Rebecca Passei a noite na casa dos meus pais, contei toda a verdade para eles ontem. Meu pai não consegue acreditar e diz que vai investigar, já minha mãe teve uma crise de ansiedade e não conseguia parar de chorar. Toda a situação foi tensa, mas queria voltar o mais rápido possível para alcatéia. Consegui vir sozinha, alegando a Marlon que ele precisava cuidar do andamento das obras enquanto eu estava fora. Perdemos muitos soldados durante a luta, o que fazia ter um trabalho enorme de reconhecimento e sepultamento de cada um. Também havia o medo constante de sermos atacados por alguma outra alcatéia que poderia aproveitar nosso momento de vulnerabilidade. Ainda não sabemos o real motivo do ataque da alcatéia Lua Sangrenta a nossa. Tomei o café da manhã com meus pais e aproveitei para fazer uma mala com as minhas coisas para levar de mudança. Depois de todas as despedidas e mais choro da minha mãe. Me dirigi à prefeitura. Hoje vou falar com Luan aconteça o que acontecer. Nem que
Marlon Todo sentimento que eu estava reprimindo durante esses últimos dois meses estava vindo à tona, me sentia completamente envergonhado, magoado, traído, enciumado e com raiva. Mas ainda lutei ao máximo para não me transformar dentro do carro, Dom queria tomar o controle à força. Rebecca freou o carro bruscamente e pareceu assustada com a minha reação. E lhe perguntei se ela sabia como eu me sentia. Porque para mim Rebecca parecia se preocupar com todas as pessoas, tanto da nossa alcatéia, quanto da alcatéia em que ela cresceu. Ela ia realmente até seu limite para ajudar as pessoas, e eu não tinha dúvidas que ela era uma pessoa boa e uma líder nata, mas para mim era diferente. A impressão era que eu sempre estava em segundo plano, todos tinham mais valor para ela do que eu, e eu me perguntava se realmente éramos destinados. Ela não me respondeu nada e continuei a tentar controlar Dom. - Somos mesmo companheiros destinados ou você, me marcou somente para brincar comigo? Perg
Rebecca A reunião foi um pouco tensa, assim que apresentei a proposta de aliança com a Lua Crescente. Alguns membros não concordaram, alegando que isso comprometeria a linhagem pura da nossa alcatéia. - Senhores, entendemos as preocupações em relação à nossa linhagem, mas é importante lembrar que estamos em uma situação de vulnerabilidade. - Expliquei. - Perdemos muitos soldados e precisamos de ajuda urgente. A Lua Crescente ofereceu mão de obra qualificada e soldados para nos ajudar. - Mas qual é o custo dessa ajuda? - Perguntou um dos membros. - A Lua Crescente não está pedindo nada em troca, apenas será feita uma aliança entre nossas alcatéias. - Respondi. - E, como parte dessa aliança, será realizada uma festa para celebrar o acordo. - Isso é um erro. - Disse outro membro. - Estamos abrindo as portas para uniões entre lobos de nossa alcatéia e os da Lua Crescente. - Exatamente. - Concordei. - Durante anos, nossos lobos têm sofrido com a falta de seus parceiros destina
Luan Desde que Rebecca saiu daqui, minha cabeça estava explodindo. Eu fiquei realmente surpreso e me senti traído quando vi o companheiro dela com aquela marca no pescoço. Além de tudo parece que Rebecca foi tão possessiva no momento de o marcar, que fez isso em um lugar que seria visto por todos. Senti ciúme e também inveja, não porque queria que Rebecca fosse minha, meus sentimentos por ela haviam mudado muito desde que descobri minha companheira destinada. Mas porque eu queria poder ter uma companheira na qual eu tivesse tanto orgulho como ela tinha do seu companheiro. Isso me fez sentir raiva por ter uma companheira fútil, vulgar e egoísta. Assim que cheguei em casa as coisas estavam ainda piores, meu pai estava quase totalmente transformado tamanho era sua raiva por mim. Minha mãe veio em minha direção: - Seu pai quer te matar! - Ela disse, nervosa. Com uma falsa calma me dirigi até o bar enchendo meu copo com whisky e me sentando lentamente de frente para o meu pai,
Rebecca Acordei com Marlon ao meu lado, me sentindo renovada e feliz. Descemos juntos para o café da manhã, rindo e conversando animadamente. A cozinha estava iluminada pelo sol da manhã, e o aroma de café fresco enchia o ar. Suzane já estava lá, observando-nos com um olhar acusatório. - Então vocês são um casal? - Perguntou, sua voz carregada de desaprovação. Olhei para ela, sentando-me à mesa. - Sim, nós somos um casal. - Respondi, colocando a mão sobre a mão de Marlon. Ele me olhou de volta, sorrindo feliz. Suzane franziu a testa. -Então quer dizer que essa marca no pescoço dele, é sua? - Sim, é. - Respondi, firme. Ela se levantou, sua voz aumentando de tom. -A feiticeira da alcatéia não pode ser acasalada! Vocês estavam enganando meu filho Caleb! Ignorei sua indignação e perguntei: - Por falar no seu filho, onde estão Caleb e Colin? Ela deu de ombros, se encolhendo na cadeira. - Eu não sei. Minha expressão se tornou séria. - Por qual motivo nós
Acordei ainda sentindo-me cansada, mas o sol já brilhava intensamente, e eu sabia que precisava enfrentar os desafios do dia. Levantei-me, tomei banho e vesti uma calça de alfaiataria e uma camisa de mangas longas. O ar começava a esfriar, anunciando a proximidade do outono. Desci para tomar café e senti uma ponta de tristeza por não ver Marlon. Ele havia levantado cedo para cuidar dos interrogatórios que ainda se seguiam na alcatéia. Enquanto tomava café, um dos guardas se aproximou. - Com licença, alfa! - Disse ele, fazendo uma breve reverência. Fiz um sinal para que falasse. - O que devemos fazer com os prisioneiros da masmorra? - Perguntou ele. - Enterre o que morreu e solte os outros dois. - Respondi, firme. Eu poderia ter usado a hipnose ou o comando alfa para fazê-los falar, mas queria que eles espalhassem como eu lidava com meus inimigos. Precisava que o povo me temesse e respeitasse como a nova Luna. Assim que cheguei à prefeitura, minha secretária entregou-me
Luan Assim que Rebecca entrou na sala, meus olhos pausaram em uma linda jovem que estava com ela. Seus cabelos ruivos desciam em cascatas até a cintura, sua boca com um desenho perfeito, sardas davam um toque sensual em suas bochechas e seus olhos de um verde escuro pareciam angustiados, sua aparência me fazia querer abraçá-la. E então Rebecca a apresentou como Sara, a moça que teve seu companheiro destinado, morto pelo próprio pai. Raphael já havia me informado sobre a morte de Saimon e a confusão que se sucedeu. Eu já esperava por Rebecca para tratar o assunto, não posso dizer que não estava com raiva, mas desde que mandei meus soldados para lá, sabia que coisas como essa poderiam acontecer. Quando anunciei que nossa alcatéia estava fazendo uma aliança com a Guerreiros da noite também não tive a aprovação da maioria dos conselheiros, então sabia que este assunto iria demorar para ser aceito pelo povo. Mas eu não sabia porque Rebecca havia trazido ela para cá, e só quando ela fe
Rebecca Assim que cheguei em casa, fui direto jantar pois estava faminta e já era muito tarde. Marlon estava voltando da masmorra quando nos encontramos na cozinha. Com seu rosto sério ele parecia estar com raiva, mas mais do que isso ele estava com alguns cortes superficiais. Me aproximei abraçando-o e dando-lhe um beijo. Então senti sua tensão diminuir e seus músculos se relaxarem devagar. Seus cortes cicatrizaram instantâneamente e ele sorriu. - Ah, Rebecca... - Ele suspirou. - Parece que você é capaz de me devolver a vida. - Ele disse com a voz rouca. Permanecemos assim por algum tempo, sentindo o calor do corpo um do outro, matando a saudade, curando o mau humor causado pelo dia cansativo e difícil. Até meu estômago protestar e então nos distanciamos, sorrindo e indo pegar algo para comer. - Conseguiu capturar o pai de Sara? - Perguntei, enquanto me sentava com o prato cheio, com a comida que as empregadas haviam deixado preparada para nós. - Sim, ele e seus guardas