Luan Na quarta-feira, Rebecca não apareceu na escola, mandei mensagem para ela, liguei várias vezes e não consegui contatá-la. À tarde fui trabalhar na prefeitura e encontrei John, ele me perguntou se Rebecca havia dormido em minha casa e foi então que nos demos conta que ela estava desaparecida. Tentei entrar em contato pelo link mental, mas estava fora do meu alcance. Procurei em todos os lugares, fui até a beira do rio ver se ela estava lá e nada. Sem rastro. Cheguei a conclusão que ela havia sido levada pelos Guerreiros da noite, pela forma como ela agiu na segunda-feira quando viu Marlon entre eles. - Droga! - Dei um soco no volante do carro. Não deveria ter deixado ela sozinha, ela tinha dito que deveria fazer alguma coisa. - O que você fez, Rebecca? - Gritei sozinho de novo no carro. Voltei à prefeitura, já era tarde e só o meu pai ainda estava lá. Entrei na sala dele sem pedir licença. - Rebecca sumiu! Você não vai colocar nossos soldados para procurá-la? - Pergun
Rebecca Horas e horas passavam e o tédio crescia dentro de mim, ficar em uma cela sem ter nada para fazer, sem conversar com ninguém, sem celular, sem televisão, sem poder correr. Somente a mente pensando mil coisas ao mesmo tempo, e sem conseguir chegar a nenhuma conclusão, era uma tortura. Finalmente Caleb decidiu dar a honra de sua presença, vindo me ver. - Boa noite, princesa! Como você está? Sempre com seu humor debochado, pensei. O encarei esperando que ele fosse direto ao assunto que o trouxe. - Hora, hora vejo que está de mau humor! - Ele riu. - Está decidida então a colaborar? Ele ergueu uma sobrancelha. - Sim. - Respondi. - Agora me tire daqui. - Calma aí, as coisas não são desse jeito. Vamos fazer uma festa e te apresentar para alcatéia. Aí sim você vai tomar o seu posto. - E quando vai ser isso? - Perguntei, ansiosa. Já estava de saco cheio de ficar na masmorra. - Em breve. - Ele respondeu e já ia saindo, até que voltou. - O que você queria em troca mesm
Marlon Rebecca me surpreendeu vindo ao meu quarto. Ela havia me dito que poderia sair a qualquer momento, mas eu não levei a sério. Então quando ela apareceu aqui fiquei um pouco atônito. Ela se divertiu com a minha expressão de assustado, me deu um beijinho no rosto e ainda tocou em meus cabelos, e eu custei a reagir, inebriado com seu cheiro, com a sua presença e com o seu poder de fazer qualquer coisa comigo. Precisei reunir todas as minhas forças para lutar contra esse sentimento, afinal eu não a conheço, não sei nada sobre ela, enquanto ela parece saber tudo sobre mim. Ela brincava com as mechas do meu cabelo, e eu lutava contra o que sentia, até que deixei mágoa transbordar pelo meu peito. Com a voz baixa pedi que ela se retirasse do meu quarto. No fundo eu só queria que ela insistisse em ficar, mas ela simplesmente saiu. Chegou o dia da cerimônia de apresentação de Rebecca para a alcatéia Guerreiros da noite. Quando entrei no salão, todos estavam ansiosos para vê-la. E em t
Rebecca Marlon queria uma resposta e eu devia isso a ele, mas sabendo o quanto ele é teimoso, temo que se eu contar, ele saia daqui querendo desafiar Caleb para um duelo. Durante toda a noite senti pelo vínculo o quão enciumado ele estava com a proximidade de Caleb comigo, este por sua vez percebeu e passou o resto da noite tentando provocar Marlon ainda mais. Me aproximei dele e ele me abraçou sem resistência, pela primeira vez. Seu cheiro me inebriou e me senti instantâneamente atraída por ele, passei os braços pelo seu pescoço inalando suavemente o seu cheiro delicioso, só queria que o tempo parasse para ficar assim para sempre. - Marlon... - Balbuciei sem querer responder. - Eu não tenho uma resposta para te dar agora, apenas saiba que fiz tentando proteger você. E quando eu puder vou esclarecer tudo. Apenas confie em mim e espere. Senti seu seus músculos se tencionarem, e ele recuou saindo do meu abraço. - É só isso? Devo esperar... essa é a sua resposta? Ele pergu
Luan Faz uma semana desde que Rebecca sumiu, e hoje é o dia da minha cerimônia de posse, e também o meu noivado com Raíssa. Quando entrei o salão já estava lotado, sorri e entrei parando ao lado de meu pai, embaixo da clarabóia no centro do salão. Logo Raíssa, que usava um vestido bordô longo, entrou chamando a atenção de todos, acompanhada de seu pai. Não consegui tirar os olhos dela, era como se ela tivesse se tornado a loba mais bonita da nossa alcatéia do dia para noite. Droga de elo de companheiro! Pensei. Eles pararam em nossa frente e então meu pai começou a cerimônia: - Luan, meu filho, hoje é um dia histórico para nossa alcatéia. Você assume o papel de Alfa, liderando nossa comunidade com sabedoria e coragem. E, ao mesmo tempo, você se compromete com Raíssa, que trará alegria e força para nossa família. Quero que você lembre que ser Alfa não é apenas um título, é uma responsabilidade. É proteger nossa alcatéia, defender nossos interesses e garantir a prosperidade de no
Rebecca Dois meses se passaram, Caleb intensificou o treino dos soldados, e muitas vezes tenho que participar para curar os que se machucam gravemente. A impressão que tenho é que ele se prepara para uma guerra. Ele tem se tornado cada vez mais agressivo. A única coisa boa que vejo é a visível evolução de Marlon em combate e fisicamente. Nosso contato, apesar de morarmos na mesma casa, tem sido pouco. Conversando apenas formalmente na frente dos outros. Também tenho conversado com Luan, que parece estar fazendo o mesmo com os soldados da Lua Crescente. Estávamos tomando café da manhã quando ouvimos as sirenes tocarem, Caleb se levantou imediatamente entrando em contato mental com os soldados da torre. - O que está acontecendo? - Perguntou Marlon. - Estamos sendo atacados! - Caleb respondeu. Para o lado norte! - Ele gritou para Marlon e Colin enquanto pegavam as suas armas e saiam da casa apressados. - Vamos para um lugar seguro! - Disse Suzane, mulher de Colin. Para mi
Senti minhas pernas fraquejarem e quase caí, se não fosse uma senhora me segurar. - Sente-se. - Ela disse de forma gentil me levando até uma cadeira. - Vi que você está trabalhando desde cedo sem comer nada. Vou pegar algo para você. Foi então que percebi, já era tarde e minha última refeição havia sido no café da manhã. Sem falar que havia gasto toda minha energia para curar e agora me senti esgotada física e emocionalmente. Ela voltou me trazendo um sanduíche e um copo de suco. Que engoli rapidamente agradecendo. Assim que me viu sentada, Marlon se aproximou. - Você está bem? - Ele perguntou, e pude perceber a preocupação em seus olhos. - Preciso descansar um pouco. - Falei, mas a verdade é que precisava de horas de sono para me recuperar. Ele me levou até um colchão que havia improvisado no chão e me deitei, apagando quase imediatamente. Quando acordei o sol já brilhava e senti minhas forças renovadas. O pessoal já estava mais calmo no abrigo. Me levantei indo a
Luan John me falou que Rebecca estava vindo, e me senti ansioso para vê-la. Ele não me disse qual era o assunto nem soube me responder quando perguntei se ela viria para ficar. Deixei autorizada a entrada dela na portaria, já eram quase quatro horas quando ouvi passos no corredor, só pelo barulho ritmado dos seus saltos, sabia que ela. Ela chegou batendo de leve na porta e me levantei para abraçá-la. Ela estava deslumbrante em um macacão social preto. A abracei inalando suavemente seu perfume, como era bom vê-la depois de tanto tempo. Pelo que me lembro sempre estivemos juntos. - Minha alcatéia foi atacada e vim pedir a sua ajuda. - Ela disse e isso me deixou atônito. - Sua alcatéia? - Perguntei levantando levemente uma das sobrancelhas enquanto me sentava de volta à minha cadeira e ofereci a ela outra. Ela riu, da minha surpresa. - Bem, você já sabia que eu não pertenço a Lua Crescente, mas então descobri que meu pai foi o alfa da Guerreiros da noite e isso me torna a