— N-não tem nada a ver. Foi apenas coincidência. Para início de conversa, nem fui eu que o escolhi.— Mas foi quem contratou, certo? — reforçou a loira — porque até o ponto que eu sei, você poderia tê-lo vetado e o Rh mandaria outro — ela lambeu os dedos que se melaram um pouco com mel.Hanna encarou a amiga por alguns instantes enquanto sentia o rosto ardendo e apontava para si mesmo, vasculhando na mente as razões para ter dito sim, ao loiro que era agora seu segurança particular e motorista. Ela reafirmava convictamente por dentro que as razões eram profissionais, enquanto sentia sua própria consciência entregá-la evidenciando haver, sim, algo bem errado. Vendo que naquele mato havia de fato um coelho, mas que não a interessava tanto quanto achava de fato, a loira mudou os rumos da conversa.— Enfim... Vou começar os preparativos para o quarto do bebê, enxoval e todo o emocionante resto... Está pronta, Hanna?Como se despertada por um grande solavanco, a Sanches arregalou os olhos
— Hm… — ela gemeu enquanto os olhos violeta alcançaram os azuis mais bonitos que ela já vira. Tão sujos e mundanos a encarando excitados entre suas pernas.Hanna sentiu as mãos grandes masculinas deslizando por sua pele, agarrando com rudez sua carne, gravando as digitais em suas coxas enquanto a língua quente e úmida dele contornava lento e provocante o seu clitóris. A respiração da Sanches estava tão acelerada, seus seios fartos subiam e desciam rapidamente entre arfadas da mulher. Tremia-se enquanto sentia o calor espalhar-se rapidamente por todo seu corpo de uma forma tão intensa que não se lembrava a última vez que o sentiu daquele modo. Ela tinha o rosto ruborizado em uma falsa timidez enquanto era incapaz de desviar o olhar do homem de cabelos loiros que provocava tudo aquilo em si. Contorceu-se manhosamente à medida que sentiu os dentes dele rasparem em sua coxa, à medida que ele chupava e marcava a si. A língua masculina deslizou por entre seus lábios íntimos e adentrou su
Ele olhava ansiosamente o desembarque da primeira classe daquele voo enquanto mantinha um ar de bom-humor ao lado do melhor amigo. Samuel havia acompanhado Nicolas naquela missão de receber sua mais nova convidada do dia, a prima Karin, que viera especialmente a convite do Scrudell para cuidar do arranjo do quarto do filho. A ideia era bem simples ali, eles iam receber a mulher, almoçariam juntos e dali Nicolas a levaria como hóspede em sua casa, dada não apenas a proximidade quanto a familiaridade que ambos tinham, afinal, Karin era a irmã mais velha de Nathan.Pouco depois do painel marcar o pouso da aeronave, os passageiros desembarcavam sem maiores problemas e não demorou para a exuberante cabeleira ruiva, como a de Katherine, surgisse diante dos dois homens que a aguardavam. Arrastando consigo uma mala de médio porte, a mulher largou tudo ao jogar-se nos braços do primo assim que o achou. Rodopiada com carinho, logo fora colocada no chão por ele que recebeu um tapa da garota lhe
Ele estava no meio de uma reunião com sua secretária e assistente, e dois investidores da qual Nicolas havia selecionado em potencial para seu novo movimento como empresário. Disposto a provar não apenas para si mesmo, como para o mundo que poderia ter seu próprio mérito mesmo sem qualquer influência da família da ex mulher, ele apostava em um novo nicho de atuação e era por isso que havia uma pequena equipe de sua confiança junto para avaliar todo o potencial. Aquela, certamente, seria a primeira de muitas conferências e reuniões que seriam, e a ordem que ele havia dado era de não interrupção, ao menos, nada que não fosse urgente o bastante, o que não impediu o seu telefone principal vibrar sobre a mesa diante do atento olhar de Samantha que viu o nome Teresa Senger brilhar na tela do aparelho. Os olhos da mulher direcionaram-se para o chefe que estava concentrado na apresentação de um dos analistas contratados. Obviamente, aquela altura do campeonato, a loira, sabia que a mulher era
A porta quase não emitiu som quando fora empurrada abrindo-se. Os dedos esguios acionaram o interruptor facilmente enquanto adentrava o quarto. O clique da porta fechando atrás de si fora ignorado enquanto os olhos violeta percorriam o espaço do quarto infantil. Agora um pouco mais evoluída a obra, as paredes estavam delicadamente pintadas em um tom claro e sutis acabamentos azuis pastéis. Havia toques de dourado expressão o luxo do ambiente da qual aquele pequeno ser passaria bastante tempo.O berço estava posicionado e em espera, tal como os demais móveis que agora estavam cobertos com a proteção, enquanto caixas de itens de decoração estavam lacrados e empilhados pelo ambiente. Os dedos femininos deslizavam pelas paredes, sobre a laca do mobiliário, sobre o plástico dos móveis almofadados como a poltrona de amamentação. Bem próxima a uma larga janela, de vidraça inteiriça, havia uma cadeira de balanço bastante confortável. Hanna sorriu enquanto inconscientemente levou a mão delicad
Do outro lado da cidade, o Scrudell estava largado no sofá encarando a tv enquanto Karin e Nathan discutiam sobre o preparo de algo no bar próximo a onde estava. Nicolas estava focado em trabalho, tal como Hanna, e era normal ele tirar pouco tempo para si, para outras atividades durante a semana, sempre trabalhando até tarde, sempre com a agenda ocupada, e agora, de olhou em uma boa oportunidade de negócios, sempre cheio de reuniões e avaliações financeiras e estáticas. Aquele era o primeiro dia em várias semanas que ele estava apenas… sem nada a fazer. como um cara normal, estava jogado ali enquanto passava os canais da tv procurando algum jogo, ou alguma programação que valesse sua atenção, no entanto, era na pequena Sanches que ele estava concentrado. De algum modo, Nicolas sabia que algo estava acontecendo, só não conseguia definir ainda se bom ou ruim, desde a estadia da mãe de seu filho no hospital. Hanna não fora hostil ou fugiu de si, e isso o estava impactando tanto. Não quer
A casquinha de mirtilo e baunilha era provada mais uma vez por ela enquanto caminhavam pela orla em um silêncio momentâneo. Não passavam de duas pessoas comuns e desapercebidas naquele momento. Um casal qualquer que caminhava em meio a noite de veraneio pela costa. Haviam tido um jantar divertido, leve, diferente como há muito tempo não tinham. não houve conversas duras, ou acusações, embora ora ou outra a mente de Hanna a levasse as mesmas questões e os porquês que tanto a movia nos últimos dias: por que Nicolas a traiu? o que havia de errado na relação deles? dentre outras questões mal resolvidas que ficou entre o casal.Como havia comentado antes, acabaram por comer em um antigo restaurante cuja especialidade eram seus mariscos e lagostas, e a Sanches, por um bom tempo, adorou aquele lugar. foi o primeiro restaurante que Nicolas a levou ainda no tempo que namoravam. Ela ainda se lembrava do quão duro ele era, um garoto com nada além de um sonho. no entanto, esforçado o bastante. me
Ele ainda sorria ligeiramente bobo, embora com um pouco mais de pé no chão. A felicidade do Scrudell estava nítida e cristalina, refletida em todo o seu ótimo humor naquela manhã na empresa. Talvez o que poucos ou ninguém soubesse era que tal felicidade era de certo modo frágil ainda. Seguindo as consultas com Melissa, ele abriu-se para a mulher falando sobre como se sentia em relação ao espaço novo surgido na relação com a ex esposa. Claro que a terapeuta notou isso como um avanço, e de certo modo, mérito a Nicolas que vinha seguindo os aconselhamentos da melhor forma possível.O homem ainda pensava nos dizeres da psicanalista que disse: “não deve pressioná-la, por mais que pense que avançaram, mantenha a relação na zona neutra e confortável, porque do contrário, podem entrar na zona de questionamentos antes de estare