O som do salto estalando contra o piso, começava a parecer irritante até mesmo para si. De repente aquele lugar parecia sufocante, apertado, sem janelas... Isso, ela precisava ver, enxergar... Por puro impulso, as mãos tocaram a persiana, a acionando e dando vista finalmente a toda aquela selva de pedra que havia do lado de fora. Inspirou e expirou novamente pensando na resposta que deveria dar, mas ela não vinha. Fernanda estreitou o olhar para a mulher de cabelos negros-azulados e fora a vez de ela suspirar. Hanna parecia um tipo de barata tonta ao ser confrontada, e a verdade era que ela não conseguia lidar com a carga daquilo, mas era mais que relevante, era necessário. Decidiu então ela mesma se pronunciar, visto que vindo da Sanches, tais palavras não escapariam.— Você não acha drástico simplesmente impor quando ele pode ou não estar perto de você / filho? Hanna, a questão aqui é muito maior que simplesmente você. Entramos em questões legais, éticas... Vale tudo para você em no
Que sua agenda era previamente aprovada por Samantha, disso Nicolas tinha plena certeza, a loira era extremamente cuidadosa e detalhista, antecipava quase todos os possíveis problemas do Scrudell, e era justamente por isso, que ele fora avisado que receberia um advogado naquela manhã, aliás, não qualquer um, mas o representante de Hanna, e isso no mínimo aguçou e preocupou o loiro quando ouviu Samantha lhe repassar a agenda. Imediatamente pensava em razões para aquele homem estar ali, afinal, o divórcio fora “bem-sucedido” ele cumprira todo o acordado, não se lembrava de nada que pudesse trazê-lo ali, exceto... O filho que tinham em comum. E certamente pensar por essa linha o fazia sentir-se desconfortável e bastante nervoso. Sua ansiedade voltara, embora ele estivesse lidando com essa da melhor forma que podia, estampando assim em sua face à seriedade e confiança que certamente ele sabia serem abaladas bem facilmente.Então, teve diante de si aquele homem, às dez horas em ponto. Dieg
— N-não tem nada a ver. Foi apenas coincidência. Para início de conversa, nem fui eu que o escolhi.— Mas foi quem contratou, certo? — reforçou a loira — porque até o ponto que eu sei, você poderia tê-lo vetado e o Rh mandaria outro — ela lambeu os dedos que se melaram um pouco com mel.Hanna encarou a amiga por alguns instantes enquanto sentia o rosto ardendo e apontava para si mesmo, vasculhando na mente as razões para ter dito sim, ao loiro que era agora seu segurança particular e motorista. Ela reafirmava convictamente por dentro que as razões eram profissionais, enquanto sentia sua própria consciência entregá-la evidenciando haver, sim, algo bem errado. Vendo que naquele mato havia de fato um coelho, mas que não a interessava tanto quanto achava de fato, a loira mudou os rumos da conversa.— Enfim... Vou começar os preparativos para o quarto do bebê, enxoval e todo o emocionante resto... Está pronta, Hanna?Como se despertada por um grande solavanco, a Sanches arregalou os olhos
— Hm… — ela gemeu enquanto os olhos violeta alcançaram os azuis mais bonitos que ela já vira. Tão sujos e mundanos a encarando excitados entre suas pernas.Hanna sentiu as mãos grandes masculinas deslizando por sua pele, agarrando com rudez sua carne, gravando as digitais em suas coxas enquanto a língua quente e úmida dele contornava lento e provocante o seu clitóris. A respiração da Sanches estava tão acelerada, seus seios fartos subiam e desciam rapidamente entre arfadas da mulher. Tremia-se enquanto sentia o calor espalhar-se rapidamente por todo seu corpo de uma forma tão intensa que não se lembrava a última vez que o sentiu daquele modo. Ela tinha o rosto ruborizado em uma falsa timidez enquanto era incapaz de desviar o olhar do homem de cabelos loiros que provocava tudo aquilo em si. Contorceu-se manhosamente à medida que sentiu os dentes dele rasparem em sua coxa, à medida que ele chupava e marcava a si. A língua masculina deslizou por entre seus lábios íntimos e adentrou su
Ele olhava ansiosamente o desembarque da primeira classe daquele voo enquanto mantinha um ar de bom-humor ao lado do melhor amigo. Samuel havia acompanhado Nicolas naquela missão de receber sua mais nova convidada do dia, a prima Karin, que viera especialmente a convite do Scrudell para cuidar do arranjo do quarto do filho. A ideia era bem simples ali, eles iam receber a mulher, almoçariam juntos e dali Nicolas a levaria como hóspede em sua casa, dada não apenas a proximidade quanto a familiaridade que ambos tinham, afinal, Karin era a irmã mais velha de Nathan.Pouco depois do painel marcar o pouso da aeronave, os passageiros desembarcavam sem maiores problemas e não demorou para a exuberante cabeleira ruiva, como a de Katherine, surgisse diante dos dois homens que a aguardavam. Arrastando consigo uma mala de médio porte, a mulher largou tudo ao jogar-se nos braços do primo assim que o achou. Rodopiada com carinho, logo fora colocada no chão por ele que recebeu um tapa da garota lhe
Ele estava no meio de uma reunião com sua secretária e assistente, e dois investidores da qual Nicolas havia selecionado em potencial para seu novo movimento como empresário. Disposto a provar não apenas para si mesmo, como para o mundo que poderia ter seu próprio mérito mesmo sem qualquer influência da família da ex mulher, ele apostava em um novo nicho de atuação e era por isso que havia uma pequena equipe de sua confiança junto para avaliar todo o potencial. Aquela, certamente, seria a primeira de muitas conferências e reuniões que seriam, e a ordem que ele havia dado era de não interrupção, ao menos, nada que não fosse urgente o bastante, o que não impediu o seu telefone principal vibrar sobre a mesa diante do atento olhar de Samantha que viu o nome Teresa Senger brilhar na tela do aparelho. Os olhos da mulher direcionaram-se para o chefe que estava concentrado na apresentação de um dos analistas contratados. Obviamente, aquela altura do campeonato, a loira, sabia que a mulher era
A porta quase não emitiu som quando fora empurrada abrindo-se. Os dedos esguios acionaram o interruptor facilmente enquanto adentrava o quarto. O clique da porta fechando atrás de si fora ignorado enquanto os olhos violeta percorriam o espaço do quarto infantil. Agora um pouco mais evoluída a obra, as paredes estavam delicadamente pintadas em um tom claro e sutis acabamentos azuis pastéis. Havia toques de dourado expressão o luxo do ambiente da qual aquele pequeno ser passaria bastante tempo.O berço estava posicionado e em espera, tal como os demais móveis que agora estavam cobertos com a proteção, enquanto caixas de itens de decoração estavam lacrados e empilhados pelo ambiente. Os dedos femininos deslizavam pelas paredes, sobre a laca do mobiliário, sobre o plástico dos móveis almofadados como a poltrona de amamentação. Bem próxima a uma larga janela, de vidraça inteiriça, havia uma cadeira de balanço bastante confortável. Hanna sorriu enquanto inconscientemente levou a mão delicad
Do outro lado da cidade, o Scrudell estava largado no sofá encarando a tv enquanto Karin e Nathan discutiam sobre o preparo de algo no bar próximo a onde estava. Nicolas estava focado em trabalho, tal como Hanna, e era normal ele tirar pouco tempo para si, para outras atividades durante a semana, sempre trabalhando até tarde, sempre com a agenda ocupada, e agora, de olhou em uma boa oportunidade de negócios, sempre cheio de reuniões e avaliações financeiras e estáticas. Aquele era o primeiro dia em várias semanas que ele estava apenas… sem nada a fazer. como um cara normal, estava jogado ali enquanto passava os canais da tv procurando algum jogo, ou alguma programação que valesse sua atenção, no entanto, era na pequena Sanches que ele estava concentrado. De algum modo, Nicolas sabia que algo estava acontecendo, só não conseguia definir ainda se bom ou ruim, desde a estadia da mãe de seu filho no hospital. Hanna não fora hostil ou fugiu de si, e isso o estava impactando tanto. Não quer