Reconquistando minha amante secreta milionária
Reconquistando minha amante secreta milionária
Por: Dehy Rodríguez
Capítulo 1 A amante
POV Julieta

Minha respiração estava presa na garganta enquanto ele se movia sem parar, uma sensação familiar se acumulava em meu ventre. Olhei para seus lindos olhos azuis que me devolviam um olhar caloroso. Era o único momento em que ele não era como boneco de neve, frio e distante. Sempre tão frio no trabalho, que me sinto privilegiada quando o calor entra em seu olhar e é só para mim, combinando com seu corpo quente. Seus braços musculosos sustentavam todo seu peso enquanto me beijava ardentemente, mordendo meus lábios com fervor. Me entrego sem vergonha ao único homem que sempre amei.

Chegamos ao nosso ápice quase ao mesmo tempo e me sinto nas nuvens. Como sempre.

Meu suor nem tinha secado quando ele já estava se levantando da cama e indo para o banheiro. Suspirei um pouco triste, mas já acostumada porque ele nunca foi o tipo de homem que se aconchega e fica horas conversando ou simplesmente me abraçando.

Me cobri com o lençol, me sentindo de repente exposta com um vazio no estômago, mas nos últimos anos isso era normal. Ouvi ele tomando banho enquanto checava o trabalho no meu celular para manter tudo em dia. Sendo a assistente de Maximiliano Hawks não posso me dar ao luxo de perder detalhes importantes.

Ouvi a torneira fechar e pouco depois ele saiu com uma toalha envolvendo seus quadris. Minhas bochechas ainda ficavam vermelhas quando o via assim, com as gotas d'água percorrendo seus peitorais e abdominais bem definidos. Muitas entenderiam por que aceitei esse acordo com meu chefe.

— Não vai tomar banho? — me perguntou friamente levantando uma sobrancelha na minha direção— Vamos sair em alguns minutos, se arrume — me olha com um pouco de irritação e desejo ao mesmo tempo pelo meu corpo coberto com um lençol branco.

Ninguém saberia como o senhor Hawks agiria.

— Sim — respondi me levantando rapidamente— Não sabia que já íamos sair — disse passando por seu lado.

— Ficou insatisfeita? — me perguntou com deboche, segurando meus quadris quando passei junto dele— às vezes você é muito gulosa.

Minhas bochechas ficaram coradas só de sentir seus braços ao meu redor. Ele sempre afetava meu raciocínio; meu coração acelerava e minhas pupilas se dilatavam e meu corpo reagia.

— Não, não é isso... não importa — respondi timidamente, não queria dizer que só queria passar tempo com ele.

As mulheres precisam fazer conexão com a pessoa com quem estão e ele não era assim, no início respeitei isso, mas depois me apaixonei como nunca e comecei a desejar mais. É só que já parei de pedir, mas não de ansiar.

— Ninguém vai dizer que deixo minhas mulheres insatisfeitas, Julieta — disse friamente como um egocêntrico, me pegou pelos quadris e me levantou como se nada fosse, me jogando na cama.

— Max... por favor — falei fracamente, mas meu corpo me traindo como sempre faz desde que o conheci — espera.

Foram suas últimas palavras que me surpreenderam ainda mais ao colocar no plural o "minhas mulheres", o que me deixou em choque.

Será que ele tinha outras mulheres?, me perguntei.

Não me deu tempo de protestar. Minhas partes sensíveis doíam pelos primeiros dois encontros, não estava certa de querer um terceiro. Bastaram seus lábios na minha pele e seus dedos tocando expertamente meus pontos mais fracos e delicados para que meu corpo amolecesse. Ele era um homem ardente e insaciável, às vezes não gostava de negativas.

— Tem outro homem te satisfazendo? — me repreendeu uma tarde no escritório com seu olhar glacial sobre mim — Vai me deixar para ir abrir as pernas para outro? — me vociferou depois de uma negativa que tive há dois anos atrás.

— Não! Claro que não — neguei imediatamente. Me senti magoada, como ele pode pensar isso de mim?

Já estando ambos vestidos depois de seu ímpeto, sua habitual frieza toma conta de seus lindos traços. Maximiliano Hawks era de uma beleza dura e fria, como se um deus nórdico o tivesse feito à sua imagem e semelhança.

Sem dizer mais nada, saí primeiro para esperá-lo no carro e ele iria depois... era parte do acordo que assinamos há três anos. Talvez fosse tempo demais sendo a amante secreta do meu chefe, mas assim que o vi soube que queria que ele me notasse. Não só me notou, também me prometeu que nos casaríamos e tornaria público nosso relacionamento.

É só que isso ainda não chegou. Cada vez que me trata apenas como sua assistente fora das portas do quarto de hotel, meu coração se quebra um pouco mais. Mas sou paciente, posso esperar um pouco mais.

Quando chegamos à Hawks Holdings e subimos ao andar onde ficavam nossos escritórios, sua família já o estava esperando na recepção. Engoli em seco e baixei o olhar, elas não gostavam que as olhasse no rosto como se fôssemos iguais. Não caía bem com sua irmã Michelle ou com... basicamente ninguém daquela família.

— Finalmente você chega, Max — disse sua mãe se levantando — Como assim venho almoçar com meu filho e ele não está? Onde você estava? Como é que ninguém sabe me dizer onde meu filho está?

Sua mãe, Brigitte Hawks, é uma mulher loira de meia-idade, muito elegante e com classe. Seu cabelo preso num elegante coque apertado, um vestido exclusivo e sob medida como ela gosta de ostentar. Levanta-se e dá dois beijos no ar perto das bochechas do meu chefe, o senhor Hawks.

— Isso é porque trabalho, mãe — disse meu chefe sem se abalar com os arroubos de sua mãe.

Eu suponho que deve estar acostumado a isso, eu por minha parte tento me minimizar cada vez que ela está por perto. A mulher era como os tubarões sentiam o medo e o sangue.

— Trouxe Liliane Williams para irmos todos juntos comer, querido. Lembra como diziam que iam se casar antes dela viajar para o exterior? — disse a mãe sem desistir em seu empenho em fazer o que ela queria como quase sempre que sai com a sua— acabou de chegar do exterior e queria dar as boas-vindas.

Meu coração vacila ao ouvir o nome da mulher na boca da mãe do Max e admitir que saíam juntos, me virei rapidamente para vê-la e lá estava ela, seu cabelo loiro platinado solto e emoldurando seu rosto com ondas que parecem naturais, mas que com certeza foram feitas num salão, seu vestido púrpura que chegava ao joelho destacava seu corpo esbelto, era tão diferente de mim que se destacava como um polegar dolorido.

Não deveria me comparar com ela, também sou bonita, só que não do modo tradicional e gentil como ela. Sou mais exuberante e até poderia dizer que tenho um bom corpo se me fixar no que os homens dizem de mim.

— Viu quem chegou? — disseram no escritório, as vozes com as fofocas correndo rapidamente.

— Ouvi há uma semana que voltou de Londres — disse uma garota. Não pude reconhecer essas vozes, eram só ruído surdo para mim — o chefe deve estar encantado em tê-la tão perto de novo.

A senhora Brigitte amava Liliane, sempre contava coisas deles dois juntos quando eu estava por perto e afirmava que ela voltaria a recuperar seu lugar como o que é, a namorada do seu filho e que por isso seu filho ainda não se casava... porque estava esperando por ela.

Será verdade?

Será que está esperando por ela?
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