda não sabe sua verdadeira identidade?Clara assentiu, segurando a xícara de café na frente dela com as duas mãos.Em sua mente, ela considerava Simão como seu chefe, como um grande cliente. No entanto, era impossível para ela não se sentir afetada ao lembrar da noite em que eles tiveram relações. Além de ter sido muito intenso, deixando-a machucada em algum lugar, Simão era realmente habilidoso.Aquele beijo de trinta segundos, embora curto, era como um gancho que se estendia de sua garganta e ocasionalmente coçava seu coração.Clara controlava essas emoções de forma muito racional e seu olhar em direção a Simão não demonstrava nenhuma mudança.Após terminar o
Álvaro tinha alguns botões soltos em sua gola e parecia um pouco desleixado. Ele jogou a cinza do cigarro com os dedos elegantes e sorriu, recolhendo o dinheiro da mesa em sua frente.- Apenas sorte. – Disse ele.Não se sabia se ele estava respondendo ao jogo ou à pergunta do homem.Seus lábios finos tinham um leve tom de pó, exalando uma aura quase demoníaca de beleza.Provavelmente, ele havia deixado de lado sua inocência e pureza diante de Ana, e agora parecia ter uma presença marcante.- Isso não é apenas uma questão de sorte, é porque você é bonito. Se você tivesse deixado o orgulho de lado para seduzir uma mulher rica, não precisaria vir aqui e apostar dinheiro para pagar as despesas médicas. – Disse o homem.As outras pessoas ao redor da mesa riram, jogando as pontas dos cigarros em um cinzeiro com água, deixando manchas amareladas.Álvaro não se importou com a humilhação. Após o final do jogo, ele retirou algumas notas e as colocou na mesa:- Aqui está o dinheiro para o café de
Ao ouvir isso, Estevão parou de discutir sobre o assunto e, em vez disso, ficou interessado no trabalho mencionado.Trinta mil? Só precisava aparecer de vez em quando?Ele engoliu em seco, secretamente desejando encontrar uma mulher rica, mas lamentando que sua aparência não fosse tão boa quanto a de Álvaro. Como uma mulher rica iria se interessar por ele?- Álvaro, isso é mesmo verdade? – Perguntou Estevão.Álvaro sentou-se nos degraus, esticando as pernas e relaxando o corpo. Sua aparência era verdadeiramente impressionante, e mesmo Estevão, sendo um homem, sentiu uma inveja ardente, não era de se admirar que ele tivesse conquistado a princesinha da empresa de diamantes.Além disso, a família Costa só tinha a Ana como filha. Se Álvaro realmente se casasse com ela, a família Costa não seria dele no futuro?- É verdade, você sabe o quão fácil é enganar a Ana. - Disse Álvaro, com os olhos estreitos.- Mas parece que a amiga dela não é fácil de enganar. É melhor você simplesmente pegar
O trabalho de Clara estava indo bem, ela havia finalizado as negociações com os fornecedores e estava se preparando para sua viagem a Cidade A no dia seguinte. No entanto, de repente, recebeu várias ligações de empresas parceiras, com um tom hesitante:- Srta. Clara, lamentamos muito, mas recebemos uma notificação inesperada e não poderemos cumprir o seu pedido. Procure outra empresa, por favor.- Mas... - Clara queria perguntar mais detalhes, mas a ligação foi encerrada abruptamente. Ela recebeu mais quatro ligações, todas cancelando os pedidos. Clara permaneceu sentada no lugar, franzindo a testa.Anteriormente, Nico havia interferido e arruinado a colaboração com Leonel, e agora, Leonel ainda estava tentando encontrá-la. No entanto, ela não queria sair para se encontrar com ele, apenas esperava que a polícia assumisse o caso.Nico havia se retirado e apresentando a Empresa Requint a ela, tudo deveria estar indo bem. Afinal, ela havia tido conversas agradáveis com os fornecedores n
Ninguém mais morava do outro lado da suíte presidencial. Agora, apenas os dois estavam no andar.A iluminação acima destacava a pele de Clara, especialmente branca, refletindo o brilho em seus olhos. Ela não sabia quanto tempo havia esperado ali.- Eu realmente preciso conversar com o Presidente Simão. Posso entrar e sentar um pouco? - Disse Clara.A sobrancelha de Simão se ergueu. Ele estava surpreso por ela estar esperando por ele na porta de seu quarto de hotel, especialmente depois de ter pintado um quadro dele anteriormente.Ele estreitou os olhos, prestes a recusar. Afinal, ele queria manter uma distância entre eles.Clara estava preocupada com a possível rejeição dele, afinal, a situação era complicada e difícil de explicar em poucas palavras. A Sra. Patrícia havia interpretado tudo errado e Clara precisava contar tudo em detalhes.Simão pegou o cartão do quarto e abriu a porta.Clara o seguiu, sentindo o aroma de seu perfume misturado com um leve cheiro de álcool.O espaço par