Simão estava a caminho do hospital quando recebeu a ligação de Antônio.Antônio falou muito e, no final, acrescentou uma frase:- Primo, pelo menos ela já fez um desenho para você.Simão olhou para o céu lá fora, já estava quase escurecendo e as luzes de rua se acenderam.Aquela atmosfera era semelhante àquele quadro.Não se podia negar que o quadro dela era muito bom.O carro finalmente parou ao lado do endereço que Antônio havia dado, o preço dos imóveis naquele condomínio não era baixo. Ela havia mencionado que iria se mudar.Clara não ousou fazer Simão esperar, então ela já estava no térreo dez minutos antes.Mas ela ficou tanto tempo na banheira que a água ficou fria, agora ela se sentia tonta e desorientada.Somente quando o carro de Simão parou na frente dela é que ela percebeu, sem forças, ela abriu a porta do carro.- Presidente Simão, peço desculpas por incomodá-lo. – Disse ela.Sua voz estava rouca, claramente algo não estava certo.- Você está doente? - Simão perguntou em t
Simão havia feito tudo o que podia. O contato com Clara sempre lhe causava um certo desconforto, pois nunca trazia boas notícias. Clara estava sentada ali sozinha, parecendo bastante frágil por estar doente. Pessoas passavam ao seu redor, mas ninguém se aproximava para oferecer ajuda. Simão a colocou em uma cadeira e voltou para o carro. Ao abrir a porta, ele percebeu, com o canto do olho, alguém se aproximando dela. Não era um homem, mas sim uma mulher. E, coincidentemente, era uma mulher que ele conhecia.- Vadia! Finalmente te encontrei! - Disse a mulher com uma expressão feroz, erguendo a mão para empurrar Clara.Clara já estava com a visão embaçada e sem forças. Com o empurrão, ela bateu as costas na cadeira, o que a fez franzir a testa de dor. Ao olhar para cima, ela percebeu que era a mulher que estava com Rufino, com cabelos ruivos, delineador grosso e uma maquiagem tão pesada que era difícil distinguir suas características reais.- Onde você escondeu Rufino? - A mulher x
Após indicar o caminho para Simão, Clara não queria incomodá-lo ainda mais. Portanto, quando ficou em pé, ela se esforçou para se manter o mais distante possível de seu corpo.Quando entraram no mesmo elevador, suas pernas estavam um pouco fracas, e ela não resistiu em se apoiar na parede fria.Simão segurou-a pelo braço, sem pensar em ajudá-la mais.Quando o elevador abriu no quinto andar, Clara tremulou enquanto procurava as chaves na sua bolsa, mas a visão estava tão instável que, por mais que tentasse, não conseguiu inserir a chave na fechadura.Sem opção, Simão tomou a frente.Após a porta abrir, ele inevitavelmente tinha uma visão do interior do apartamento, que estava muito limpo, mas não havia sapatos masculinos na entrada, apenas alguns pares de chinelos femininos.Ele ergueu uma sobrancelha com curiosidade e olhou rapidamente para Clara.Um latido de cachorro veio de dentro da casa. Luke, ao ouvir o som das chaves, já estava animado e correu em suas quatro patas na direção de
Simão tinha alguma lembrança daquele rosto, ela era uma funcionária do Grupo Santos, então ele apenas acenou com a cabeça.Larissa ficou surpresa, cobrindo a boca e lançando um olhar para dentro da casa, em seguida, para Simão. Penny não já estava casada? Não poderia ser Simão o marido dela, caso contrário Antônio já teria chamado Penny de cunhada, em vez de dizer que ele era amigo dela.Mas era noite, e o Presidente Simão estava saindo do quarto de Penny.Todos no Grupo Santos sabiam o quão frio e distante o Presidente Simão era, ele não poderia ter encontros particulares com mulheres, mesmo que Penny fosse sua designer de interiores e mesmo que fosse para discutir assuntos relacionados à casa, o local correto deveria ser no Grupo Santos.Uma faísca de pensamento passou rapidamente pela mente de Larissa, e ela inexplicavelmente se lembrou do quadro pintado por Clara.Ela pensava que era apenas uma pintura qualquer, mas agora parecia que ela e o Presidente Simão já tinham um caso havi
Mas com Patrícia, ele não tinha voz alguma.Antônio estava pensando em como evitar Larissa no dia seguinte. Por causa da falta de recursos financeiros em sua família, ela sempre foi cuidadosa e sensível quando estava com ele. Se ele dissesse algo errado, ela poderia interpretar mal.Antônio pensou e pensou, mas não encontrou uma boa solução.O tempo passou rapidamente e chegou o próximo dia.Quando Clara acordou do sofá, a febre já tinha passado, mas sua garganta ainda estava desconfortável.Ela se levantou e preparou uma xícara de água morna para si mesma, lembrando-se do que aconteceu na noite anterior. Ela não pôde deixar de se preocupar se sua sorte não estava indo bem naquele ano.Ela também pensou em Patrícia. Não tinha tempo de visitá-la na noite anteiror, então tinha definitivamente que ir vê-la.Mas assim que Clara pegou a xícara, a campainha tocou. Era Larissa.Larissa trouxe um café da manhã leve e ficou aliviada ao ver que Clara estava com uma aparência melhor.- Você teve
Clara sentiu um tremor em suas pálpebras e quase instintivamente quis retirar sua mão.No entanto, Patrícia não soltou sua mão, apenas a encarou com um olhar de confusão.O rosto de Larissa ficou pálido e seus olhos se moveram entre Antônio e Clara antes de pararem nas mãos unidas.Ela conhecia a Sra. Patrícia, desejava vê-la ontem à noite e até mesmo comprou um presente com seu próprio salário, mas foi impedida por uma ligação de Antônio.Larissa sabia que sua família não era compatível com Antônio, mas ela realmente gostava dele, e ele era bom para ela.Mas o que estava acontecendo agora?A mãe de Antônio estava segurando as mãos de Antônio e Penny?Penny não estava casada?Penny até tinha um caso com o Presidente Simão, e parecia que ela ainda era a namorada de Antônio.A situação estava ficando muito confusa, tão confusa que Larissa sentiu vontade de vomitar.Ela considerava aquela mulher sua amiga, mas percebeu que estava sendo enganada o tempo todo!Lembrando-se das palavras reco
Larissa estava se sentindo injustiçada e um pouco revoltada:- Sra. Patrícia, eu estava dizendo a verdade, Penny e o Presidente Simão...Antes que ela pudesse terminar de falar, Patrícia a interrompeu:- Os assuntos do Simão são escolhas dele, não adianta falar comigo. Sou apenas mais velha que ele, não me intrometo em sua vida pessoal.Seu tom estava frio e, ao falar, seus olhos se fixaram em Clara.Ela tinha suas dúvidas se Clara realmente tinha a capacidade de conquistar Simão.Mesmo que Simão não gostasse de sua esposa, ele não iria procurar prazeres fora.Mas ao pensar nos dois encontros acidentais no hospital e ver a expressão de Clara, tão magoada e teimosa, ela também ficou abalada.Se ela usasse esse truque, talvez Simão caísse.Patrícia, depois de tantos anos nesse círculo, estava experimentando pela primeira vez o erro de julgamento.- Tenha cuidado. - Com essas palavras, Patrícia saiu.A sala ficou em silêncio.Depois de um tempo, Clara levantou a mão e massageou a testa:-
Houve um momento em que Clara chegou a considerar se deveria simplesmente ser franca com Simão, para evitar todo o jogo de esconderijo, sem precisar mentir para Antônio o tempo todo.Mas ao pensar na atitude de Simão em relação à família Silva, agora que ela estava encarregada do projeto da casa dele, era importante construir um bom relacionamento para evitar constrangimentos quando se encontrassem.Além disso, Simão havia sido de grande ajuda durante daquele período.Se realmente houvesse um confronto, Clara se sentiria inadequada.Ela se levantou e sentiu-se exausta por completo.Cansada emocionalmente e fisicamente.- Vilma, não estou me sentindo muito bem esta noite, não vou descer para jantar. Não precisa me chamar. - Disse ela.Vilma ficou um pouco hesitante:- Sra. Clara, da última vez usei a mesma desculpa e o Sr. Simão ficou um pouco chateado.Clara fez um sorriso irônico:- Não se preocupe, de qualquer forma não há mais a possibilidade de consertar nossa relação.Para ser mai