Uau. Nossa cozinha. Eu sei que ele me pediu pra morarmos juntos, mas “nossa cozinha”? Até parece que ele quer que a gente seja como marido e mulher. Não que eu tenha do que reclamar se esse for o caso.Ele se abaixa ao meu lado e depois de um beijo rápido, me olha com certa malícia.— Acho que você se sujou um pouquinho.— O quê?— Talvez precise de um banho agora, linda.— Ainda estou com as minhas mãos enrugadas da piscina.— Estou vendo. — ele pega minhas mãos e massageia.— Mas você tem razão, eu preciso de um bom banho de espuma e você faria bem em me dar um.— Então que tal ir para o quarto e ficar por lá mesmo? Tipo até amanhã?— Concordo plenamente.— Você pode me dar um minuto, Nick? — pergunto assim que entramos no banheiro.— Por quê?— Não me chama de boba, mas é que eu preciso... — Droga! Por que eu me sinto tão sem jeito?— Do que você precisa?— Preciso olhar pra mim por um tempo... Eu... Você entende? Não. Você não entende.Ele sorri e me beija na testa.— É claro que
Me apoio nos cotovelos e vejo quando ele me lambe. Sinto sua língua no meu lugar mais sensível, mas não como algo que me faça delirar de prazer do jeito que esse tipo de carícia sempre fez, mas apenas como um toque qualquer em um lugar qualquer. Também vejo quando ele insere um dedo em mim e pela primeira vez desde que eu perdi a virgindade com ele, eu não estou encharcada com seu toque. Sei disso porque sinto o atrito do seu dedo com a minha parede vaginal. E ele percebe o mesmo porque mais uma vez uma viga se forma na sua testa quando ele a franze.Não sei se devo falar alguma coisa ou se devo deixá-lo cuidar disso. Mas eu nem mesmo preciso me preocupar muito com essa decisão porque no momento seguinte, a língua dele já está entrando e saindo de dentro de mim em penetrações rasas.Nem sei por quanto tempo ficamos assim antes de eu perceber que não importa o quanto ele me chupe, eu não ficarei lubrificada o bastante pra recebê-lo. Assim, puxo Nick pelos cabelos até que ele está com o
Acordo na manhã seguinte da mesma forma como adormeci, com um braço enrolado ao peito largo do Nick, nossas pernas entrelaçadas e os braços dele nas minhas costas me apertando contra seu corpo.Minha cabeça está contra seu coração ouvindo seus batimentos calmos. Me remexo em cima dele, sentindo o seu calor gostoso e viro a cabeça pra cima para olhar seu rosto sereno durante o sono. Ele deve estar exausto. Eu dei uma canseira nele ontem.Acaricio seu peito com a ponta dos dedos e beijo sua pele. Espero que o que aconteceu não o abale muito porque eu não poderei suportar a mínima ideia de saber que já não posso ser a mesma na nossa relação.Viro rapidamente o pescoço para a mesinha de cabeceira e olho as horas. Já passa das sete da manhã.Com meus movimentos ele começa a despertar. Eu deveria deixá-lo quieto para que durma. Não é preciso ser gênio pra saber que ele ficou acordado até tarde depois que terminamos de transar. Mas ele tem que acordar ou chegará atrasado à Universidade.—
Ele sorri. Beija um dos meus olhos e seca as lágrimas dele. Depois repete o mesmo no outro olho. Por fim, me beija com amor. Um beijo rápido e molhado.Fico olhando pra ele e esperando por mais. Ao perceber que ele não fará mais que isso, levanto um pouco o rosto oferecendo minha boca para mais um beijo e para ser bem sincera, fico um pouco chocada ao ver que ele aceita. Esperava que ele se afastasse.Com as mãos entre suas mechas castanhas e sedosas, puxo sua cabeça de encontro à minha e colo nossas bocas. Com a ponta da língua, contorno seus lábios. Depois mordo seu lábio inferior e puxo entre meus dentes. Ele geme quando finalmente enfio a língua na sua boca, mas ainda está muito quieto.Esse não é o jeito dele de começar algo que se transformará em uma transa matinal. Normalmente ele já estaria dizendo as maiores baixarias no meu ouvido e esfregando seu corpo no meu para extrair todo o prazer de mim e assim me dá todo o prazer que ele sabe que pode me proporcionar.Só pode haver u
Nicholas para sua colherada no ar e estreita os olhos. Posso ver que algo se passa na cabeça dele antes de continuar a comer. Com um gesto com a mão ele pede que Agnes traga o telefone até ele.— É o Nicholas. — ele diz ao atender a ligação — Sim, pode falar... Agora?... Mas eu já falei com ele... Sim, tudo bem eu irei... Certo... Tenha um bom dia também.Nicholas entrega o telefone de volta a Agnes. Eu o observo. Ele está sério e não faz nenhuma menção de me contar do que se trata. Também não pergunto.Quando terminamos de comer eu logo subo para o cômodo superior e me tranco no banheiro por um minuto. Quem é Allison? Por que o Nick está tão sério? Eu não posso passar o tempo todo com ele aqui sem estarmos numa boa. Eu odeio quando estamos mal.Escovo os dentes e saio para a varanda. Fico de frente para o mar e a brisa e a paisagem me acertam em cheio, me relaxando um pouco. Aprendi a amar Miami como se eu tivesse nascido aqui.Pego o celular e ligo para o Asher. Preciso conversar co
Não respondo. Não preciso. Tenho certeza que o meu rosto mostra o que domina meus pensamentos. Eu tentei manter a autoestima elevada desde que acordei uma semana atrás. Tentei não demonstrar que morro de medo daquele fantasma voltar à nossa vida e de alguma forma levá-lo embora.Enquanto eu estava no hospital estava tudo bem, eu achava que o fato de estar em uma cadeira de rodas seria relevante, mas talvez não ao ponto de fazê-lo ir embora. Mas agora que há outras limitações, por falta de um termo melhor, tenho medo de que uma relação sem qualquer intuito sexual por um tempo tão longo possa não ser suficiente pra ele e que isso acabe com a gente.Nick continua a me encarar com o rosto sério esperando por uma resposta que não virá. Não tenho coragem de despejar isso em cima dele. Por fim ele acaba completando seu raciocínio.— Você acha que eu vou atrás de outras mulheres agora que estamos nesse impasse? — olhos tristes e uma feição mais cabisbaixa toma conta do seu lindo rosto agora —
— Mas você já esperava que isso acontecesse comigo?— Sinceramente eu imaginava que pudesse sim. O exame de imagem para avaliar a integridade dos nervos lesionados, mostrou que alguns ramos do plexo que enerva toda essa região dos músculos de função sexual, foram comprometidos.Esfrego as mãos no rosto e solto uma longa respiração.— Então por que não me falou sobre a possibilidade disso acontecer?Ele volta a se recostar na parte de trás da cadeira e cruza todos os dedos das mãos colocando-as em frente à boca.— Logo depois da sua cirurgia, o senhor Hoffman e eu conversamos sobre as possíveis sequelas que sua lesão deixaria. Nós concordamos que deveríamos alertá-la sobre as mais passíveis de acontecer e deixar as menos prováveis... Para depois.Espere. Eu ouvi mal ou ele acabou de dizer que o Nick sabia o tempo todo sobre isso?— O Nicholas sabia disso?— Ele... — Por um momento, acho que ele está procurando por uma desculpa para o meu namorado, mas então desiste e confessa — Sim. El
Já em casa, faço o possível para tomar banho sem precisar da enfermeira, mas logo desisto da ideia ao ver que não posso apressar nada. Solto um grunhido frustrado quando me vejo obrigada a chamá-la.OK, admito que me sinto envergonhada por precisar de ajuda para algo tão simples. Eu agora realmente gostaria de ter tomado outro caminho na volta para casa no dia do acidente. Talvez eu estivesse numa boa e não passando pelos problemas que estou e os que ainda virão.Perto das cinco e meia da tarde, estou assistindo a um filme na sala quando ouço uma batida na porta. Agnes ergue os olhos do seu livro e eu peço que ela atenda.Mantenho minha atenção no Espetacular Homem-Aranha enquanto ela se levanta para atender a porta.Escuto vozes femininas e apenas uma eu reconheço. A da Agnes. A outra é totalmente estranha para mim.Sem poder ir correndo até a porta para saber o que está acontecendo, não tenho escolha a não ser continuar esparramada no sofá e esperar que a Agnes volte e me diga o que